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Todas as categorias - 4 novembro 2006

Animais de Estimação · Artes e Humanidades · Beleza e Estilo · Carros e Transportes · Casa e Jardim · Ciências e Matemática · Ciências Sociais · Comidas e Bebidas · Computadores e Internet · Ecologia e Meio Ambiente · Educação e Referência · Eletrônicos · Entretenimento e Música · Esportes · Família e Relacionamentos · Governo e Política · Gravidez e Maternidade · Jogos e Recreação · Negócios e Finanças · Negócios Regionais · Notícias e Eventos · Restaurantes · Saúde · Sociedade e Cultura · Viagens

Não posso lavar louça, roupas sem luvas
sabão em pó, em pedra, alvejante, qualquer produto de limpeza.
Aparece uma bolhinhas e coçam, o pior detesto usar luvas.
Até o sabonte não posso usar de qualquer marca, só os neutros.
Que creme dermatologico você usa?
O dermatologista me receitou um desses que faz em farmácias de mainipulação, mas não esta resolvendo..

2006-11-04 00:33:51 · 6 respostas · perguntado por morena 5 em Doenças de Pele

9 DE MAIO DE 2006 - 22h10

Os pobres contra os miseráveis

por Moises Diniz*


O Brasil está enfrentando um debate quase no mesmo nível que fazem os norte-americanos sobre a guerra no Iraque. É que o presidente indígena da Bolívia nacionalizou o gás e o petróleo de seu país e provocou a ira das transnacionais. O problema é que uma delas, a maior delas, é a nossa gloriosa Petrobrás.



Gloriosa no nome e na feição, porque, de resto, já está sob controle de outras mãos. Há muito tempo! A Petrobrás foi ‘privatizada’ na gestão FHC, ficando apenas 32% do seu capital social nas mãos do estado brasileiro. A gente finge que ela é nossa, apenas porque temos a maioria dos votos.



Foi uma plástica tão bem feita que, até hoje, o povo brasileiro pensa que é dono da Petrobrás. Companhias norte-americanas controlam cerca de 40% do capital da empresa que fez Getúlio Vargas e Lula sujarem as mãos de petróleo. Outra fatia gorda fica com empresários brasileiros. É como a dama que dorme em casa e se prostitui durante o dia. Uma mágica tucana que nos dá o ‘controle’ do capital votante e entrega às multinacionais o capital social, aquele que dá lucro.



Aqui reside a grande tragédia. Como o estado brasileiro detém o controle ‘político’ e administrativo da Petrobrás, o contribuinte terá que pagar os custos de qualquer prejuízo da empresa. É que os empresários, estrangeiros e brasileiros, que detêm 68% do capital da empresa, não discutem prejuízos, só lucros. É aqui que entra a tragédia boliviana.



Um país miseravelmente pobre, a Bolívia não passava, até 1º de maio de 2006, de um mero garimpo de gás e petróleo. Multinacionais como Repsol, Total, Amaco, Enron e Petrobrás saqueavam a Bolívia, como as multinacionais norte-americanas saqueiam o Brasil, a África e o Oriente Médio. Duro de ouvir? A Petrobrás, na Bolívia, não passa de uma multinacional.



Nós, que passamos tantas décadas dissertando e reclamando da brutalidade das multinacionais, somos agora os algozes. E o que faz a Petrobrás na Bolívia nada difere do que fazem todas as multinacionais ao redor do mundo. O mesmo discurso da mídia, que argumenta os investimentos realizados pela Petrobrás na Bolívia, é o mesmo utilizado por todas as multinacionais.



A Bolívia está na 114ª posição do IDH, tem um PIB de apenas US$ 22,3 bilhões, exatamente 22 vezes menor do que o PIB do estado de São Paulo. Uma renda 'per capita' anual de US$ 2,6 mil e 64% da população abaixo da linha da pobreza. Para se ter idéia da penúria, apenas os US$ 1,3 bilhões de investimentos da Petrobrás na Bolívia representam 18% do PIB daquele país.



