Uma PEDAGOGIA DE ESPERANÇA na qual:
1. A EDUCAÇÃO não era mais o ajustamento do ser aos moldes ditados pelos rabinos do Templo, a imposição de fora para dentro da moral farisaica, mas o DESPERTAR DAS CRIATURAS para Deus através dos estímulos da palavra e do exemplo.
2. A salvação não era um privilégio de alguns, mas o direito de todos, pois que a salvação está na educação do ser. Assim, a Terra não é mais o paraíso dos privilegiados e o inferno dos condenados. É a grande escola em que todos aprendemos, em que todos nos educamos.
3. Jesus ensinava e exemplificava e seus discípulos faziam o mesmo.
4. Jesus possui todas as qualidades do educador perfeito. Os recursos pedagógicos de que se serve conduzem o educando, com feliz e profunda alegria, à verdade essencial dos seus ensinos. Por isso pode sacudir e despertar a consciência adormecida do seu próprio povo, asfixiado sob o peso excessivo da lei mosaica e da política imperialista da época.
5. Os ensinos de Jesus são sempre adaptados aos ouvintes. Ele pronuncia as suas palavras de forma compreensível para todos, sempre nas ocasiões mais oportunas. Recorre freqüentemente às imagens e parábolas, dando maior plasticidade às suas idéias.
6. A Pedagogia de Jesus é também gradual. Não cai jamais em precipitações que possam fazer malograr o aprendizado. Semeia e espera que as sementes germinem e frutifiquem: Tenho ainda muito a vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.”
7. Como todo educador genial, Jesus emprega em alto grau a arte de interrogar, de expor, de excitar o interesse dos discípulos. Seus colóquios decorrem sempre num ambiente de incomparável simpatia. É digno, severo, paciente, segundo as circunstâncias e os interlocutores.
8. Os seus ensinos são claros e intuitivos. Cria figuras literárias e busca exemplos da vida cotidiana para esclarecer o seu pensamento. Aperfeiçoou a forma da parábola e revestiu-a de incomparável esplendor.
9. Jesus não se impõe, não usa de coerção, nem mesmo de persuasão. Convida, exemplifica, serve e ama. “Jesus criou a DIDÁTICA NATURALISTA, que se funda nas leis naturais e delas se serve para o ensino espontâneo”.
10. Mas o importante a considerar na atitude de Jesus, que revoluciona o caráter do mestre, é que ele abdica de todo outro poder sobre os educandos, que não seja o poder da autoridade moral, da influência afetiva e do exemplo contagiante. Para ensinar, abençoa, cura, serve a quem necessita, usa o verbo paciente e adequado ao ouvinte, lava os pés dos discípulos e muito mais.
“Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc. 22, 27) — aí se resume seu método pedagógico. Quem mais serve, por amor, é quem mais é capaz de fazer brotar o impulso do bem na alma humana. Quem mais se sacrifica, por amor, é quem mais alcança a intimidade do outro, para fazê-lo melhor.
2007-03-18
00:47:14
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perguntado por
Jorge Murta
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em
Religião e Espiritualidade