Chegou o dia em que o fósforo disse à vela:
Eu tenho a tarefa de acender-te. Assustada a vela respondeu:
Não , isto não! Se eu estou acesa, então os meus dias estão contados. Ninguém vai mais admirar a minha beleza. O fósforo perguntou: -Tu preferes passar a vida inteira inerte e sozinha, sem ter experimentado a vida? - Mas queimar dói e consome as minhas forças -sussurou a vela insegura e apavorada. -É verdade - respondeu o fósforo - Mas é este o segredo da nossa vocação. Nós somos chamados para ser luz! O que eu posso fazer é pouco. Se não te acender, eu perco o sentido da minha vida. Eu existo para acender o fogo. Tu és uma vela: tu existes para iluminar os outros, para aquecer. Tudo que tu ofereces por meio da dor, do sofrimento e do teu empenho será transformado em luz. Tu não te acabarás consumindo-te pelos outros. Outros passarão o teu fogo adiante. Só quando tu te recusares, então morrerás! A vela afinou o seu pavio e disse cheia de expectativa: - Eu te peço, acende-me.
2007-01-20
14:15:18
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perguntado por
Anonymous
em
Religião e Espiritualidade