O dramático é que os seus 8,8 milhões de habitantes estão em cima de um mar de riqueza, controlada e apropriada por algumas multinacionais. Repsol (espanhola), Total (francesa), British Gas e British Petroleum (britânicas), Petrobras (brasileira), Enron (estadunidense), Shell (holandês-britânica). Elas controlam a exploração de petróleo e gás, num valor de 100 bilhões de dólares.



Esta é a tragédia! O valor desses recursos naturais, 100 bilhões de dólares, corresponde a 12 vezes o PIB da Bolívia. 75% do PIB da Bolívia, magros US$ 22,3 bilhões, estão sob o controle de capitalistas estrangeiros, sendo 18 por cento desses sob controle brasileiro. A Petrobrás é a maior multinacional no setor de gás e também controla 20 por cento dos postos de gasolina do país.



Só gás e petróleo, em reservas, representam US$ 100 bilhões de dólares, mas o PIB da Bolívia é de apenas 22,3 bilhões. E como isso é possível? Ora, é que os bolivianos ficavam com apenas 18% do imposto (royalty) sobre essas multinacionais. O MAS de Evo Morales, ainda na oposição, elevou para 50% e, agora, o Decreto ‘Heróis do Chaco’ o fixou em 82%. Imaginem quantos bilhões de dólares foram ‘saqueados’ da Bolívia em todas essas décadas!



Apesar desses números terríveis, a imprensa brasileira grita como se o nosso território estivesse sendo invadido por uma força estrangeira. Os líderes da oposição ao governo Lula só faltaram exigir que o exército brasileiro invadisse a Bolívia, como Bush fez no Iraque. É que não há nenhuma diferença. Lá é petróleo e aqui é gás!




Imaginem se a Bolívia tivesse poder econômico e militar para exigir o ressarcimento de todo o saque do passado, perpetrado pelas mesmas multinacionais que ainda estão lá. Alguns jornais e revistas daqui, no lugar da tinta, usariam sangue em seus editoriais. E tudo “em nome dos interesses nacionais”. Será que está mesmo em jogo o ‘interesse nacional”?




Há 6 anos que FHC vendeu cerca de 40% do capital da Petrobrás para os capitalistas de Wall Street e 19% para empresários brasileiros como Benjamin Steinbruch e Daniel Dantas. O presidente tucano forçou o Brasil e suas empresas, como a indústria cerâmica, cimenteira e de vidros, a mudarem sua matriz energética hídrica. Tudo para atender os “interesses nacionais” de empresas como Repsol, Total, Amaco e Enron, que detinham o controle de reservas de 400 milhões de metros cúbicos do gás boliviano.



Mas, quem usa uma botija de gás em casa, pensa que esse assunto tem a ver com ele. Quando se fala em gás, todo mundo olha para a sua botija na cozinha. Então, os números aparecem para clarear nossa mente. O gás de cozinha teve um aumento de 2,2% no governo Lula contra 420% no de FHC, aquele mesmo governo que fez o contrato com a Bolívia para trazer, via gasoduto, 25 milhões de metros cúbicos de gás. Estranho, não?



E quanto dessa monstruosidade de gás vai para a cozinha do brasileiro? O gás utilizado nas residências (3%), no comércio (2%), na área de serviços (público e privado) e no transporte com gás natural veicular (GNV) fica em torno de 15% do consumo. Por outro lado, só a indústria consome 79% de todo o gás boliviano que chega ao Brasil.



Um aumento do gás interferiria na vida do brasileiro, não por causa do consumo doméstico, mas devido à política anterior do governo FHC, que sabotou a nossa matriz energética hídrica. Agora, por causa da ação soberana de um outro país, o Brasil sofrerá os prejuízos. Dessa forma, o caminho não é “se irritar com Evo Morales”, pois quem nos ferrou foi FHC.



O caminho, agora, é encontrar saídas ao médio prazo. Por enquanto, só nos resta a difícil trilha da negociação. Do contrário, se tivéssemos os falcões do PSDB no governo da República, eles levariam o Brasil ao confronto diplomático. Então, Evo Morales, para não se desgarrar do profundo e histórico sentimento nacionalista boliviano, fecharia os dutos.



