Foi o que fez o Sr. Pereira, alfaiate das antigas, um bom patrimônio em imóveis populares, mas mulherengo que só. D. Júlia - sua digníssima - mal desconfiava que o coroa mantivesse esse amor antigo, praticamente sob as biqueiras de sua casa. Duas quadras adiante, um ap de quarto e sala, porém bastante aconchegante. Ali o Pereira fez seu ninho, produziu dois garotos, e dona Júlia só chiava com as saídas do "velho", sempre argumentando que iria jogar buraco com os amigos. Nessa história, o sábado emendava com o domingo, e o seu Pereira só daria as caras novamente na segunda; limpo e bem penteado, p/ desespero de D. Júlia, que um dia jogou essa pra cima dele: "Ou eu ou o baralho". Foi então que ele tomou a grande decisão: trouxe a outra para dentro de casa. Junto com as crianças. E mais o casal de canários, o papagaio e uma cadelinha mestiça super mal-educada que vive fazendo pipi em cima do sofá da sala. D. Júlia perdeu a voz. Agora passa o dia debruçada à janela, olhando o infinito...
2006-11-23
06:32:21
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perguntado por
Literatura
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Psicologia