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Sociedade e Cultura - janeiro 2007

[Selected]: Todas as categorias Sociedade e Cultura

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Fantasias e dogmas

Por Roberto do Amaral Silva

O apóstolo Pedro foi o primeiro papa? Foi sepultado na Basílica de São Pedro? Quem foi, afinal, o primeiro papa?

São justamente essas as perguntas que ganham vulto na imprensa. Entretanto, o que a mídia publica sobre o assunto é, quase sempre, conforme a visão teológica e histórica da própria Igreja Católica Romana.

Interessante é que alguns teólogos católicos não concordam com certos posicionamentos do próprio catolicismo. Hans Küng, teólogo católico suíço, é um exemplo do que estamos falando. Em seu livro, Igreja Católica, nos traz alguns desses questionamentos.

Autor de várias obras, Küng foi nomeado pelo então papa João XXIII consultor teológico para o Concílio Vaticano II. Mas, por questionar as doutrinas tradicionais, foi proibido de lecionar na qualidade de teólogo católico, sob o pontificado de João Paulo II.

Vejamos os arejados trechos de seu livro, que muito nos ajuda a entender o que a imprensa unilateral informa.

O apóstolo Pedro foi o primeiro papa?

Contrariando a interpretação tradicional de que Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja é erguida, o teólogo suíço, escreveu: “Não há qualquer evidência de um sucessor de Pedro (também em Roma) no Novo Testamento. De qualquer forma, a lógica da fé de Pedro em Cristo (e não a fé em qualquer sucessor) deveria ser e permanecer a base constante da Igreja”. E, ainda: “... O inescrupuloso bispo Damaso (366-384) foi o primeiro a usar a frase de Mateus (16.18-20) sobre a pedra (que ele entendeu num sentido legalista) para respaldar reivindicação ao poder”.

Afinal, Pedro é a pedra, a rocha firme? Para Küng, parece que não, pois, apesar de Pedro ser o porta-voz dos discípulos, “sua deficiência em compreender, sua covardia e, finalmente, sua fuga”, relatadas nos evangelhos, depõe contra a firmeza exigida para ser uma rocha inabalável, sobre a qual se possa edificar a Igreja do Senhor Jesus.

E se Pedro não foi o primeiro papa, quem é que iniciou o papado?

Conforme ensina Küng, “o bispo Sírico (384-399) foi o primeiro a se intitular ‘papa’”. A verdade é que o papado romano não se fez em um dia. Conscientes de seu poder, os bispos de Roma dos séculos 4o e 5o caminharam na direção de uma supremacia universal. Para isso, desenvolveram argumentos bíblicos e teológicos que, com o passar dos séculos, se tornaram dogmas incontestáveis.

Leão I (440-461) é quem de fato recebeu o título de “papa” no sentido atual do termo, conforme historiadores. Seu prestígio legendário como papa teve início quando teria persuadido Átila, rei dos hunos, a deixar a Itália, sem saquear Roma, no início do ano 450 a.C., aproximadamente, quatro séculos depois de Pedro.

O historiador Henry Loyon diz que os sermões e escritos de Leão I forneceram a base teórica para justificar o papado. Primeiramente, Leão I afirmava que a primazia de Pedro se assentava no Novo Testamento. Para ele, as passagens clássicas relativas a esse apóstolo, “no sentido cruamente legalista de uma ‘plenitude de poder’ (plenitudo potestatis) concedida a Pedro”, justificavam uma primazia de poder sobre todos os bispos.

Leão I acreditava, ainda, que Pedro falava pessoalmente por meio de sua pessoa. Crendo-se sucessor do apóstolo, e primeiro bispo de Roma a ser chamado de pontifex maximus, título anteriormente reservado ao sumo sacerdote pagão, Leão I conseguiu até convencer o imperador da Roma ocidental a reconhecer sua primazia.

Durante o funeral de João Paulo II, a imprensa divulgou fartamente o sepultamento na Basílica de São Pedro, onde, supostamente, estão os restos mortais do apóstolo Pedro. No entanto, destaca Küng, o Novo Testamento não diz, em parte alguma, que Pedro esteve em Roma.

