O que EGW escreve sobre a segunda vinda de Jesus é francamente confuso e Deus não é Deus de confusão (1 Co 14.33). A um tempo declara que ouviu a voz de Deus que lhe anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Depois, afirma que se esqueceu do dia e da hora. Adverte contra os que se aventuram marcar datas para esse acontecimento profético. Qualquer leitor da Bíblia sabe que não é possível sabermos o dia e a hora da vinda de Jesus. “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai.”(Mt 24.36) “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.”(At 1.7). Ela ainda diz:“Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe vida antes que seu corpo visse a corrupção. Satanás procurou reter o corpo, pretendendo-o como seu; mas Miguel ressuscitou Moisés e levou-o ao Céu.” “... Satanás maldisse amargamente a Deus, acusando-O de injusto por permitir que sua presa lhe fosse tirada; Cristo, porém, não repreendeu a Seu adversário, embora fosse por sua tentação que o servo de Deus houvesse caído. Mansamente remeteu-o a Seu Pai, dizendo: ‘O Senhor te repreenda.’” (Primeiros Escritos, p. 164, 3ª edição, 1988).
A passagem citada, para afirmar que Jesus não repreendeu seu adversário, o diabo, é Judas 9, que diz: “ Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.” Este texto, como lemos, trata de Miguel, o arcanjo e não de Jesus. É a Jesus que Miguel, o arcanjo, recorre para repreender Satanás e não a Deus, o Pai. Confunde ela Miguel com Jesus como se ambos fossem a mesma pessoa. Jesus, em sua vida terrena, por várias vezes, repreendeu Satanás e ao passo que Judas 9 afirma que Miguel não pode fazê-lo, invocando a autoridade de Jesus para isso, “O Senhor te repreenda”. Em Mt 16.23 Jesus repreendeu Satanás com toda a autoridade, dizendo: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo”. E não foi esta a única vez que Jesus repreendeu Satanás. Outras vezes isso aconteceu como em Mt 4.10,11 determinando que ele se retirasse. Jesus deu poder aos seus discípulos e seguidores para assim também o fazerem (Lc 10.17-19: Mc 16.17,18). Por fim, Jesus é Criador (Jo 1.3; Cl 1.15,16) e Miguel é criatura celestial, criada pelo próprio Jesus. Os anjos não podem ser adorados (Ap 22.8,9) ao passo que Jesus é adorado pelos próprios anjos (Hb 1.6). Miguel é um dos primeiros príncipes (Dn 10.13) indicando com isso que existem outros iguais a ele; entretanto, Jesus é o Unigênito do Pai, mostrando que não existe outro igual a ele (Jo 1.14; 3.16). Não se pode prestar culto aos anjos (Cl 2.18) mas prestamos adoração a Jesus (Ap 5.11-13). Esse ensino de EGW é francamente herético (2 Pe 2.1,2) .
2006-10-22
09:57:44
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horaagora
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Religião e Espiritualidade