Seria o desastre econômico na Bolívia e o caos no abastecimento do Brasil. É o que sonham as multinacionais, ofendidas pelo grito dos ‘Heróis do Chaco’. Por aqui, também gritam os velhos falcões da política brasileira, com suas asas quebradas na última eleição.

2006-11-04 00:33:29 · 6 respostas · perguntado por Anonymous em Participação Civil

2006-11-04 00:32:13 · 3 respostas · perguntado por Anonymous em Noivado e Casamento

Eu acho q foi o mordomo. . . .

2006-11-04 00:32:08 · 15 respostas · perguntado por (f.minas) 2 em Amigos

Haja visto na ultima rodada do brasileiro o São Paulo foi prejudicado pela arbitragem com um gol anulado e estranhamente o Internacional foi beneficiado com um penalti inesistente e diminuiu a diferença de 7 para 5 pontos sem contar que isso ocorreu segundos apos o termino do jogo no morumbi, muito estranho mesmo !!

2006-11-04 00:32:05 · 6 respostas · perguntado por Allex Monteiro 2 em Futebol Brasileiro

Por que a CPI não convoca ROSY PANTALEÃO, a tucanóide que pegou um padeiro pra ser laranja do dossiê?

2006-11-04 00:31:59 · 8 respostas · perguntado por Anonymous em Eleições

2006-11-04 00:31:56 · 20 respostas · perguntado por Vingador 1 em Música

2006-11-04 00:30:53 · 9 respostas · perguntado por Julião 1 em Física

2006-11-04 00:30:44 · 5 respostas · perguntado por Vingador 1 em Música

É!

Para meditar...

Friedrich Hayek, Prêmio Nobel de Economia, publicou O caminho da servidão em 1944. Trata-se de uma severa crítica às idéias coletivistas. No trecho transcrito abaixo, veja se o quadro descrito pelo pensador não tem algo a ver com a situação aqui no Acampamento.

Há três razões para que um grupo numeroso, forte e de idéias bastante homogêneas não tenda a ser constituído pelos melhores, e sim pelos piores elementos:

1. Quanto mais elevada a educação e a inteligência dos indivíduos, tanto mais se diferenciam os seus gostos e opiniões, e menor é a possibilidade de concordarem sobre determinada hierarquia de valores. Portanto, se queremos lograr alto grau de uniformidade e semelhança de pontos de vista, teremos de descer às camadas em que os padrões morais e intelectuais são inferiores e prevalecem os instintos mais primitivos.

CONTINUA...

2006-11-04 00:30:16 · 8 respostas · perguntado por verena 2 em Governo

certo esse tipo de tratamento para animais ? cativeiro

2006-11-04 00:29:39 · 9 respostas · perguntado por Anonymous em Aves e Pássaros

9 DE MAIO DE 2006 - 22h10

Os pobres contra os miseráveis

por Moises Diniz*


O Brasil está enfrentando um debate quase no mesmo nível que fazem os norte-americanos sobre a guerra no Iraque. É que o presidente indígena da Bolívia nacionalizou o gás e o petróleo de seu país e provocou a ira das transnacionais. O problema é que uma delas, a maior delas, é a nossa gloriosa Petrobrás.



Gloriosa no nome e na feição, porque, de resto, já está sob controle de outras mãos. Há muito tempo! A Petrobrás foi ‘privatizada’ na gestão FHC, ficando apenas 32% do seu capital social nas mãos do estado brasileiro. A gente finge que ela é nossa, apenas porque temos a maioria dos votos.



Foi uma plástica tão bem feita que, até hoje, o povo brasileiro pensa que é dono da Petrobrás. Companhias norte-americanas controlam cerca de 40% do capital da empresa que fez Getúlio Vargas e Lula sujarem as mãos de petróleo. Outra fatia gorda fica com empresários brasileiros. É como a dama que dorme em casa e se prostitui durante o dia. Uma mágica tucana que nos dá o ‘controle’ do capital votante e entrega às multinacionais o capital social, aquele que dá lucro.