Para dar credibilidade histórica à tradição, o papa Pio XII, após a Segunda Guerra Mundial, ordenou a escavação sob a basílica. E, em 1965, com base em alguns fragmentos de ossos encontrados num relicário, o papa Paulo VI declarou serem de Pedro. Conforme o historiador católico Duffy, “não se pode garantir que sejam do apóstolo Pedro, mesmo porque os criminosos executados geralmente eram enterrados em valas comuns sem sinalização”.

Hans Küng confirma o historiador Duffy: “A arqueologia não foi capaz de identificar sua tumba debaixo da atual basílica do Vaticano”. Segundo Küng, Leão I foi o primeiro bispo de Roma, portanto, o primeiro papa a ser enterrado sob a Basílica romana.

Todas essas considerações apreciadas e ponderadas nos revelam, sem grandes esforços, que tais mitos católicos não são unânimes nem mesmo entre os pensadores católicos, fato que, muitas vezes, é camuflado pela mídia secular e tendenciosa.

Lamentavelmente, parece que a imprensa (preocupada com o Ibope) não se precaveu contra a falácia de noticiar “mito” como se fosse “fato”.

Fontes:

1 Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
2 Duffy, Eamon. Santos e pecadores: história dos papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998, p. 6.

2007-01-31 03:15:18 · 9 respostas · perguntado por FRANÇA - mais que vencedor 4 em Religião e Espiritualidade

O homem sábio se orgulha do que sabe, persuade as pessoas com o que sabe, descobriu por meio dos estudos que tem que estudar sempre para continuar sendo sábio ou aquele que aproveita as oportunidades da vida para ser rico?

2007-01-31 03:14:12 · 4 respostas · perguntado por jeocolmeia 3 em Outras - Sociedade e Cultura

2007-01-31 03:13:43 · 14 respostas · perguntado por rafafiloviana 2 em Religião e Espiritualidade

Eles tem um dos maiores arsenais atômicos do mundo, então porque eles querem impedir que outros possam se armar para uma possível defesa, e todos nós olhamos para isso tudo passivamente, sem nem pelos menos balbuciar nossa opinião?

2007-01-31 03:13:15 · 8 respostas · perguntado por Rogerio T 3 em Outras - Sociedade e Cultura

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2007-01-31 03:12:08 · 4 respostas · perguntado por Anonymous em Serviço Social

doutrina da transubstanciação não tem respaldo bíblico. Ao longo de sua história, nem todos os representantes da Igreja Católica concordaram com essa doutrina, entre eles podemos citar os papas Gelásio I e Gelásio II, São Clemente e Agostinho, entre outros.

A tradição da Igreja Católica, além de tropeçar nas metáforas e figuras da Bíblia na questão da eucaristia, que por si mesma já é uma aberração teológica, consegue embutir nela mais algumas heresias, como a ministração de apenas um só dos elementos aos fiéis — a hóstia. Segundo essa doutrina, a hóstia preserva o comungante de pecados, tem poder para ajudar os mortos e, pasmem!, pode ser adorada. Tais heresias não têm o mínimo fundamento bíblico, entretanto, são de vital importância dentro da dogmática do catolicismo romano e, por isso, ainda estão de pé.

É preciso salientar ainda que a confecção da hóstia teve sua origem no paganismo, sendo, portanto, plagiada e inserida no bojo doutrinário da igreja romana.

A hóstia passou a substituir o pão da ceia somente no ano de 1200. É algo impar, especial, fabricada com trigo e sempre redonda. Por ocasião da festa de Corpus Christi1, o “Santíssimo Sacramento” é levado às ruas em procissão dentro de uma patena2 de ouro representando um sol. Podemos constatar nesse ato uma flagrante analogia com as religiões pagãs da antiguidade. Conta-se que a deusa Ceres3 era adorada como a “descobridora do trigo” e, por conta disso, representada com uma espiga de trigo nas mãos. Tal representação correspondia à deusa Mãe e seu filho. O filho de Ceres, que se encarnara no trigo, era o deus Sol. Compare essa afirmação com a doutrina católica que transformara Jesus num pedaço de pão de trigo no formato arredondado do sol cujo ostensório4 também tem um desenho com raios solares.

