Jesus e Sócrates já eram considerados pessoas enigmáticas no tempo em que viveram. Nenhum dos dois deixou qualquer registro escrito de suas idéias. Assim, não nos resta outra saída senão confiar na imagem deles que nos foi legada por seus discípulos. Uma coisa, porém, é certa: ambos eram mestres da retórica. Além disso, ambos tinham tanta autoconfiança no que diziam que podiam tanto arrebatar quanto irritar seus ouvintes. Para completar, ambos acreditavam falar em nome de uma coisa que era maior do que eles mesmos. Eles desafiavam os que detinham o poder na sociedade, porque criticavam todas as formas de injustiça e de abuso de poder. No fim, esta forma de agir lhes custou a vida.
Também há paralelos entre os processos de acusação de Jesus e de Sócrates. Ambos podiam ter pedido clemência e, com isto, ter salvado suas vidas. Mas eles acreditavam estar traindo sua missão se não fossem até as últimas conseqüências. E o fato de terem enfrentado a morte de cabeça erguida lhes garantiu a fidelidade das pessoas mesmo depois de sua morte.
2007-03-25
03:12:48
·
7 respostas
·
perguntado por
Anonymous
em
Filosofia