O chamado de um homem por Deus ao sacerdócio é algo muito sério para ser tratado com tamanha leviandade, como têm feito os pastores que buscam cargos políticos. Cometem o primeiro ato de corrupção quando de abandonam seu pastoreio para se candidatar e assumir mandatos políticos. E depois chafurdam na mesma lama dos corruptos a quem deveriam mostrar o exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo.
Deus escolhe seus sacerdotes para que pastoreiem seu rebanho. Ele já tem os seus escolhidos no Executivo e no Legislativo, não precisa que os pastores se candidatem e caiam na mesma vala comum dos incrédulos e assim confundam as almas. Deviam seguir o exemplo de José de Arimatéia, que para não escandalizar o evangelho, pela corrupção que teria de viver no Senado, não deixava que ninguém soubesse que era seguidor de Jesus. Assustou até Pilatos ao reivindicar o corpo do Senhor para enterrá-lo.
A atuação desses políticos nos esquemas de corrupção conseguiu escandalizar até o exemplo mais bem acabado do mundanismo: o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos investigadores da CPI das Sanguessugas, se diz impressionado com o envolvimento de evangélicos com as supostas falcatruas. A Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional possui 60 integrantes. Desses 29 foram investigados pela CPMI das Sanguessugas: 14 da Igreja Universal do Reino de Deus; 10 da Assembléias de Deus, 2 da Igreja do Evangelho Quadrangular; 2 da Batista; e 1 da Internacional da Graça.
Até o Edir Macedo prometeu expulsar todos os envolvidos. Bravata, na certa. Afinal acusações de corrupção não faltam à Igreja Universal. O pastor José Wellington, presidente das Assembléias de Deus não foi encontrado. Leia O Jornal tem se preocupado em exortar o pastor presidente das Assembléias de Deus no sentido de que o honrado nome da igreja não seja envolvido em escândalos. Que deixe de dar seu apoio oficial a políticos, sejam pastores, que aliás não deveriam nem concorrer a eleições políticas, ou a candidatos ainda mais oportunistas, como o maçom Garotinho, que usam a Bíblia para transformar as igrejas em seus currais eleitorais. Os membros das igrejas precisam ser respeitados e antes deles os pastores devem respeito ao Senhor Jesus Cristo. A maçonaria está tomando conta das Assembléias de Deus e essa será sua ruína. E o pastor José Wellington, presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus se omite, ou é conivente com esse estado de coisas.
Dos 29 evangélicos acusados inicialmente três acabaram sendo inocentados: Gilberto Nascimento, Jefferson Campos, Zelinda Novaes. Os pseudo-evangélicos citados no relatório final do senador Amir Lando, que deverão enfrentar processo de cassação por quebra de decoro parlamentar são os deputados Adelor Vieira (PMDB-SC, líder da Frente Parlamentar Evangélica), Agnaldo Muniz (PP-RO), Almeida de Jesus (PL-CE), Almir Moura (PFL-RJ), Cabo Júlio (PMDB-MG), Carlos Nader (PL-RJ), Edna Macedo (PTB-SP), Heleno Silva (PL-SE), Isaías Silvestre (PSB-MG), João Batista (PP-SP), João Mendes de Jesus (PSB-RJ), Jorge Pinheiro (PL-DF), José Divino (PRB-RJ), Josué Bengston (PTB-PA), Lino Rossi (PP-MT), Marcos Abramo (PP-SP), Marcos de Jesus (PFL-PE), Neuton Lima (PTB-SP), Nilton Capixaba (PTB-RO), Pastor Amarildo (PSC-TO), Paulo Gouvêa (PL-RS), Raimundo Santos (PL-PA), Reginaldo Germano (PP-BA), Vieira Reis (PRB-RJ) e Wanderval Santos (PL-SP). Também o senador Magno Malta (PL-ES) está envolvido.
Jamo Little Brown
2006-09-12
05:28:47
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Anonymous