Por que só a hóstia?

O estudante de história da igreja sabe perfeitamente que nenhuma doutrina católica advinda da chamada “Tradição Oral”5 pode ser substanciada, quer na história dos primeiros séculos da igreja, quer na Bíblia! Nesta última, muito menos.

Os apóstolos seguiram o costume bíblico de ministrar a ceia sob esses dois emblemas: pão e vinho. A igreja pós-apostólica6 também seguiu o mesmo exemplo, como vemos ao analisar as obras patrísticas7 dos primeiros séculos. Os católicos precisam rodear e florear suas explicações para esclarecer o fato de o sacerdote dar apenas um dos emblemas (pão) ao fiel, o que é uma clara desobediência ao mandamento do Mestre. Jesus foi taxativo ao dizer “bebei dele TODOS”. Essa ordem de fato não se pode cumprir na Igreja Católica. Por mais argumentos que inventem, a verdade continua inalterável: Jesus e os apóstolos nunca mudaram o mandamento. Portanto, Jesus instituiu as duas espécies (Mt 26.26,28), e os apóstolos seguiram esta ordenança (1Co 11.23-28). Isto só veio a ser mudado nos concílios de Constança8 e, posteriormente, reafirmado no de Trento9. No entanto, voltamos a reafirmar que a ordem de Cristo foi mais que explícita: “Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6. 53-56; grifo do autor).

2007-01-31 03:03:06 · 19 respostas · perguntado por FRANÇA - mais que vencedor 4 em Religião e Espiritualidade

Um bom governo é aquele que ajuda o próximo, aquele que dá condição o próximo de ajudar aos outros ou aquele que dá condição aos outros de ajudar ao próximo?

2007-01-31 03:00:35 · 5 respostas · perguntado por jeocolmeia 3 em Outras - Sociedade e Cultura

Observe que, semelhantemente, os adventistas da primeira geração acreditavam, por meio das teorias de Guilherme Miller (um leigo pregador batista), que Jesus voltaria em 1843. O principal pilar da teoria de Miller eram os 2.300 dias e, ligado a isto, estava a idéia da purificação terrestre do santuário, ambos contidos no livro do profeta Daniel. Como nada aconteceu na data fixada, remarcaram a data, desta vez para 1844. Novamente, a profecia falhou. A Sra. White fazia parte daquela geração que esperava o retorno de Cristo para aquele tempo, conforme acreditavam os adventistas. Posteriormente, Ellen White declarou que os estudos de Miller foram guiados por Deus, confirmando, assim, a crença na predição do segundo advento com data fixa.

Mas o que o desapontamento adventista tem de comum com o grupo esotérico apontado por Henry? Deixemos que a profetisa White nos ajude a encontrar a resposta.

A primeira pergunta é: Há alguma prova de que Miller havia recebido seu cálculo profético de Deus? Veja o que pensava Ellen G. White acerca disso: “Deus encaminhou a mente de Guilherme Miller para as profecias, e deu-lhe grande luz quanto ao livro do Apocalipse”.1

Mas será que os adventistas acreditavam, de fato, que seriam arrebatados naquela ocasião? Segundo Ellen White, os adventistas que vivenciaram aquela frustração não “desejavam ser instruídos ou corrigidos por aqueles que estavam indicando o ano em que acreditavam expirarem os períodos proféticos, e os sinais que mostravam estar Cristo perto, às portas mesmo2 [...] Os santos esperaram ansiosamente pelo seu Senhor, com jejuns, vigílias, e oração quase constante”.3

Como podemos perceber, a Sra. White não só afirmava em seus escritos que Miller fora instruído por Deus como também dizia que Cristo voltaria num dia prefixado para buscar os que acreditavam naquela profecia, circunstância em que se daria o fim do mundo.

Acompanhe o exemplo mencionado por Henry e veja como os membros da seita amenizaram o problema (correlacione o fato com a IASD): “No Dia do Juízo, os membros da seita reuniram-se à espera da inundação. À hora prevista para o pouso dos discos voadores chegou e passou, a tensão era maior com o passar das horas, quando a líder da seita recebeu a suposta mensagem ‘aliviadora’: o mundo foi poupado como prêmio pela confiança dos fiéis. Houve muita alegria e os crentes tornaram-se mais fiéis”.

