FÓSSEIS HUMANOS AUTÊNTICOS
Enquanto se faz questão de acentuar características dos Australopithecus para que se pense que eles são verdadeiros ancestrais do homem, procura-se fazer crer que os fósseis que são realmente humanos tinham traços quase animais. O chamado “Homem de Neanderthal está exatamente nesse caso. Procurou-se pintá-lo de tal modo parecido com um macaco, que alguém disse, com finura, que esse tenha sido um dos homens mais caluniados da História.
O primeiro fóssil desse tipo foi descoberto em 1854, no vale do rio Neander, perto de Dusseldorf. Em 1908, outro fóssil semelhante foi achado em Saintes, na região de Corrèze, na França. Depois, inúmeros outros exemplares foram encontrados através da Europa e Ásia, demonstrando que o chamado Homem de Neanderthal habitou vastas regiões do mundo. Essa raça teria vivido desde uns 200.000 a 35.000 anos atrás.
O fóssil clássico de Neanderthal tinha como característica mais marcante a grande saliência super-orbitária. Além disto, sua testa era pequena, com ângulo facial acentuado, mandíbula proeminente. Seus ossos indicam que ele tinha uma constituição física mais corpulenta que o homem atual
Embora seu rosto tivesse traços grosseiros, que as reconstituições acentuaram ainda mais para aproximá-las do simiesco -- evidentemente para que se tendesse a aceitar a tese evolucionista -- o Homem de Neanderthal tinha uma capacidade craniana maior do que a do homem atual! Sabe-se bem que importância deram os evolucionistas à capacidade craniana como elemento comprovador da humanização. Mas, no caso do Homem de Neanderthal, raramente se encontra um livro que destaque o fato de que ele tinha maior volume e capacidade craniana cerca de 10% maior do que a do homem de nossos dias.
Quanto à sua exagerada saliência supra-orbital, sabe-se, hoje, que isto era causado por acromegalia degenerativa, provocada por alimentação inadeqüada.
Marcelin Boulle generalizou a idéia de que o Homem de Neanderthal andava com a perna um tanto dobrada, e o corpo um tanto inclinado, como os gorilas. Entretanto, muitos crânios neanderthalenses encontrados apresentam o foramen magnum idêntico ao dos crânios modernos, provando que a pretensa posição curvada que lha foi atribuída é imaginária.
Daniel Cohen afirma que o aspecto estúpido e a brutalidade comumente atribuída ao Homem de Neanderthal “são antes conjeturas que refletem a formação e os preconceitos do artista” que o reconstituiu. E acrescenta:
“Não há prova nenhuma de que ele fosse estúpido. Na realidade é um tanto desconcertante observar que o tamanho médio do comportamento cerebral do Homem de Neanderthal é um pouco maior do que o do homem moderno -- 1600 c.c. -- comparado com os 1.450 c.c. deste último “ (Daniel Cohen, Estudo do Homem de Neanderthal, in O Estado de São Paulo, 19 / I / 1969).
François Bordes diz deste fóssil que agora focalizamos:
“Reconstituições os apresentam como um pouco melhores do que os grandes macacos, e suas ferramentas são descritas como grosseiras (...) A verdade é, entretanto, inteiramente diferente” (F. Bordes, Mousterian cultures in France, artigo na revista Science, vol. 134, p. 803, 1961).
O naturalista N. Mercier, analisando as descobertas arqueológicas feitas em St,. Cesaire (França), em 1979, chegou à conclusão de que o Homem de Neanderthal coexistiu com o Homem de Cro-Magnon. Isto comprova então que o Homem de Neanderthal não foi predecessor do Homem de Cro-magnon. Além disso, ambos foram fabricantes de instrumentos e ferramentas toscas, embora as do Homem de Cro-Magnon sejam mais perfeitas.
Ora, em St. Cesaire foram achados fósseis neanderthalenses junto com instrumentos feitos pelo Homem de Cro-Magnon!
Em 1989, a revista Nature publicou um artigo de autoria de cientistas franceses e israelenses anunciando a descoberta de um esqueleto neanderthalense, que possuía o osso hióide, que é absolutamente fundamental para a fala. Isto comprovava que o Homem de Neanderthal era anatomicamente capaz de falar.
O Dr. Baruch Arensburg da Universidade de Tel Aviv afirmou que os esqueletos encontrados numa caverna em Kebara, em Israel, tinha 60.000 anos. O osso hióide deste fóssil é idêntico em formato, tamanho, e posição ao do homem moderno, e, portanto, o Homem de Neanderthal podia falar tanto como o chamado Homo Sapiens.(Cfr. O Estado de São Paulo, 28 / IV / 1989).
Outra descoberta feita nas grutas de Shrinadar, na Pérsia, entre 1950 e 1980 pelo Dr. Ralph Solecki, da Universidade de Colúmbia, indica que o Homem de Neandrethal praticava já um culto aos mortos. Solecki encontrou em Shrinadar sete esqueletos neanderthalenses recobertos de pó, que examinado, revelou possuir uma grande porcentagem de pólen de flores. Ora, isto indicava que o Homem de Neanderthal compreendia o símbolo da flor, e, se colocava flores sobre seus mortos, era porque acreditava que alguma coisa deles continuava a existir mesmo após a morte e putrefação dos cadáveres. Portanto, acreditavam que havia algo imortal no homem, e que, de algum modo, haveria um vida após a morte.
A respeito disso, diz Daniel Cohen:
“A descoberta das flores mortuárias de Shrinadar veio reforçar um argumento há muito tempo exposto por uma minoria combativa de antropólogos e paleontólogos - que o Homem de Neanderthal é um antepassado direto e perfeitamente digno do homem, e não uma espécie de produto final de uma evolução simiesca”.
2007-02-28
05:28:53
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Anonymous
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Religião e Espiritualidade