Foi quando uma moça sentada no centro do auditório passou a questionar que a maior afronta e causa dessas condições são o consumismo, a desigualdade e violência social materializados no templo consumista que é a Daslu. Os debatedores não puderam responder as colocações. Porque outra moça, negra, apresentando-se como moradora da comunidade Coliseu, pegou o microfone para defender a Eliana Tranchesi (dona da Daslu), sentada ao seu lado. Contou que Eliana esteve naquela favela, sem segurança, e ao entrar em seu barraco, elogiou como ele era limpo e as panelas brilhavam.
Esses baratos é difícil de identificar se é armação, se tá combinado, se é teatro... Sei lá!? De qualquer forma, aquilo me fez lembrar do raciocínio de Malcom X, que dizia que há dois tipos de negros. O negro da senzala e o da casa grande. Se o negro da senzala diz “Vamos fugir?”, o negro da casa grande responde: “Fugir? Porque iremos deixar o patrão? O que pode ser melhor que aqui?”.
2006-10-26
08:52:30
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perguntado por
abutrelascado
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