Da mesma forma, com os adventistas, o tempo foi passando e as expectativas aumentando cada vez mais. Alguns dizem que os adventistas até mesmo se vestiram de roupas brancas para esperar o grande acontecimento, contudo, isto é hoje negado veementemente pela IASD. Seja como for, os alardes das predições de Guilherme Miller arrastaram multidões de crédulos na crença de que Jesus voltaria na data marcada. Entretanto, a predição falhou mais uma vez. Mas isso não foi o suficiente, pois muitos preferiram permanecer na pertinácia, procurando alternativas para a falha profética.

Atente para os fatos que envolveram esta circunstância. Qual foi o resultado desta grande expectativa? Jesus realmente voltou? Ellen White responde: “Vi que os que estimavam a luz olhavam para o alto com ardente desejo, esperando que Jesus viesse e os levasse para si. Logo uma nuvem passou sobre eles, e seus rostos ficaram tristes. Indaguei a causa dessa nuvem, e foi-me mostrado que era o seu desapontamento. O tempo em que esperavam o seu Salvador havia passado, e Jesus não viera”.4

Qual foi então a desculpa, ou “nova mensagem”, que a Sra. White encontrou para explicar esse fracasso e amenizar a angústia dos desapontados? Ela explicou a questão nos seguintes termos: “Estão de novo desapontados em suas expectações. Jesus não pode ainda vir à terra. Precisam suportar maiores provações por seu amor. Devem abandonar erros e tradições recebidos de homens e voltar-se inteiramente para Deus e sua Palavra. Precisam ser purificados, embranquecidos, provados. Os que resistirem a essa amarga prova obterão eterna vitória. Jesus não veio à terra como o grupo expectante e jubiloso esperava, a fim de purificar o santuário mediante a purificação da terra pelo fogo. Vi que eles estavam certos na sua interpretação dos períodos proféticos; o tempo profético terminou em 1844, e Jesus entrou no lugar santíssimo para purificar o santuário no fim dos dias. O engano deles consistiu em não compreender o que era o santuário e a natureza de sua purificação. Ao olhar de novo o desapontado grupo expectante, pareciam tristes. Examinaram cuidadosamente as evidências de sua fé e reestudaram a interpretação dos períodos proféticos, mas não lograram descobrir erro algum”.

Mas isso não é tudo. A Sra. White continua: “Foi-me mostrado o doloroso desapontamento do povo de Deus por não ter visto a Jesus no tempo em que o esperava. Não sabiam porque seu Salvador não viera; pois não podiam ter evidência alguma de que o tempo profético não houvesse terminado. Disse o anjo: ‘Falhou a Palavra de Deus? Deixou Deus de cumprir suas promessas? Não; Ele cumpriu tudo o que prometera. Jesus levantou-se e fechou a porta do lugar santo do santuário celestial, abriu uma porta para o lugar santíssimo, e entrou ali para purificar o santuário’. Todos os que pacientemente esperarem compreenderão o mistério. O homem errou; mas não houve engano da parte de Deus. Tudo o que Deus prometeu foi cumprido; mas o homem erroneamente acreditou que a terra era o santuário a ser purificado no fim do período profético. Foi a expectativa do homem, não a promessa de Deus, que falhou”.5

Observe que Ellen White confirmou que os crentes, na teoria do advento pregado por Miller, se reuniram para esperar, no dia marcado, o retorno de Cristo, porém, o dia chegou e passou e Cristo não veio, para o desapontamento de todos. Daí, ela alegou que alguns receberam de Deus algumas explicações para o fracasso ocorrido. Entre essas explicações, a que dizia que Deus resolveu, de “última hora”, provar o seu povo, adiando, assim, a oportunidade para que outros aceitassem a mensagem do advento. Aqueles que aceitaram essa explicação tornaram-se ainda mais fiéis.

