Nas palavras de Lutero, “Wittemberg tornara-se uma “Sodoma”” (Brentano: 214)
Depois da tempestade, Lutero só vislumbrava destruição, e não bonança:
“O Evangelho hoje em dia encontra aderentes que se persuadem não ser ele senão uma doutrina que serve para encher o ventre e dar larga a todos os caprichos.” (Franca, IRC: 197)
E falando a Melanchthon:
“Com zelo e amor abraçam o Evangelho porque nele vêm um atalho para a licença que sacode todos os jugos.” (Franca, IRC: 197)
Lutero escreveu amavelmente ao Duque George da Saxônia em 1525, ainda com esperança de trazê-lo à sua causa. Em excelente resposta, o Duque nos dá uma idéia da ordem moral vigente em Wittemberg nessa época: “O Duque mostra que Lutero estabeleceu lá (Wittemberg) um asilo, uma fortaleza para apóstatas, incluindo aqueles pertencentes a seu território. Todos os monges e freiras “que espoliam nossas igrejas e mosteiros,” ele diz, “encontram refúgio com você”. A aflição e miséria das freiras fugitivas é evidente. “Onde houve tantos monges e freiras fugitivas como agora em Wittemberg? Quando as esposas foram tiradas de seus maridos e dadas a outros, como agora é o caso, sob o seu evangelho? Quando o adultério foi mais comum do que quando você escreveu: quando uma esposa não pode tornar-se mãe por seu marido, ela deve ir a outro e engravidar, cujo filho o marido é obrigado a criar?” Parece não ter havido resposta de Lutero... (Grisar: 288)
2007-02-10
06:04:42
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haroldo jose h
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