Em 1917, os Protestantes Alemães celebraram o 400o aniversário das Teses de Martinho Lutero. O evento, infelizmente, tornou-se um veículo de idolatria de Lutero como um herói alemão, encarnando o espírito germânico. Dessa associação aproveitou-se Adolf Hitler, posteriormente, em sua estratégia de cooptação da Igreja Protestante como instrumento de Estado. O anti-semitismo manifestado por Lutero, ao final de sua vida, foi igualmente usado pelo ditador alemão
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E por mais constrangedor que possa soar hoje, Lutero exaltava a Alemanha em expressões aterradoras: “Também o que prevalece em Lutero é a alma e o pensamento alemães. (...) alguns cidadãos da cidade (Metz), convertidos às novas doutrinas, quiseram entrar na liga de Smalkalde. O landgrave de Hesse opinava que era preciso admiti-los; mas Lutero opôs-se: “Ele não tinha confiança nesses cavalheiros de Metz que usavam nomes franceses e eram de origem francesa. (...) Para ele também, o povo alemão é o povo eleito; o povo alemão domina todos os outros – Deutschland über alles. “A Alemanha, diz ele, foi sempre o melhor país, a melhor nação.” (Propos de table, n. 904). (...) Seu Manifesto à nobreza cristã de nacionalidade alemã, escreve Lucien Febvre, “soa como um grito de união dos germânicos.” “Lembrai-vos de que sois germânicos!” não cessa ele de gritar aos seus queridos alemães. Ao que Hitler responderá em nossos dias como estrondoso eco. Às massas que o seguem, ele se dirige como novo profeta alemão. Em sua Admoestação aos seus queridos alemães (...): “Eu sou, diz-lhes, o profeta dos alemães. É para vós, alemães, que procuro a salvação, a santidade... Sou vosso Apóstolo.” (Propos de table, n. 678). Quer fundar uma Igreja alemã (Köstlin Kawerau, I, 552).” (Brentano: 172-173
2007-03-27
15:10:16
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Anonymous