O Vaticano nega acesso público aos seus arquivos que contêm material do tempo da Segunda Guerra Mundial. A justificativa: os arquivos conteriam detalhes classificáveis como 'segredos de confessionário', que é proibido divulgar. Representantes do Vaticano apresentaram pela primeira vez essa justificativa teológica por ocasião de uma conferência em Washington que tratou da devolução de bens de judeus roubados durante o Holocausto.
Segundo declarações de algumas famílias judias que participaram da conferência, nos arquivos do Vaticano encontra-se vasto material acerca dos bens roubados dos judeus durante o Holocausto, assim como detalhes sobre a ajuda da igreja católica a criminosos nazistas fugitivos das áreas em guerra. Os presidentes de organizações judaicas que participaram dessa conferência reagiram indignados ao comunicado do Vaticano. O presidente da Agência Judaica, Avraham Burg, disse que a justificativa teológica apresentada é 'uma manobra de despistamento'. Conforme Burg, 'é possível que nos arquivos se encontrem informações importantes sobre os campos de concentração, sobre judeus que se refugiaram em igrejas, sobre rolos da Torá, assim como sobre objetos de uso ritualístico e obras de arte'. Ele salientou: 'Está havendo retenção de informações'.
O diretor do Centro Wiesenthai em Israel, Dr. Ephraim Sorof, afirmou: "Durante a guerra o papa mantinha representantes em quase todos os países europeus... Estas pessoas transmitiam informações e relatos a Roma e esses dados estão documentadas nos arquivos. Além disso, existem informações de que o Vaticano participou do contrabando de ouro de judeus croatas".
O interesse pelos arquivos do Vaticano se concentra principalmente nas informações sobre a rede de fuga "Odessa" montada por oficiais nazistas e que ajudava criminosos nazistas a serem retirados da Europa e levados principalmente para a América Latina. De acordo com informações em poder do Centro Wiesenthal, sacerdotes católicos tinham posições-chave nessa rede de fuga. O representante do Vaticano em Jerusalém disse, referindo-se a essas afirmações, que a igreja católica romana publicou nos últimos anos doze volumes sobre o tempo da guerra. "Quem afirma que retemos informações, está fazendo propaganda. Não há nenhuma prova da ajuda da igreja a criminosos de guerra. O papa está interessado em chegar a um acordo com as organizações judaicas a este respeito".
Seja o que for que a igreja católica romana procura esconder, um dia tudo virá à luz. O Senhor Jesus disse: " ... nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido" (Mt 10.26). É bem provável que a igreja católica romana tente com todas as forças guardar em segredo crimes contra o povo judeu e o motivo alegado simplesmente serve como álibi. Mas para o Deus Todo-Poderoso, o Deus de Israel, que vê em secreto, tudo é conhecido. E como já dissemos: quando chegar a hora, Ele trará tudo à luz!
2007-01-14
00:04:29
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Servo
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