Novamente, retomando o paralelo com a seita esotérica, Henry comenta: “Com o ridículo fracasso de uma profecia tão exata, era lógico imaginar, como reação, o abandono daquelas crenças e o afastamento dos fiéis da seita. Mas a teoria da dissonância cognitiva explica este comportamento: deixando de acreditar nos ‘guardas do universo’, a pessoa tem de aceitar uma dissonância entre o atual cepticismo e as crenças antigas, e isso é causa de dor”. Trazendo para o contexto adventista, isso quer dizer que se os adventistas deixassem de acreditar na profecia, teriam de aceitar e reconhecer a enorme incoerência que envolveu o episódio, e isso lhes traria uma frustração ainda maior.

Ellen White explica a persistência dos adventistas na derrocada doutrina dos 2300 dias? Ao invés de reconhecerem o erro, passaram a acreditar numa suposta resposta (forjada) para o acontecido, a fim de amenizar a decepção que tiveram. “Aqueles fiéis e desapontados, que não puderam compreender porque seu Senhor não viera, não foram deixados em trevas. De novo foram levados às suas Bíblias, a fim de examinar os períodos proféticos. A mão do Senhor removeu-se dos algarismos, e o erro foi explicado. Viram que o período profético chegava a 1844, e que a mesma prova que haviam apresentado para mostrar que o mesmo terminava em 1843, demonstrava terminar em 1844. Ao passar o tempo, os que não haviam recebido inteiramente a luz do anjo se uniram com os que haviam desprezado a mensagem, e voltaram-se contra os desapontados, ridicularizando-os”.6

Naturalmente, com tamanho erro de predição era de se esperar que aquela idéia da volta de Cristo com data marcada se encerraria por aqueles dias. Mas confirmando a teoria da “dissonância cognitiva”, a dor da decepção foi “superada” por uma nova teoria.

Comentando a desilusão que acometeu alguns adeptos da seita esotérica, Henry diz: “A sua antiga fé seria agora uma humilhante idiotice. Alguns membros da seita chegaram até a perder o trabalho e a gastar todo o seu dinheiro, e, agora, recusando a ideologia dos ‘guardas do universo’, tudo isso teria parecido como uma ridícula bobagem sem sentido. A dor da dissonância teria sido intolerável. Assim foi reduzida de importância acreditando na nova mensagem, e, vendo outros membros aceitá-la sem dúvida nenhuma, a fidelidade saiu até fortalecida. Agora podiam se considerar como heróicos e leais membros de um corajoso grupo que salvou o mundo”.

Da mesma maneira, os adventistas procuraram esconder os erros cometidos atrás de eufemismos sutis. Os adventistas mais radicais não deram “o braço a torcer” reconhecendo seu erro e, ao invés disso, procuraram amenizar o problema, interpretando de outra maneira o cálculo profético das 2.300 tardes e manhãs, espiritualizando-o: o tabernáculo não era mais a terra, mas o céu. Portanto, não havia fim de mundo, ou volta literal de Cristo, que apenas havia passado de um compartimento do santuário celestial para outro. Essa nova interpretação, admitida paulatinamente, desembocou na aberração teológica da doutrina do “Santuário”, do “Juízo Investigativo” e do “Bode Emissário”. E tudo isso debaixo de uma suposta visão que Hiram Edson teve após o “grande desapontamento”. É importante esclarecer que tudo isso não passou de uma desculpa acanhada para tentar remendar o desastre teológico de Miller. Assim, o grupo poderia novamente assegurar-se de que estava no rumo certo. Ou seja, não eram mais considerados fanáticos ou he
réticos, pois tinham recebido uma nova revelação de Deus como resposta para o fiasco anterior.

