A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo instaurou há duas semanas sindicância em três escolas públicas da Grande São Paulo para apurar a participação de colombianos em palestras e debates em defesa das idéias dos dois principais grupos guerrilheiros da Colômbia, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN). As sindicâncias referem-se a palestras feitas nos últimos nove meses em escolas de Osasco.
A secretaria está ouvindo diretores, professores e funcionários sobre as circunstâncias em que ocorreram essas reuniões. Defendendo as guerrilhas, os colombianos rebateram as acusações de envolvimento delas com o narcotráfico e criticaram o Plano Colômbia - projeto incentivado e parcialmente financiado pelos EUA contra a indústria da droga no país e considerado pelos representantes dos rebeldes um pretexto para intervenção militar norte-americana na América Latina.
O Estado apurou que as palestras são parte de uma ofensiva diplomática que vem sendo empreendida por porta-vozes ou colaboradores das Farc e do ELN no Brasil. Dois colombianos que se apresentam como porta-vozes dos grupos no Brasil afirmaram ao Estado que nos últimos dois anos "companheiros" vinculados à guerrilha estiveram em mais de 20 cidades, de pelo menos sete Estados brasileiros, defendendo seus pontos de vista em escolas públicas, universidades e sindicatos.
O objetivo das visitas, segundo Milton Hernández, do ELN, é bem definido: tentar forjar uma mobilização internacional de oposição ao Plano Colômbia que conte com o apoio de brasileiros. "Os povos da América Latina precisam criar uma rede de solidariedade, organizar-se, conscientizar-se e promover manifestações. Essa é a importância do trabalho", disse
2007-02-07
09:24:01
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Anonymous
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Polícia e Aplicação da Lei