Aqui reside a grande tragédia. Como o estado brasileiro detém o controle ‘político’ e administrativo da Petrobrás, o contribuinte terá que pagar os custos de qualquer prejuízo da empresa. É que os empresários, estrangeiros e brasileiros, que detêm 68% do capital da empresa, não discutem prejuízos, só lucros. É aqui que entra a tragédia boliviana.



Um país miseravelmente pobre, a Bolívia não passava, até 1º de maio de 2006, de um mero garimpo de gás e petróleo. Multinacionais como Repsol, Total, Amaco, Enron e Petrobrás saqueavam a Bolívia, como as multinacionais norte-americanas saqueiam o Brasil, a África e o Oriente Médio. Duro de ouvir? A Petrobrás, na Bolívia, não passa de uma multinacional.



Nós, que passamos tantas décadas dissertando e reclamando da brutalidade das multinacionais, somos agora os algozes. E o que faz a Petrobrás na Bolívia nada difere do que fazem todas as multinacionais ao redor do mundo. O mesmo discurso da mídia, que argumenta os investimentos realizados pela Petrobrás na Bolívia, é o mesmo utilizado por todas as multinacionais.



A Bolívia está na 114ª posição do IDH, tem um PIB de apenas US$ 22,3 bilhões, exatamente 22 vezes menor do que o PIB do estado de São Paulo. Uma renda 'per capita' anual de US$ 2,6 mil e 64% da população abaixo da linha da pobreza. Para se ter idéia da penúria, apenas os US$ 1,3 bilhões de investimentos da Petrobrás na Bolívia representam 18% do PIB daquele país.



O dramático é que os seus 8,8 milhões de habitantes estão em cima de um mar de riqueza, controlada e apropriada por algumas multinacionais. Repsol (espanhola), Total (francesa), British Gas e British Petroleum (britânicas), Petrobras (brasileira), Enron (estadunidense), Shell (holandês-britânica). Elas controlam a exploração de petróleo e gás, num valor de 100 bilhões de dólares.



Esta é a tragédia! O valor desses recursos naturais, 100 bilhões de dólares, corresponde a 12 vezes o PIB da Bolívia. 75% do PIB da Bolívia, magros US$ 22,3 bilhões, estão sob o controle de capitalistas estrangeiros, sendo 18 por cento desses sob controle brasileiro. A Petrobrás é a maior multinacional no setor de gás e também controla 20 por cento dos postos de gasolina do país.



Só gás e petróleo, em reservas, representam US$ 100 bilhões de dólares, mas o PIB da Bolívia é de apenas 22,3 bilhões. E como isso é possível? Ora, é que os bolivianos ficavam com apenas 18% do imposto (royalty) sobre essas multinacionais. O MAS de Evo Morales, ainda na oposição, elevou para 50% e, agora, o Decreto ‘Heróis do Chaco’ o fixou em 82%. Imaginem quantos bilhões de dólares foram ‘saqueados’ da Bolívia em todas essas décadas!



Apesar desses números terríveis, a imprensa brasileira grita como se o nosso território estivesse sendo invadido por uma força estrangeira. Os líderes da oposição ao governo Lula só faltaram exigir que o exército brasileiro invadisse a Bolívia, como Bush fez no Iraque. É que não há nenhuma diferença. Lá é petróleo e aqui é gás!




Imaginem se a Bolívia tivesse poder econômico e militar para exigir o ressarcimento de todo o saque do passado, perpetrado pelas mesmas multinacionais que ainda estão lá. Alguns jornais e revistas daqui, no lugar da tinta, usariam sangue em seus editoriais. E tudo “em nome dos interesses nacionais”. Será que está mesmo em jogo o ‘interesse nacional”?




Há 6 anos que FHC vendeu cerca de 40% do capital da Petrobrás para os capitalistas de Wall Street e 19% para empresários brasileiros como Benjamin Steinbruch e Daniel Dantas. O presidente tucano forçou o Brasil e suas empresas, como a indústria cerâmica, cimenteira e de vidros, a mudarem sua matriz energética hídrica. Tudo para atender os “interesses nacionais” de empresas como Repsol, Total, Amaco e Enron, que detinham o controle de reservas de 400 milhões de metros cúbicos do gás boliviano.



