A Inerrância da Bíblia
Introdução
“A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade. Amém.” (Efésios. 6:24 ACF)
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;” (II Timóteo 3:16 ACF)
Definição (segundo o site “Luz para o caminho” da inspiração e preservação das Escrituras)
1. Conforme posto no artigo I da DDCBB, a Bíblia É a Palavra de Deus; Sua plena e definitiva revelação aos homens. Escrita por homens inspirados por Deus, é inerrante e infalível nos originais em quaisquer de seus 66 livros componentes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
(Lucas 16:29, Hebreus 1:1-2, II Timóteo 3:16, II Pedro 1:21, Salmo 119:160)
2. A Bíblia foi, conforme promessa de Deus, por Ele próprio preservada, desde os originais, nada se perdendo ou se acrescendo. Sua preservação foi constante no decorrer do tempo, estando sempre em uso por Seus filhos, crentes fiéis perseguidos através dos tempos. Como tal, o Antigo Testamento está plenamente preservado no Texto Massorético e o Novo Testamento no Texto Recebido (Textus Receptus), os quais formam a base de todas as traduções da Palavra de Deus feitas durante a Reforma (King James, João Ferreira de Almeida, Reina Valera, Diodati, Lutero, etc...), traduções estas que por quase 300 anos foram adotadas por 100% das igrejas fiéis e por 100% dos crentes fiéis. A Palavra de Deus tem permanecido disponível durante todo o tempo a todos os crentes, seja nos originais, seja através de fiéis cópias suas ou através de uma de suas traduções fiéis.
(Isaías 40:8, Salmo 19:7-9, Deuteronômio 12:32, Salmo 102:11-12, Salmo 111:7-8, Salmo 33:11-12, Isaías 59:21, Marcos 13:31, Apocalipse 14:6)
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (II Pedro 1:20-21 ACF)
Relato Histórico TR
O caminho percorrido pelos textos que ficaram conhecidos como Textus Receptus ou texto tradicional ou texto do tipo bizantino, tem como início a igreja em Antioquia, local aonde pela primeira vez os discípulos de Cristo foram chamados cristãos, conforme Atos 11:26:
“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (Atos 11:26 ACF)
Desde o ministério de Cristo até mais ou menos o ano 100 d.C., os manuscritos originais do Novo Testamento foram escritos na língua grega, sendo que o livro de Apocalipse, escrito pelo apóstolo João, foi o último a ser escrito, isso por volta de 96 d.C. A história nos mostra que, com raras exceções, os livros do Novo Testamento foram sendo aceitos como canônicos pelas Igrejas quase que imediatamente após terem sido escritos. Podemos ver uma definição rápida e praticamente unânime do que era canônico, a ponto de em 150 d.C. várias traduções dos textos bíblicos serem feitas, contendo os mesmos 27 livros que encontramos hoje em nossas Bíblias. Temos assim, que menos de cem anos depois do primeiro documento ser escrito, os livros do Novo Testamento já estavam reunidos e eram reverenciados pela Igreja de Cristo como sendo de autoridade escritural divina. Foi criado um cânon oficial do Novo Testamento, o qual foi aceito por todas as Igrejas que se chamam Cristãs.
Por um período de muitos séculos, os textos ficaram em uso pelos crentes de lá, tendo sido usados e copiados, usados e copiados, pois o pergaminho desgastava-se pelo uso intenso por parte da igreja. Àquela época, o material utilizado era muito caro, e eles otimizavam ao máximo seu uso. É assim que, os autógrafos, ou seja, os escritos de próprio punho pelos escritores bíblicos não são mais encontrados.
Os textos foram utilizados ali, e posteriormente percorreram um caminho muito longo para a época, quando as distâncias eram tão difíceis de serem vencidas.
Esse tipo de texto também foi encontrado pontualmente em algumas partes da Europa, como o Norte da Itália (aos pés dos Alpes), o Sul da França, e a Grã-Bretanha.
O Texto Recebido começou com as igrejas dos apóstolos e foi preservado pelo próprio Deus, por intermédio da erudição verdadeira e da sabedoria espiritual da pura igreja nas suas diferentes fases:
a) A igreja de Antioquia, na Síria, que enviou Barnabé e Paulo como missionários aos gentios, conforme Atos 13:1-3, e se tornou o centro do cristianismo. Ali houve muitos profundos eruditos, fiéis e verdadeiros. Em 150 eles concluíram a Peshitta, a excelente tradução da Bíblia para o sírio, das quais ainda existem mais de 300 cópias;
b) As igrejas no Norte da Itália , que no ano 150 concluíram a Bíblia Itálica;
c) As igrejas gálicas, no Sul da França;
d) As igrejas celtas, na Grã Bretanha;
e) As igrejas dos Valdenses, na região de Vaudois, Norte da Itália, aos pés dos Alpes. Elas preservaram o texto puro, desde 150. Muitas das puras cópias por eles usadas chegaram a Erasmo, aos reformadores, e a nós (louvado seja o Senhor!)
f) As igrejas da Reforma, na Alemanha, Suíça, Inglaterra, etc. As Bíblias baseadas no Texto Recebido foram as únicas usadas pelos chamados protestantes, e pelas igrejas fiéis que não eram protestantes, como, por exemplo, os Batistas e os Menonitas; em centenas de países e línguas em todo o mundo, desde Tyndale (1525 e 1534), Lutero (1522 Novo Testamento e 1534 toda a Bíblia), Rei Tiago (King James - 1611), João Ferreira A. de Almeida (1681 e 1753), Almeida Corrigida e Revisada Fiel aos Textos Originais (ou Trinitariana, 1995).
Muitos séculos depois, em 1453 depois de Cristo, essa região de Bizâncio foi invadida por muçulmanos, o que levou vários teólogos e eruditos cristãos a fugirem de lá, levando consigo textos gregos do NT que haviam sido usados e copiados. Alguns possuíam partes do NT, enquanto outros, muito poucos, possuíam o NT inteiro.
2007-01-15
05:17:12
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perguntado por
RELIGIÃO MATA E CEGA
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Religião e Espiritualidade