Segunda-feira, 05 de Novembro de 2007
Brasil
Sob Lula, fraudes custaram R$ 613 mi à Saúde
05 de Novembro de 2007 | 08:06
Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse de seu primeiro mandato, em janeiro de 2003, até julho de 2007, irregularidades na aplicação do dinheiro da Saúde – setor que é dono da maior fatia do Orçamento da União entre os ministérios – já custaram 613 milhões de reais aos cofres públicos. Este dinheiro, pago pelo contribuinte para ser gasto em hospitais e melhorias na área em todo o país, simplesmente desapareceu das mãos do estado, em fraudes, desvios e falhas na aplicação de verbas.
Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira revela que só a Controladoria-Geral da União (CGU) apurou prejuízos de 513,2 milhões de reais de janeiro de 2003 a julho de 2007. Os escândalos são muitos. Houve a máfia dos sanguessugas, por exemplo, que desviou 39,2 milhões de reais com a venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras. Ou as fraudes em licitações de hemoderivados descobertas pela Operação Vampiro da Polícia Federal, que podem ter sumido com até 120 milhões de reais. Ou ainda os recentes escândalos envolvendo a Funasa – todos responsáveis por rombos milionários.
Para piorar, além dos escândalos, há inúmeras irregularidades na aplicação de verbas da saúde em seu destino final, como mostram processos administrativos abertos pelo próprio Executivo para investigar fraudes e falhas na aplicação de recursos, as chamadas tomadas de contas especiais. Auditores da CGU identificaram nas prestações de contas problemas como falta de comprovação de gastos, não cumprimento do projeto previsto no convênio, apresentação de notas falsas e pagamentos irregulares por procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) a hospitais das redes pública e conveniada.
Descentralização - Segundo a reportagem do diário paulista, na contabilidade da CGU, a pasta da Saúde é disparado aquela que tem o maior volume de irregularidades. Para o procurador-geral do TCU, Lucas Furtado, "há um problema de gestão no sistema, que, somado à natureza dos gastos e à descentralização da administração, amplia a possibilidade de fraudes e desvios."
Os desvios levantados pela CGU preocupam ainda mais quando, no afã de aprovar a prorrogação da cobrança da CPMF, o governo acena que pode destinar mais 24 bilhões de reais para a Saúde nos próximos anos. "Se não houver melhoria nos controles, não há nenhuma garantia de que esse dinheiro vá gerar benefícios à população", disse Furtado ao jornal.
2007-11-05
09:12:51
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Mary - versão 2008
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