Jornalista acusa TV Globo de influenciar em campanhas políticas.
20/10/2006, 15h15min
O blog do jornalista, Paulo Henrique Amorim, publicou nesta terça-feira, 17, uma suposta transcrição da conversa entre o delegado Edmílson Bruno e profissionais de imprensa sobre as fotos mostrando o dinheiro usado para a compra do dossiê Vedoim. Para Mino Carta, diretor da revista Carta Capital, a conversa revela uma provável trama da emissora para prejudicar a reeleição do presidente Lula.
Na conversa gravada, o grupo combina a divulgação de informações falsas sobre a obtenção do material fotográfico. “Eu vou confiar em vocês. Vai parecer que alguém roubou e vazou para a imprensa. Mais ninguém tem isso aí, só eu. Nem o superintendente (...) Quando vocês passarem na TV, pessoal, tira o nome da Protege e tira essa data aqui”, afirma o delegado. Um repórter repete a ordem e o outro concorda. “A data pode deixar”.
Amorim afirma que os jornalistas que participam da conversa são: Lilian Christofoletti, da Folha de S. Paulo; Paulo Baraldi, do jornal O Estado de S. Paulo; Tatiana Farah, do jornal O Globo e André Guilherme, da rádio Jovem Pan (que teria gravado a conversa).
Em nota oficial, publicada no Observatório da Imprensa, Ali Kamel, diretor-executivo de jornalismo da Globo, contesta as acusações. Ele afirma que a TV Globo não é, em nenhum momento, citada como o canal onde as fotos deveriam ser exibidas. “O delegado pergunta então se há alguém da Globo nas proximidades, e os repórteres apontam para Rodrigo Bocardi, repórter do Jornal Nacional, que estava de plantão na Polícia Federal. Outro repórter do grupo acrescenta que também está na PF um repórter da TV Bandeirantes, a quem classifica de gente finíssima. O delegado alega que não tem CDs para todos, mas os repórteres asseguram a ele que tirarão cópias e farão a distribuição aos repórteres de TV”. Ele frisa que durante a conversa, o delegado ressalta que todos têm que divulgar as imagens.
2006-10-22
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