Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados. Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma "lady", solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais", e o bem comportado executivo, "o cavalheiro", se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda tumultuar. Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido
uma "mala sem alça", aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou uma novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela Internet estava demorando a dar o saldo, daí eu me lembrei da fila dos bancos. Pobre de nós, homens e mulheres sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para a espiritualidade, a paciência está em falta no mercado.
2006-11-09
02:41:44
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BIGLER
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Outras - Família e Relacionamentos