Jesus era um jovem de pouca instrução formal. Ele tinha
nascido e crescido no simples e pobre lar de um carpinteiro. Este jovem emergiu desconhecido, chamando a si mesmo o Senhor do sábado, muito embora ele mesmo violasse o sábado, que o povo judeu observava rigorosamente (Mt 12.1-8). Por isto Jesus passou a ser conhecido como alguém que queria abolir a lei, que era o símbolo da salvação para os judeus (Mt 5.17). Daí Jesus foi perseguido pelos líderes judeus e compelido a reunir pescadores para serem seus discípulos. Tornou-se amigo de
publicanos, meretrizes e pecadores, comendo e bebendo com eles (Mt 11.19). Mais ainda, Jesus declarou que os publicanos e as meretrizes entrariam no Reino do Céu antes dos líderes judeus (Mt 21.31).
Em certa ocasião, uma mulher, chorando, começou a regar os pés de Jesus com suas lágrimas e a enxugá-los com seus próprios cabelos, a beijar seus pés e ungi-los com ungüento precioso (Lc 7.37-38). Tal conduta não seria aceitável nem mesmo na sociedade de hoje; quanto mais difícil não seria aceitá-la na rigorosa ética da sociedade judaica, na qual uma mulher adúltera podia ser apedrejada até a morte? Apesar disto, Jesus não somente aceitou-a, mas até repreendeu os discípulos, que desaprovavam a atitude da mulher e chegou mesmo a elogiá-la (Lc 7.44-50, Mt 26.7-13).
Por outro lado, Jesus colocou-se no mesmo nível de Deus (Jo 14.9) e
disse que ninguém podia entrar no Reino do Céu a não ser por ele (Jo 14.6). Ele disse que as pessoas deviam amá-lo mais do que a seus pais, irmãos, esposo ou esposa e filhos (Mt 10.37, Lc 14.26). Devido a atitude que as palavras e ações de Jesus pareciam transmitir, os líderes judeus zombavam dele e o acusavam de ser Belzebu, o príncipe dos diabos (Mt 12.24). De
tudo isto podemos concluir que Jesus não era considerado pelos judeus daquele tempo.
2007-03-03
03:29:00
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Anonymous
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Religião e Espiritualidade