O advogado Augusto Arruda Botelho, responsável pela defesa de Freud Godoy, assessor da Presidência da República, disse em entrevista coletiva na superintendência da Polícia Federal em São Paulo que seu cliente passou por uma acareação com Gedimar Pereira Passos, que foi arrecadador de campanha do PT em Cuiabá. Na acareação, o ex-tesoureiro não confirmou as acusações de que o assessor da Presidência teria participado da intermediação de suposta compra de dossiê que envolveria os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra no esquema dos sanguessugas. "Gedimar ficou em silêncio, usando o direito de permanecer calado durante a acareação, alegando que os advogados dele não tiveram acesso ao inquérito instalado pela PF em Cuiabá até o momento", declarou Botelho.
Segundo ele, a acareação durou cerca de cinco minutos e Freud reiterou não ter nenhuma relação com os fatos, nem tampouco ter mantido contado com Gedimar para tratar desse assunto. "Foi uma acusação inverídica, absurda e fantasiosa (feita contra Freud) por uma pessoa desesperada e que está presa", declarou Botelho. O advogado não soube esclarecer por que o assessor da Presidência sofreu a acusação. "Freud é um nome quase cinematográfico e fácil de falar. A minha suposição é que foi por isso que Gedimar o acusou. E não temos informações de onde surgiu tal acusação", acrescentou.
O depoimento de Freud Godoy durou cerca de 20 minutos, de acordo com o advogado que, até o momento, disse não ter obtido acesso aos autos do inquérito. "O inquérito corre em Cuiabá e ainda não tivemos nenhum acesso. Quero reiterar que Freud tem todo o interesse em esclarecer os fatos e deixar claro que o comparecimento dele foi voluntário e não foi por convocação", acrescentou. Freud deixou a superintendência da PF em São Paulo sem falar com os jornalistas.
2006-09-18
10:38:17
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marina sousa s
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