Mas, quem usa uma botija de gás em casa, pensa que esse assunto tem a ver com ele. Quando se fala em gás, todo mundo olha para a sua botija na cozinha. Então, os números aparecem para clarear nossa mente. O gás de cozinha teve um aumento de 2,2% no governo Lula contra 420% no de FHC, aquele mesmo governo que fez o contrato com a Bolívia para trazer, via gasoduto, 25 milhões de metros cúbicos de gás. Estranho, não?



E quanto dessa monstruosidade de gás vai para a cozinha do brasileiro? O gás utilizado nas residências (3%), no comércio (2%), na área de serviços (público e privado) e no transporte com gás natural veicular (GNV) fica em torno de 15% do consumo. Por outro lado, só a indústria consome 79% de todo o gás boliviano que chega ao Brasil.



Um aumento do gás interferiria na vida do brasileiro, não por causa do consumo doméstico, mas devido à política anterior do governo FHC, que sabotou a nossa matriz energética hídrica. Agora, por causa da ação soberana de um outro país, o Brasil sofrerá os prejuízos. Dessa forma, o caminho não é “se irritar com Evo Morales”, pois quem nos ferrou foi FHC.



O caminho, agora, é encontrar saídas ao médio prazo. Por enquanto, só nos resta a difícil trilha da negociação. Do contrário, se tivéssemos os falcões do PSDB no governo da República, eles levariam o Brasil ao confronto diplomático. Então, Evo Morales, para não se desgarrar do profundo e histórico sentimento nacionalista boliviano, fecharia os dutos.



Seria o desastre econômico na Bolívia e o caos no abastecimento do Brasil. É o que sonham as multinacionais, ofendidas pelo grito dos ‘Heróis do Chaco’. Por aqui, também gritam os velhos falcões da política brasileira, com suas asas quebradas na última eleição.

2006-11-04 00:29:19 · 8 respostas · perguntado por Anonymous em Política

Não estou mais querendo minha cachorra porque ela destrói o jardim e as coisas da casa diariamente e tenho que aguentar minha mãe gritando o xingando.

O que fazer com a pet? Ela é vira-lata e ninguém a quer, tadinha.

2006-11-04 00:29:09 · 13 respostas · perguntado por Anonymous em Cães

alguém já se apaixono pela po msn ?o que vc s acha disso será que tem posibilidade de dar certo?

2006-11-04 00:28:46 · 13 respostas · perguntado por Anonymous em Outros - Computadores

2006-11-04 00:28:09 · 15 respostas · perguntado por Anonymous em Conhecimentos Gerais

transei com meu namorado e fizemos coito interrompido so que ápos ele ter cozado escorreu um pouco na minha vagina na parte externa sera que estou gravida ? o pior e que tomei a vacina contra rubeola.que pode dar má formação no bebê.estou suber preocupada?

2006-11-04 00:27:32 · 10 respostas · perguntado por kika 2 em Saúde Feminina

9 DE MAIO DE 2006 - 22h10

Os pobres contra os miseráveis

por Moises Diniz*


O Brasil está enfrentando um debate quase no mesmo nível que fazem os norte-americanos sobre a guerra no Iraque. É que o presidente indígena da Bolívia nacionalizou o gás e o petróleo de seu país e provocou a ira das transnacionais. O problema é que uma delas, a maior delas, é a nossa gloriosa Petrobrás.



Gloriosa no nome e na feição, porque, de resto, já está sob controle de outras mãos. Há muito tempo! A Petrobrás foi ‘privatizada’ na gestão FHC, ficando apenas 32% do seu capital social nas mãos do estado brasileiro. A gente finge que ela é nossa, apenas porque temos a maioria dos votos.



