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Em 1917, os Protestantes Alemães celebraram o 400o aniversário das Teses de Martinho Lutero. O evento, infelizmente, tornou-se um veículo de idolatria de Lutero como um herói alemão, encarnando o espírito germânico. Dessa associação aproveitou-se Adolf Hitler, posteriormente, em sua estratégia de cooptação da Igreja Protestante como instrumento de Estado. O anti-semitismo manifestado por Lutero, ao final de sua vida, foi igualmente usado pelo ditador alemão
http://hospedagem.infolink.com.br/nostradamus/c03q076.htm

E por mais constrangedor que possa soar hoje, Lutero exaltava a Alemanha em expressões aterradoras: “Também o que prevalece em Lutero é a alma e o pensamento alemães. (...) alguns cidadãos da cidade (Metz), convertidos às novas doutrinas, quiseram entrar na liga de Smalkalde. O landgrave de Hesse opinava que era preciso admiti-los; mas Lutero opôs-se: “Ele não tinha confiança nesses cavalheiros de Metz que usavam nomes franceses e eram de origem francesa. (...) Para ele também, o povo alemão é o povo eleito; o povo alemão domina todos os outros – Deutschland über alles. “A Alemanha, diz ele, foi sempre o melhor país, a melhor nação.” (Propos de table, n. 904). (...) Seu Manifesto à nobreza cristã de nacionalidade alemã, escreve Lucien Febvre, “soa como um grito de união dos germânicos.” “Lembrai-vos de que sois germânicos!” não cessa ele de gritar aos seus queridos alemães. Ao que Hitler responderá em nossos dias como estrondoso eco. Às massas que o seguem, ele se dirige como novo profeta alemão. Em sua Admoestação aos seus queridos alemães (...): “Eu sou, diz-lhes, o profeta dos alemães. É para vós, alemães, que procuro a salvação, a santidade... Sou vosso Apóstolo.” (Propos de table, n. 678). Quer fundar uma Igreja alemã (Köstlin Kawerau, I, 552).” (Brentano: 172-173

2007-03-27 15:10:16 · 3 respostas · perguntado por Anonymous em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

3 respostas

Soberba. Essa é a explicação. Muitos seres humanos querem se achar melhores que outros seres humanos. Trata-se de um mecanismo instintivo desenvolvido ao longo de milhões de anos e que faz parte daquilo que a natureza fez surgir para a sobrevivência da espécie. A nossa racionalidade e nossa capacidade de aceitação do outro é apenas uma tênue camada de civilidade que tenta se impor sobre este mecanismo, mas que, diante de ameaças e outras situações, acaba facilmente desaparecendo, mesmo que por pouco tempo. E ai, meu amigo, o homem vira o lobo do homem. Por isso odiamos. Por isso, pessoas como Lutero, que podem ter tido um lado bom, como foi o caso da sua luta contra o establishment da Igreja Católica e suas praticas de mercantilismo através da venda de indulgências fica obscurecido pela exaltação dele próprio e de seus seguidores, pela sua SOBERBA. E ai, para ele querer impor sua forma de vida, suas idéias, e a de seu grupo mais próximo é um pequeno passo. E quem não aderir, que saia de baixo!
Após isto, para Hitler foi muito conveniente se agarrar a este tipo de pensamentos, aliado ao estado de humilhação que o povo alemão tinha após perderem a primeira guerra e terem que compensar os ganhadores, e a facilidade que tiveram de utilizar os judeus (e outros) como bode expiatório de todas as suas mazelas. Ou seja, uma combinação de fatores favoráveis no contexto.

2007-03-27 15:36:18 · answer #1 · answered by JLK 2 · 0 0

Não sou alemão mas convenhamos; os caras sempre estiveram um passo a frente em relação às outras raças, concorda? Lutero fez o que qualquer outro líder religioso faria; puxou a brasa para sua sardinha. Agora, parte de sua explanação é puro delírio, meu querido.

2007-03-28 07:54:00 · answer #2 · answered by Paco2006 3 · 0 0

Isso sempre acontece quando se mistura política com religião!!
Tomara que não aconteça isso de novo!!

JK

2007-03-27 22:13:22 · answer #3 · answered by Os Okampas 7 · 0 0

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