SÉRIE VACINA CONTRA FRAUDES 3/6
COMO SE FABRICAM FRAUDES CIENTÍFICAS
Geocentrismo, teoria demogênica da varíola e neuropsicanálise:
três irmãs gêmeas filhas da fraude científica.
Periodicamente a assertiva de Thomas Khun vem sendo confirmada: cientistas muitas vezes estão empenhados em obstruir o progresso ao invés de promovê-lo. Mais intrigante ainda é a recorrente constatação histórica de que mestres e doutores tem usado o seu prestígio para obrigar a ciência a dar marcha à ré: foram os doutores em geocentrismo que condenaram Giordano Bruno; foi a Associação Médica de Filadélfia que condenou Edward Jenifer, o descobridor da varíola e agora são alguns doutores que tentam manipular e usar descobertas refutadoras da psicanálise fornecidas pela neurociência, em argumentos confirmadores. Trata-se de uma das mais nefastas manchas pretas da história da ciência contemporânea. Como já diziam os romanos: nomina mutantur, numina manent: mudam os tempos, permanecem os mesmos velhos truques do engodo vestido de ciência!
Esse aparente paradoxo dos doutores obstruindo o progresso é favorecido por dois fenômenos paradigmáticos conhecidos como visão seletiva e olho do furacão. O primeiro nos faz enxergar exatamente o que acreditamos existir. Assim, enquanto seres humanos acreditarem que são vítimas inconscientes fragmentárias e deterministas do próprio pensamento, haverão os exploradores mercantis do tal do inconsciente. À medida que seres humanos crescerem para perceberem que seu pensamento é criador e não inconsciente, desaparecerão os mercenários do inconsciente.
Mas enquanto tal não ocorre, os retardatários intelectuais continuam conseguindo manipular um fenômeno bastante conhecido em Análise Paradigmática e que leva o sugestivo nome de Olho do furacão: militantes de paradigmas em fase paralisante (como é o caso da Psicologia) trazem para o olho do furacão do paradigma agonizante toda e qualquer possibilidade de avanço e progresso na área. A sua principal característica consiste em transformar em argumentos confirmadores exatamente as descobertas refutadoras, através das conhecidas técnicas do tapetão e do camaleão.
A técnica do tapetão consiste simplesmente em esconder debaixo do tapete descobertas refutadoras, sempre que isso por possível. Um exemplo clássico em Psicologia é a alfagenia, que comprova que o pensamento controla a neuroeletricidade. Essa descoberta em si refuta todo o mecanismo da teoria do inconsciente, o qual se baseia numa energia invasora em que o pensamento seria um subproduto inconsciente. A alfagenia comprova o oposto, ou seja, que o pensamento é criador e não inconsciente.
Todavia a técnica de manipulação mais despudoradamente utilizada é o efeito camaleão, através do qual descobertas refutadoras são transformadas em argumentos confirmadores. Exemplo clássico em Psicologia é a descoberta da polissonografia mostrando que os sonhos são fenômenos naturais, cíclicos e salutares, ou seja, exatamente o oposto do que dizia a teoria do inconsciente que os situava como resultantes de distúrbios do sono.
Agora nos deparamos com uma das mais nefastas manifestações do efeito camaleão: neuropsicanálise.
Como é sabido as teorias neurológicas de Freud estão amplamente ultrapassadas. Para citar um dentre vários exemplos basta lembrar que ele refutava a possibilidade de localização cerebral da memória, conhecimento hoje dominado até por alunos do secundário. O próprio Freud, anos depois de ter escrito o seu Projeto de uma Psicologia para Neurólogos, verificou que ele estava ultrapassado já na época, tentando inclusive destruí-lo, só não conseguindo fazê-lo pressionado pela corporação que ele mesmo criara e que agora se apropriara do produto mercadológico que não podia sofrer prejuízo no mercado.
Se a humanidade ocidental não abrir os olhos perderá a oportunidade de dar um salto qualitativo histórico evoluindo para a descoberta de que pensamento não é inconsciente, pensamento é criador.
Aos mentores da neuropsicanálise cabe duas hipóteses: ou ignoram ou manipulam dados. Ora, a própria neurociência em si já é suficiente para refutar a psicanálise que não aceitava o cérebro como órgão e instrumento do pensamento, pondo no seu lugar o sexo. De sorte que a segunda hipótese é de que se trata de mais uma manipulação com o objetivo claro de continuar enganado vítimas desavisadas. É bom lembrar que a manipulação de dados por parte da Psicanálise já ocorreu na criação da fraude do complexo de Édipo, no misterioso sumiço dos “sete artigos metapsicológicos” em que Freud tentaria explicar a continuidade da repressão, a coincidência desse sumiço com o aporte de donativo milionário para a Psicanálise. Quem faz um cesto, faz um cento.
O preço da liberdade e do progresso é a eterna vigilância!
2007-02-28
08:01:29
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perguntado por
Anonymous
em
Religião e Espiritualidade