Alckmin atuou contra trabalhador na Constituinte
Quando foi deputado Constituinte, o candidato tucano Geraldo Alckmin (PSDB) votou sistematicamente contra os interesses soberanos do país e contra os interesses dos trabalhadores. É o que mostra o livro “Quem foi Quem na Constituinte”, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - DIAP.
Ele se posicionou contrário à nacionalização do subsolo brasileiro e também votou contra a licença-paternidade de cinco dias, contra a jornada de trabalho de 40 horas e contra a proteção aos trabalhadores com mais de 45 anos nas empresas.
"É esse o que agora se diz defensor dos interesses nacionais e do povo brasileiro?", questionou ontem o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) no plenário da Câmara.
"Na Constituinte houve uma votação histórica, na qual se propunha a nacionalização do subsolo brasileiro. É por demais óbvio entender a importância estratégica para o país da nacionalização para que houvesse a garantia constitucional de que a pesquisa e a lavra de recursos e jazidas minerais, bem como a exploração dos potenciais de energia hidráulica, são patrimônios da União e só serão explorados por empresa nacional. O atual candidato Alckmin e o seu vice, José Jorge, votaram contra, votaram contra os interesses nacionais. Entreguistas! Está aqui no Diário da Constituinte", afirmou o líder do governo.
Ele lembrou que o candidato Alckmin nega sua história porque diz que não está no programa dele "privatizar nada", "como nunca esteve no programa do PSDB privatizar as estatais paulistas". "Mas foi o ainda vice-governador Geraldo Alckmin que coordenou o programa de desestatização do Estado de São Paulo. Privatizaram a Eletropaulo, privatizaram a CPFL, e só não privatizaram a CESP porque a endividaram tanto e não conseguiram, e agora acabaram de privatizar a CETEEP", rebateu Chinaglia.
Arlindo Chinaglia destacou ainda a tentativa da aprovação na Constituição brasileira da proteção aos trabalhadores com mais de 45 anos nas empresas. "Cinco por cento das vagas das empresas seriam destinadas a trabalhadores de 45 anos ou mais. Fomos derrotados, com o voto do Alckmin, entre outros. Lula e Olívio Dutra votaram a favor", afirmou.
Jornada de trabalho
“O 1º de maio surgiu de uma luta de 8 horas de trabalho, 8 horas de lazer e 8 horas de descanso, e operários foram fuzilados. Alckmin votou contra a jornada de 40 horas semanais. Eles derrotaram essa proposta na Constituinte. Seguiu-se com a jornada de trabalho de 42 horas semanais. Já que os trabalhadores perderam naquela votação de 40, houve uma segunda tentativa. Fomos derrotados. Quem votou contra? Geraldo Alckmin e José Jorge", reforçou o deputado petista.
"Por isso, é bom que o povo brasileiro fique esclarecido exatamente sobre aqueles que vestem pele de cordeiro para esconder suas unhas", alertou.
2006-10-11
21:43:46
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