Quando destacados educadores e cientistas asseveram que a evolução é factual, e dão a entender que apenas os ignorantes se recusam a crer nela, quantos são os leigos que se dispõem a contradizê-los? Este peso da autoridade que se faz sentir a favor da evolução é um dos principais motivos de ser ela aceita por amplo número de pessoas.
Um exemplo típico de conceitos que amiúde intimidam os leigos é a seguinte asserção feita por Richard Dawkins: “A teoria de Darwin goza agora do apoio de toda a evidência relevante disponível, e sua verdade não merece dúvidas da parte de qualquer biólogo moderno sério.” Mas, é este realmente o caso? De jeito nenhum. Um pouco de pesquisa revelará que muitos cientistas, incluindo ‘biólogos modernos sérios’, não só duvidam da evolução, mas não crêem nela. Crêem que a evidência a favor da criação é muito, muito mais forte mesmo. Assim, declarações taxativas, como esta feita por Dawkins, incidem em erro. Mas, são bem típicas das tentativas de enterrar a oposição sob tal linguagem. Notando isto, um observador escreveu na revista New Scientist (Novo Cientista): “Será que Richard Dawkins tem tão pouca fé na evidência a favor da evolução que precisa recorrer a indiscriminadas generalizações a fim de rejeitar os oponentes das suas crenças?”
Em sentido similar, o livro A View of Life (Um Conceito da Vida), dos evolucionistas Luria, Gould e Singer, declara que a “evolução é um fato”, e assevera: “Poderíamos também duvidar de que a Terra gira ao redor do sol, ou de que o hidrogênio e o oxigênio compõem a água.” Também declara que a evolução é um fato tão real quanto a existência da gravidade. Mas, pode-se provar experimentalmente que a Terra gira ao redor do sol, que a água é composta de hidrogênio e de oxigênio, e que a gravidade existe. Não se pode provar experimentalmente a evolução. Deveras, estes mesmos evolucionistas admitem que “grassam debates sobre teorias da evolução”. Mas, será que ainda se travam debates sobre a Terra girar em torno do sol, de a água ser composta de hidrogênio e oxigênio e sobre a existência da gravidade? Não. Quão razoável é, então, afirmar que a evolução é um fato tão real quanto tais coisas?
David Pilbeam, num prefácio do livro Missing Links (Elos Que Faltam), de John Reader, mostra-nos que os cientistas nem sempre baseiam suas conclusões nos fatos. Um motivo disso, afirma Pilbeam, é que os cientistas “também são gente, e porque há muita coisa em jogo, pois há os reluzentes prêmios em forma de fama e de publicidade”. O livro admitiu que a evolução é “uma ciência alimentada por ambições individuais, e, assim, suscetível às crenças preconcebidas”. Como exemplo disso, comenta: “Quando o preconceito é . . . tão entusiasticamente acolhido e aceito por tanto tempo, como no caso do Homem de Piltdown, a ciência revela perturbadora predisposição para com a crença, antes de investigá-la.” Acrescenta o autor: “Os modernos [evolucionistas] não estão menos propensos a apegar-se a dados errados que apóiem suas concepções preestabelecidas do que estavam os pesquisadores anteriores . . . [que] rejeitavam avaliações objetivas em prol de noções nas quais desejavam crer.” Assim, devido a se terem comprometido com a evolução, e desejarem promover suas carreiras, alguns cientistas não admitem sequer a possibilidade de erro. Antes, empenham-se em justificar idéias preconcebidas, em vez de reconhecerem os fatos possivelmente prejudiciais.
2006-11-15
09:49:45
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Biologia