Foi uma plástica tão bem feita que, até hoje, o povo brasileiro pensa que é dono da Petrobrás. Companhias norte-americanas controlam cerca de 40% do capital da empresa que fez Getúlio Vargas e Lula sujarem as mãos de petróleo. Outra fatia gorda fica com empresários brasileiros. É como a dama que dorme em casa e se prostitui durante o dia. Uma mágica tucana que nos dá o ‘controle’ do capital votante e entrega às multinacionais o capital social, aquele que dá lucro.



Aqui reside a grande tragédia. Como o estado brasileiro detém o controle ‘político’ e administrativo da Petrobrás, o contribuinte terá que pagar os custos de qualquer prejuízo da empresa. É que os empresários, estrangeiros e brasileiros, que detêm 68% do capital da empresa, não discutem prejuízos, só lucros. É aqui que entra a tragédia boliviana.



Um país miseravelmente pobre, a Bolívia não passava, até 1º de maio de 2006, de um mero garimpo de gás e petróleo. Multinacionais como Repsol, Total, Amaco, Enron e Petrobrás saqueavam a Bolívia, como as multinacionais norte-americanas saqueiam o Brasil, a África e o Oriente Médio. Duro de ouvir? A Petrobrás, na Bolívia, não passa de uma multinacional.



Nós, que passamos tantas décadas dissertando e reclamando da brutalidade das multinacionais, somos agora os algozes. E o que faz a Petrobrás na Bolívia nada difere do que fazem todas as multinacionais ao redor do mundo. O mesmo discurso da mídia, que argumenta os investimentos realizados pela Petrobrás na Bolívia, é o mesmo utilizado por todas as multinacionais.



A Bolívia está na 114ª posição do IDH, tem um PIB de apenas US$ 22,3 bilhões, exatamente 22 vezes menor do que o PIB do estado de São Paulo. Uma renda 'per capita' anual de US$ 2,6 mil e 64% da população abaixo da linha da pobreza. Para se ter idéia da penúria, apenas os US$ 1,3 bilhões de investimentos da Petrobrás na Bolívia representam 18% do PIB daquele país.



O dramático é que os seus 8,8 milhões de habitantes estão em cima de um mar de riqueza, controlada e apropriada por algumas multinacionais. Repsol (espanhola), Total (francesa), British Gas e British Petroleum (britânicas), Petrobras (brasileira), Enron (estadunidense), Shell (holandês-britânica). Elas controlam a exploração de petróleo e gás, num valor de 100 bilhões de dólares.



Esta é a tragédia! O valor desses recursos naturais, 100 bilhões de dólares, corresponde a 12 vezes o PIB da Bolívia. 75% do PIB da Bolívia, magros US$ 22,3 bilhões, estão sob o controle de capitalistas estrangeiros, sendo 18 por cento desses sob controle brasileiro. A Petrobrás é a maior multinacional no setor de gás e também controla 20 por cento dos postos de gasolina do país.



Só gás e petróleo, em reservas, representam US$ 100 bilhões de dólares, mas o PIB da Bolívia é de apenas 22,3 bilhões. E como isso é possível? Ora, é que os bolivianos ficavam com apenas 18% do imposto (royalty) sobre essas multinacionais. O MAS de Evo Morales, ainda na oposição, elevou para 50% e, agora, o Decreto ‘Heróis do Chaco’ o fixou em 82%. Imaginem quantos bilhões de dólares foram ‘saqueados’ da Bolívia em todas essas décadas!



Apesar desses números terríveis, a imprensa brasileira grita como se o nosso território estivesse sendo invadido por uma força estrangeira. Os líderes da oposição ao governo Lula só faltaram exigir que o exército brasileiro invadisse a Bolívia, como Bush fez no Iraque. É que não há nenhuma diferença. Lá é petróleo e aqui é gás!




Imaginem se a Bolívia tivesse poder econômico e militar para exigir o ressarcimento de todo o saque do passado, perpetrado pelas mesmas multinacionais que ainda estão lá. Alguns jornais e revistas daqui, no lugar da tinta, usariam sangue em seus editoriais. E tudo “em nome dos interesses nacionais”. Será que está mesmo em jogo o ‘interesse nacional”?




