Adoradores do “deus-mercado”
Em abril passado, a revista empresarial Exame publicou uma reportagem bajuladora intitulada Quem faz a cabeça de Alckmin. Como ela mesma admitia, “embora ainda não tenha avançado além das propostas genéricas para os grandes temas nacionais, o perfil e as idéias dos homens mais próximos a ele fornecem boas linhas do que será o modelo Alckmin”. Entre outros mentores do presidenciável, ela citava “estrelas como Pedro Malan e Armínio Fraga, os dois pilares econômicos do governo FHC, até José Pastore, nome mais ligado ao PFL e especialista em relações trabalhistas”. Também incluía o ex-secretário da Fazenda de São Paulo, Yoshiaki Nakano, e o ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros.
Mesmo desconhecendo o programa de governo alckimista, a publicação não vacilou em traçar suas linhas básicas. “Se o candidato do PSDB tem um plano de país definido, por algum motivo não deixou até agora que se tornasse público. Mas em suas prioridades para gerar um ambiente favorável ao crescimento econômico, incluem-se a queda do taxa de juro e um substancial corte dos gastos públicos. Sobre a política externa, o candidato tucano tem ouvido defensores de uma guinada radical em relação à que vem sendo adotada pelo governo petista. A prioridade é para temas como o estabelecimento de acordos bilaterais e a retomada de negociações para a formação da Alca”. Nesta área, ele teria como seu principal ideólogo o ex-embaixador brasileiro em Washington, Rubens Barbosa, um partidário xiita do alinhamento automático com os EUA.
2006-10-21
07:35:49
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Anonymous
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Governo