"Quando os ateus criticam os cristãos afirmando que acreditamos naquilo o que, segundo eles, “não foi demonstrado”, lançam mão da argumentação de que cremos e acreditamos fundamentados na autoridade da Bíblia e não fundamentados em lógica, ciência, conhecimentos e sabedoria. Porém, ironicamente, ao adentrarem neste ponto (o da solicitação de fundamentos reais e evidentes), freqüentemente deixam de atentar para o fato de que estão pisando em um dos mais escorregadios terrenos (para eles) das premissas Humanistas. Ao perguntarmos para um ateu como ele pode afirmar que a sabedoria e o conhecimento são limitados à observação, ele buscará, qual um veloz escaneador, em sua mente, toda a coleção de assertivas e considerações ateístas que puder encontrar em sua memória. Dará-se conta, então, de que suas afirmações são, invariavelmente, o resultado do que alguém escreveu em algum livro, do que alguém disse em algum lugar ou o resultado final de algum estudo ou curso do qual participou, os quais afirmavam (ou um ou outro) que ele só deveria confiar naquilo o que pudesse ser racionalmente absorvido pelos sentidos. A completa contradição aqui salta como o estrondo de um grande impacto, pois ao criticar os cristãos por crerem naquilo o que, segundo eles, não é verificável, ele é que, na realidade, então, se vê acreditando naquilo o que provém da autoridade de algum escritor ou professor, não proveniente de nenhuma experimentação ou verificação. Em outras palavras, as premissas do Ateísmo são TODAS não verificáveis. Sendo assim, o que para os ateus seria a “prova de fogo” nas questões da confiabilidade e da segurança para a absorção de uma informação ou de um fato, isto mesmo se lhes torna em explícita contradição, pois se baseiam no que lhes foi dito por alguém, e esse beco, simplesmente, não tem saída.
2007-02-07
22:00:09
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FRANÇA - mais que vencedor
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Religião e Espiritualidade