Você está confortavelmente instalado na poltrona do cinema e de repente sente uma vontade incontrolável de beber um certo refrigerante. Mais tarde fica sabendo que durante o filme foram exibidas, sem que você percebesse, imagens que diziam "beba coca-cola". Em outra parte, alguém vai a uma loja decidido a fazer algumas compras sem pagar por elas, mas misteriosamente suas compulsões cleptomaníacas desaparecem depois de alguns instantes rodando pela loja. O segredo desta súbita honestidade está na música ambiente, que sussurra frases inaudíveis do tipo "roubar é errado". Outra pessoa, cansada de sofrer repetidas rejeições do sexo oposto decide tratar sua insegurança ouvindo fitas de auto-ajuda. Nas fitas, por detrás das músicas esconde-se imperceptível uma voz que repete incessantemente "você é um poderoso imã para o sexo oposto". Um mês depois esta pessoa já é dona de um invejável currículo social. Enquanto isso, diariamente todos são bombardeados por palavras e imagens de apelo sexual. Não, não se trata das tradicionais mulheres seminuas que vendem de perfumes a automóveis, mas de imagens escondidas, muito mais eficazes na arte de separar o dinheiro de seu dono.
Todas as situações acima têm algo em comum. Todas se baseiam na crença de que mensagens imperceptíveis, ou abaixo do limiar de percepção, chamadas de mensagens subliminares, têm o poder de ditar comportamentos, curar maus hábitos, aumentar o consumo de um determinado produto ou, em resumo, manipular a mente das pessoas. Será que isso é verdade?
2007-01-25
09:00:20
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perguntado por
Anderson V
2
em
Filosofia