Os adventistas que perseveraram nessa idéia da nova revelação sofreram algumas privações. “Os que não ousaram privar os outros da luz que Deus lhes dera foram excluídos das igrejas; mas Jesus estava com eles, e estavam alegres ante a luz de seu semblante. Estavam preparados para receber a mensagem do segundo anjo7 [...] De igual maneira, vi que Jesus considerou, com a mais profunda compaixão, os desapontados que haviam aguardado a sua vinda; e enviou os seus anjos para dirigir-lhes a mente, de maneira que pudessem segui-lo até onde Ele estava. Mostrou-lhes que a terra não é o santuário, mas que Ele devia entrar no lugar santíssimo do santuário celestial, a fim de fazer expiação por seu povo e receber o reino de seu Pai e, então, voltaria à terra e os tomaria para ficar com Ele para sempre”.8

160 anos depois

Ainda muito poderia ser comentado sobre o desapontamento adventista, todavia, acreditamos ter sido possível compreender, pelo paralelo entre o movimento do advento e o exemplo que Henry forneceu, as técnicas psicológicas empregadas pelos então pioneiros adventistas, com o objetivo de aliviar a frustração angustiante (dissonância cognitiva) por uma profecia não cumprida. A fim de amenizar a seriedade do fracasso e da incoerência da predição, inventaram uma nova teoria (supostamente revelada por Deus), que tornou menor o desacordo encontrado. Com isso, conseguiram tirar a atenção dos adeptos dos pontos mais críticos do erro profético ocorrido em 1843-4. E hoje, cerca de 160 anos após esse grande desvio ter ocorrido, a IASD continua acreditando que é a única igreja verdadeira na face da terra — os remanescentes. Estes foram os resultados do desapontamento adventista.

• Todas as citações de Henry Gleitman foram extraídas da obra Basic Psychology, Norton (1983), traduzida por A. Maria De Florim M. Martinelli.

Notas:

1 Primeiros escritos de Ellen Gould White. Tradução de Carlos A. Trezza. Casa Publicadora Brasileira. Santo André: São Paulo, 1967, p. 231.
2 Ibid., p. 234.
3 Ibid., p. 239.
4 Ibid., p. 241.
5 Ibid., p.250-1.
6 Ibid., p. 246.
7 Ibid., p. 237.
8 Ibid., p. 244.

2007-01-31 02:56:45 · 10 respostas · perguntado por FRANÇA - mais que vencedor 4 em Religião e Espiritualidade

Uma pessoa digna na sociedade, é aquela que sabe conviver com o bem e o mal sem contaminar com os malefícios do mal, aquela que odeia inteiramente o mal e se apega com o bem ou quela que combate o mal e ganha conceito de digna?Se possível comente;;;;

2007-01-31 02:53:52 · 10 respostas · perguntado por jeocolmeia 3 em Outras - Sociedade e Cultura

http://www.youtube.com/watch?v=uU1hac6qIdE&mode=related&search=

ESSA MENSAGEM SE O BENTO DEIXAR IR PRO AR VAI IMPACTAR SUA VIDA

2007-01-31 02:53:43 · 8 respostas · perguntado por RELIGIÃO MATA E CEGA 2 em Religião e Espiritualidade

O amor verdadeiro caracteriza-se basicamente, pelo o ódio o que é mal, amor pelo o que é do bem ou afinidade pelo o bem e o mal?

2007-01-31 02:48:23 · 5 respostas · perguntado por jeocolmeia 3 em Outras - Sociedade e Cultura

26 Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; "
coloquei o versiculo só para ilustrar. vc acredita q quando uma pessoa casada comete o adulterio ele escolheu a maldição? aquela nota fiscal que vc deixou de emitir só para ficar livre dos impostos? aquele parente longinquo qu vc colocou como seu dependente no imposto de renda só p pagar menos? aquela mentira q vc contou para se dar bem? aquele dinheiro q não era seu e vc pegou? enfim, muitas outras coisas erradas que as pessoas podiam escolher NÃO fazer. (o termo "vc" aqui está em modo geral, quer dizer alguém, qualquer pessoa). e para toda escolha há uma consequencia. apenas comente, quero saber opiniões.

2007-01-31 02:47:33 · 7 respostas · perguntado por nenhum 2 em Religião e Espiritualidade

2007-01-31 02:46:54 · 12 respostas · perguntado por FRANÇA - mais que vencedor 4 em Religião e Espiritualidade

Como vc o sente à sua volta e/ou quem é?

2007-01-31 02:29:46 · 43 respostas · perguntado por Anonymous em Religião e Espiritualidade

Que sao bons de coracao,
Que tem otimo caracter e conduta,
Que sao educados,
Humildes,
Fraternos,
Humanitarios....
E os "religiosos" que sao ladroes, estupradores, assassinos???