Há 6 anos que FHC vendeu cerca de 40% do capital da Petrobrás para os capitalistas de Wall Street e 19% para empresários brasileiros como Benjamin Steinbruch e Daniel Dantas. O presidente tucano forçou o Brasil e suas empresas, como a indústria cerâmica, cimenteira e de vidros, a mudarem sua matriz energética hídrica. Tudo para atender os “interesses nacionais” de empresas como Repsol, Total, Amaco e Enron, que detinham o controle de reservas de 400 milhões de metros cúbicos do gás boliviano.



Mas, quem usa uma botija de gás em casa, pensa que esse assunto tem a ver com ele. Quando se fala em gás, todo mundo olha para a sua botija na cozinha. Então, os números aparecem para clarear nossa mente. O gás de cozinha teve um aumento de 2,2% no governo Lula contra 420% no de FHC, aquele mesmo governo que fez o contrato com a Bolívia para trazer, via gasoduto, 25 milhões de metros cúbicos de gás. Estranho, não?



E quanto dessa monstruosidade de gás vai para a cozinha do brasileiro? O gás utilizado nas residências (3%), no comércio (2%), na área de serviços (público e privado) e no transporte com gás natural veicular (GNV) fica em torno de 15% do consumo. Por outro lado, só a indústria consome 79% de todo o gás boliviano que chega ao Brasil.



Um aumento do gás interferiria na vida do brasileiro, não por causa do consumo doméstico, mas devido à política anterior do governo FHC, que sabotou a nossa matriz energética hídrica. Agora, por causa da ação soberana de um outro país, o Brasil sofrerá os prejuízos. Dessa forma, o caminho não é “se irritar com Evo Morales”, pois quem nos ferrou foi FHC.



O caminho, agora, é encontrar saídas ao médio prazo. Por enquanto, só nos resta a difícil trilha da negociação. Do contrário, se tivéssemos os falcões do PSDB no governo da República, eles levariam o Brasil ao confronto diplomático. Então, Evo Morales, para não se desgarrar do profundo e histórico sentimento nacionalista boliviano, fecharia os dutos.



Seria o desastre econômico na Bolívia e o caos no abastecimento do Brasil. É o que sonham as multinacionais, ofendidas pelo grito dos ‘Heróis do Chaco’. Por aqui, também gritam os velhos falcões da política brasileira, com suas asas quebradas na última eleição.

2006-11-04 00:27:00 · 7 respostas · perguntado por Anonymous em Eleições

Seriam as que fazem LAVAGEM de dinheiro ou as que fazem LAVAGEM cerebral?

2006-11-04 00:26:20 · 10 respostas · perguntado por Prof. Autêntico 2 em Religião e Espiritualidade

2006-11-04 00:26:09 · 5 respostas · perguntado por Ferreira 1 em Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST

ou vc acredita que alem de JESUS outro ser pode nos ajudar ou interceder junto a DEUS

2006-11-04 00:26:04 · 4 respostas · perguntado por Anonymous em Outras - Família e Relacionamentos

2006-11-04 00:25:54 · 3 respostas · perguntado por Roberto S 1 em Polícia e Aplicação da Lei

2006-11-04 00:25:50 · 11 respostas · perguntado por Anonymous em Pesquisas e Opiniões

Eu tenho muitas dúvidas sobre qual profissão seguir. Por isso ñ queria me prender a ficar horas estudando só pra fazer o vestibular. Afinal, tem muitos cursos q quero fazer e ñ precisa tá na universidade pra isso. Então, qual a sua opnião?

2006-11-04 00:25:33 · 13 respostas · perguntado por Anonymous em Nível Superior

Sou nascido na cidade de Afogados da Ingazeira PE e, estou louco para manter contato.

2006-11-04 00:24:12 · 2 respostas · perguntado por afogados10 2 em Outras - Entretenimento

2006-11-04 00:23:52 · 1 respostas · perguntado por Patty 2 em São Paulo

2006-11-04 00:23:37 · 5 respostas · perguntado por wallery k 1 em Música

2006-11-04 00:23:26 · 7 respostas · perguntado por ? 3 em Televisão

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