O único “argumento” que a turma retrógrada, que ainda acha que o Estado deve ser empresário, utiliza, é que a Companhia Vale do Rio Doce vale uns R$ 100 bilhões hoje, enquanto foi vendida por US$ 3,34 bilhões. Como diria Jack, o estripador, vamos por partes: em primeiro lugar, o governo vendeu 42% do capital votante por este valor para a CSN, que avaliava a empresa toda em mais de R$ 12 bilhões, com um ágio de quase US$ 600 milhões em relação ao preço mínimo; em segundo lugar, tratava-se de um LEILÃO, que incluía a participação de várias empresas estrangeiras, como Anglo American, Nippon Steel, Kawasaki, Kobe, Mitsubishi, Alcoa etc. Ou seja, qualquer empresa poderia ter participado, e pago mais para levar um ativo que, segundo os petistas “especialistas”, estava de graça. Por que não fizeram? Alguma conspiração mundial?
Fora isso, a Vale tinha ações negociadas na bolsa de valores, com milhares de investidores do mundo todo comprando e vendendo diariamente, determinando o valor de mercado da empresa. Durante o primeiro semestre de 1997, esse valor oscilou em torno de R$ 10 bilhões. Em outras palavras, qualquer um, até mesmo um petista, poderia ter comprado ações da Vale por um preço abaixo daquele pago pela CSN. Fica a questão: se tal valor estava “de graça”, por que diabos os petistas não estão todos milionários hoje? Será que petistas, logo eles, não gostam de dinheiro?
2006-10-25
03:19:49
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Lua
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Política