Como vc me explica esse amor que vem de muitos que nao sao afiliados a nenhuma Igreja ou religiao???
E essas condutas erradas dos que acreditam em Deus, frequentam uma Igreja e etc...

Como vc me explica isso?
Por favor, repsostas inteligentes e objetivas... obrigada!

2007-01-31 02:16:40 · 17 respostas · perguntado por Guiga 2 em Religião e Espiritualidade

Vivemos num mundo evoluido em tudo mesmo assim ainda existem actos de racismo não consigo entender se nós somos todos a mesma *****...

Ainda bem que nem todos são assim...
Namoro com um tuga e os pais deles são 100%
O contário da minha prima que os país são racistas mas já vivem juntos á mto tempoIISO É K É AMOR

2007-01-31 02:12:26 · 3 respostas · perguntado por Anonymous em Outras - Sociedade e Cultura

Se nossos olhos são o espelho da alma, que coisas eles mostram para nossos semelhantes ?
Quais olhos você não consegue esquecer? O olhar que mais marca sua lembrança?

2007-01-31 02:10:39 · 7 respostas · perguntado por Babi G. 2 em Outras - Sociedade e Cultura

PEQUENAS IGREJAS, GRANDES NEGÓCIOS?

2007-01-31 02:06:17 · 5 respostas · perguntado por doug 4 em Outras - Sociedade e Cultura

Quem foi Jesus?



vale a pena ler....


Quem foi Jesus ?
Aos 33 anos Jesus foi condenado a morte...
A pior morte da época.
Somente os piores criminosos da época morreram como Jesus morreu.
E com Jesus ainda foi pior porque nem todos os criminosos naquela punição receberam cravos nos membros... Sim, foram cravos e não pregos...Cada um deveria ter cerca de 15 a 20 cm, com uma ponta com seis cm e a outra ponta pontiaguda.
Eles eram enfiados nos pulsos e não nas mãos como é dito.
No pulso, há um tendão que vai até o nosso ombro. Quando os cravos foram enfiados esse tendão se rompeu sendo que Jesus era obrigado a forçar todos os músculos de suas costas para não ter os seus pulsos rasgados. Sendo assim, não podia forçar tanto tempo porque perdia todo o ar de seus pulmões. Desta forma, era obrigado a se apoiar no cravo enfiado em seus pés, que por sua vez era maior que os das mãos porque eram pregados os dois pés juntos, já que seus pés não agüentariam por muito tempo, senão rasgari am também.
Jesus era obrigado a alternar esse "ciclo" simplesmente para conseguir respirar. E Jesus agüentou esta situação por um pouco mais de 3 horas. Sim, mais de 3 horas... Muita coisa não???
Alguns minutos antes de morrer Jesus não sangrava mais. Simplesmente saía água de seus cortes e machucados. Quando imaginamos machucados, imaginamos simples feridas, mas não, os dele eram verdadeiros buracos feitos em seu corpo... Ele não tinha mais sangue para sangrar. Portanto, saía água(linfa) ... Um corpo humano (adulto) é composto de aproximadamente 5 litros de sangue. E Jesus derramou 5 litros de sangue, teve três cravos enormes enfiados nos membros, uma coroa de espinhos enfiados na cabeça e também teve um soldado romano que lhe enfiou uma lança em seu tórax, sem falar de toda a humilhação em que passou, após ter carregado a sua própria cruz por cerca de dois quilômetros, com pessoas cuspindo em seu rosto e atirando pedras em seu corpo.
A cruz? esta pesava cerca de 30 quilos... só a parte em que lhe foram pregadas as mãos. Isso tudo foi feito para que você e eu tivéssemos um livre acesso a Deus... Para que você e eu tivéssemos todos o nossos pecados "lavados"... Todos eles, sem exceção!!! Não ignore essa situação: ELE MORREU POR VOCÊ !!! POR MIM!!! que estamos lendo este e-mail.
Às vezes é fácil pra nós repassarmos, por e-mail, uma piada, fotos com besteiras, pornografia... Mas quando trata-se de alguma coisa relacionada a Deus ficamos com vergonha de passar porque achamos que eles podem pensar que somos "quadrados", caretas, fanáticos... ou ???
Aceite a realidade. A verdade de que:
"JESUS É A ÚNI CA SALVAÇÃO PARA O MUNDO".

