O vocábulo demônio vem do Grego daimon e daimonion, com o plural daimones, cujo significado é alma (espírito). E a alma pode ser boa ou má. Mas, por influência do Zoroastrismo e do Maniqueísmo, a palavra demônio, usada mais no plural, demônios, passou a significar no Cristianismo somente espíritos maus ou impuros, como sendo o pólo oposto de Deus, o princípio único do bem. O texto bíblico em Grego, quando se refere a um espírito mau, usa a palavra akarthatos.
Já para designar um espírito bom ou santo, usa estas duas palavras: pneuma hagion (Espírito Santo). Observe-se que o princípio do mal é representado por espíritos, no plural, numa analogia com os espíritos pagãos, que eram considerados como sendo maus, mas que, como vimos, são também espíritos humanos. Isso nos leva a imaginar que eles pensavam que os espíritos humanos representassem o pólo oposto de Deus, o que é um absurdo. Diabo, satã, satanás, etc., têm origem no Grego diabolos, ou seja, adversário. Mas não são espíritos. São coisas internas de nós mesmos e que obstaculizam a nossa evolução espiritual. Exemplos: orgulho, avareza, inveja, ciúme, ressentimento, coisas que são contrárias ao nosso Eu Interior, ao nosso Cristo Interno ou Espírito Santo que habita em nós. Isso levou Paulo de Tarso a dizer que nós somos santuários (templos) do Espírito Santo. O diabo, satã, satanás, lúcifer e serpente (que nada mais são do que símbolos para representar a inteligência sem a moral) são nossos adversários (nossos obstáculos internos), mas que não são espíritos, pois são coisas negativas de nós mesmos (adversárias/adversidades) ou contrárias ao nosso crescimento espiritual e moral. Assim é que Jesus tirou demônios ou espíritos impuros das pessoas possessas. Mas nunca Jesus tirou de ninguém satanás, satã, diabo, lúcifer ou serpente.
2007-07-15
02:17:45
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Jorge Murta
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