Fascismo:Petistas são violentamente agredidos por tucanos no Rio
Quatro petistas foram violentamente agredidos na madrugada desta segunda-feira (16) por partidários do candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, no Rio de Janeiro.
O ataque covarde, que aconteceu num bar de classe média, resultou na amputação parcial do dedo anular da mão esquerda da publicitária Danielle Correia Tristão, de 38 anos. A parte superior do dedo de Danielle foi arrancada a dentadas por um dos agressores.
Segundo Juarez Brito de Vasconcellos, marido de Danielle, o casal passara o dia na companhia de dois amigos passeando pela orla da Zona Sul carioca. Eles já haviam participado de uma caminhada pró-Lula pela manhã e vestiam camisetas brancas com a inscrição “Lula, Sim!”.
No fim da noite, já de volta para casa, os quatro decidiram “tomar a saideira” no bar Jobi, que fica no Baixo Leblon, próximo ao local onde estava estacionado o carro deles.
Juarez conta que, ao entrarem no bar, um grupo de aproximadamente dez pessoas, entre homens e mulheres, começou a xingá-los e tentou impedi-los de permanecer ali.
“Nem o garçom queria que a gente ficasse. Mas havia umas pessoas simpáticas ao Lula numa outra mesa e acabamos entrando e sentando, de maneira que ficamos de costas para o grupo de tucanos”, relata ele.
Os xingamentos e as provocações não só continuaram como se intensificaram. “Eles atiravam bolinhas de papel e nos chamavam de ladrões, de corruptos, de bandidos, de filhos da ****... Impressionante o ódio que saía dos olhos daquelas pessoas”, conta Juarez, que tem 47 anos e trabalha com exportação.
Com o ambiente cada vez mais “carregado”, os quatro decidiram pagar a conta e ir embora. Era por volta de 1h. “Ficamos com medo. Tinha um senhor de uns 60 anos que ameaçava jogar um prato em cima da gente. O cara era fascista mesmo. Eles iam linchar a gente. Então achamos melhor não ficar mais ali”, diz ele.
A providência não aplacou o ódio do grupo tucano. Na saída, Danielle foi cercada por uma mulher, que esfregou um adesivo de Geraldo Alckmin em sua cara, enquanto outra retirou um chapéu de palha que ela trazia sobre a cabeça e o arremessou longe.
Os quatro, de acordo com Juarez, correram para o carro e foram perseguidos. “De repente, alguém me jogou no chão. Vieram outras pessoas. Foi uma grande confusão. Quando consegui me desvencilhar, já tinha sangue para todo lado”.
Segundo Juarez, a mulher que mutilou Danielle tentara, antes, enfiar o dedo em seus olhos. “Ela (Danielle) colocou a mão sobre o rosto para se defender e acabou tomando essa mordida raivosa”.
Juarez fez o relato ao Portal do PT na tarde desta segunda-feira, depois de haver peregrinado, desde a madrugada, por postos de saúde e hospitais, na tentativa de reimplantar a parte do dedo amputada.
“Isso não foi possível porque, segundo um médico do Hospital São Lucas, a mordida foi muito violenta e decepou até o osso. O médico disse que só em casos de mordida de pittbull tinha visto coisa parecida”, afirmou.
Juarez e Danielle iriam ainda hoje ao IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro fazer exame de corpo de delito. Eles também já acionaram um advogado para processar criminalmente os agressores. Alguns deles estão identificados em Boletim de Ocorrência lavrado em uma delegacia do Rio durante a madrugada.
Para Juarez, o que ocorreu no bar é reflexo da campanha de ódio promovida pela mídia contra Lula e o PT.
“É impressionante o que essa mídia conseguiu. A gente fica triste de ter chegado ao esse ponto. As pessoas que estavam naquele bar não eram delinqüentes nem estavam bêbadas. Eram integrantes da classe média carioca e estavam ali jantando. Mas, quando nos viram entrar, reagiram ensandecidas. Elas não querem mais discutir, dialogar. Já partem direto para a agressão gratuita. Essa mídia tem muito a ver com isso. É um massacre. Eles estão com ódio. E não conseguem engolir que vão perder”, desabafou.
FONTE: Portal PT
2006-10-16
15:13:07
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marina sousa s
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