Se esta mensagem lhe incomodou ou lhe tocou de alguma forma e você acredita que Deus tem planos pra você, então mostre a todos que você acredita em tudo isso e mande para todos que conheça, mostrando tudo o que Ele passou unicamente para nos dar a Salvação. Pense nisso agora!!!
E que Deus abençoe nossas vidas!!!
"Nem sempre Deus chega nos momentos em que a gente quer, mas Ele nunca chega atrasado!"

2007-01-31 02:05:38 · 8 respostas · perguntado por Anonymous em Religião e Espiritualidade

eu nao rou racista, mas por que isso não pode ser considerado pelo branco como racismo? Já percebi que quem gosta de separar são os negros, os mais racistas são eles. E a maioria fala que tem orgulho em ser negro, mas sempre que pode, alisa o cabelo.

2007-01-31 02:03:45 · 10 respostas · perguntado por Jonny Cage 4 em Outras - Grupos e Culturas

Conte para mim,todo mundo tem um segredo .

2007-01-31 02:01:32 · 8 respostas · perguntado por cinturinha 59 2 em Outras - Sociedade e Cultura

Jesus Cristo é o filho unigenito de Deus, veio como homem, morreu em uma cruz, ressurgiu ao terceiro dia, está vivo e vai buscar a sua igreja, pessoas de todas as partes do mundo, que o aceitaram como seu unico Salvador.
João 3
"16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que ose o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.
21 Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus. "

2007-01-31 01:56:43 · 13 respostas · perguntado por nenhum 2 em Religião e Espiritualidade

NÃO ENCONTREI NENHUMA PARTE QUE FALA EM RELIGIÃO NO NOVO TESTAMENTO, APARENTEMENTE CRISTO NUNCA A PRONÚNCIOU.
SOMENTE FALA-SE DE FORMA GENERICA, EXCESSÃO A PASSAGEM QUE DIZ QUE CRIOU A IGREJA CATÓLICA COM PEDRO SENDO O PRIMEIRO PAPA, MAS EU NÃO CONCORDO.

2007-01-31 01:53:27 · 19 respostas · perguntado por ĹŲŽ ĐΛ ЦΜБΛПĐΛ 7 em Religião e Espiritualidade

Bem eu tenho algumas coisas que estou tentando mudar em mim, que considero defeitos em minha pessoa:
- Jeito agressivo/ grosso de falar com as pessoas
- Julgar as pessoas

2007-01-31 01:46:46 · 15 respostas · perguntado por Anonymous em Outras - Sociedade e Cultura

Sera que eles perderam a lingua nata em detrimento na nóva lingua para confusão. e se assim o foi como se deu essa "transfusão linguistica" em diferentes idiomas ?

2007-01-31 01:43:43 · 3 respostas · perguntado por Anonymous em Religião e Espiritualidade

Engraçado, adão porventura ja nasceu de imediato sabendo toda a gramatica e toda a fonatica e conhecendo tudo que o rodiava a ponto de saber decidir se comia a maça ? Como que se deus este acontecimento em um dia, alguns minutos ou em meses. E como que adão o saberia de imediato que naquele exato momento era o dia setimo ?

2007-01-31 01:39:21 · 9 respostas · perguntado por Anonymous em Religião e Espiritualidade

O Egito é a principal nação Ismaelita, como ela participa ativamente no Plano de Salvação, desde o surgimento dos ascendentes de Israel?

2007-01-31 01:33:35 · 3 respostas · perguntado por wanderleyfreitas 5 em Religião e Espiritualidade

O Egito é a principal nação Ismaelita, como ela participa ativamente no Plano de Salvação, desde o surgimento dos ascendentes de Israel?

2007-01-31 01:31:10 · 5 respostas · perguntado por wanderleyfreitas 5 em Religião e Espiritualidade

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