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2007-06-19 06:36:17 · 1 respostas · perguntado por ? 5 em Carros e Transportes Ferrovias

1 respostas

A Estrada de Ferro Madeira Mamoré, localizada no interior da Floresta Amazônica, é uma das menos conhecidas e mais faladas ferrovias nacionais e quem sabe do mundo, pois ainda hoje são grandes a mística, as lendas e as histórias que cercam sua idealização, construção e operação nos confins do Brasil, por um punhado de homens corajosos e decididos, que levaram o progresso a uma região até então virtualmente inexplorada e selvagem, pagando para isso um preço altíssimo em termos de vidas humanas perdidas, reputações criadas e destruídas, perdas materiais e muitos atos de de heroísmo e lições de dedicação, etc...

Delírios ufanistas, razões de ordens estratégicas e econômicas, sonhos da descoberta de um "Eldorado" na região, muitas foram as motivações que levaram milhares de pessoas a entregarem suas vidas e sua saúde nesse empreendimento, bem como foram muitas as empresas Brasileiras, Americanas e Inglesas que, visualizando um futuro de enormes riquezas na região, acabaram afundando-se em dívidas e falindo fragorosamente, apesar das imensas somas de recursos nacionais e estrangeiros, particulares (privados) e governamentais injetados na costrução dessa estrada de ferro, tudo isso contribuindo para cunhar para a estrada expressões do tipo "Ferrovia Amaldiçoada", "A estrada dos trilhos de ouro", "A estrada onde morreu uma pessoa para cada dormente colocado" e a que define realmente o que foi a construção da ferrovia, no nosso entender, quando a ela refere-se o jornalista Manoel Rodrigues Ferreira como "A Ferrovia do Diabo".

Ironicamente, a ferrovia Madeira- Mamoré entre em funcionamento no ano em que tem início a derrocada da produção de borracha nacional no mercado mundial. Mais tarde, a opção de Juscelino Kubitschek pelo investimento em rodovias como via de integração nacional se concretiza na região nortista com a inauguração da estrada ligando Cuiabá a Porto- Velho, em 1960. Teve início, então, a fase de sucateamento e abandono da ferrovia. Em 1972, ela foi totalmente desativada e seus arquivos incinerados.

A história da ferrovia se mistura á da ocupação e trabalho humano na região norte do país e tem sido tema de inúmeros estudos, reportagens especiais, ensaios e romances, entre os quais destacam-se as pesquisas de Francisco Foot Hartmann – Trem Fantasma – a modernidade na selva e Os negativos da História: a ferrovia fantasma e o fotógrafo cronista; o romance Mad Maria, de Márcio de Souza; o ensaio fotográfico de Marcos Santili Madeira- Mamoré.




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2007-06-19 08:06:50 · answer #1 · answered by 7 · 1 0

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