VINHOS DOCES NATURAIS
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São vinhos especiais, também chamados vinhos de sobremesa, que preservam parte do açúcar natural das uvas em sua elaboração, tornando-se doces.
É importante não confundir estes preciosos vinhos com vinhos suaves, os quais, apesar de também doces, são vinhos comuns que recebem açúcar externo após sua elaboração.
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ELABORAÇÃO
1 - Obtenção de uvas com alta concentração de açúcar
Para elaborar vinhos doces naturais é preciso se dispor de uvas especiais, nas quais se conseguiu uma concentração de açúcar muito mais alta que a normalmente obtida ao final da maturação.
A quase totalidade dos vinhos doces é produzida com uvas brancas, geralmente do tipo aromático: Gewurztraminer, Moscatel, Muscadelle, Malvasia. Outras uvas utilizadas são a Sémillon (Bordeaux), Furmint na Hungria, Riesling na Alemanha, Chardonnay no Novo Mundo
Os métodos abaixo são típicos para produzir essas uvas, alguns sendo tradição em países e regiões, principalmente na Europa:
Colheita Tardia (Late Harvest)
As uvas não são colhidas no momento pleno da maturação, como de costume em todos os vinhos. São deixadas na parreira várias semanas após a data ideal de colheita, o que ocasiona uma desidratação e o conseqüente aumento da concentração de açúcar. Este processo é originário da Alemanha onde se produzem os vinhos Spätlese e Auslese, sendo hoje utilizado em vários países da Europa e Novo Mundo.
A maioria dos vinhos doces naturais são produzidas dessa forma, destacando-se Na França os Muscat, (da uva Moscato) como o Muscat de Beaumes de Venise, Muscat de Frontignan, Muscat de Rivesaltes. Na Itália temos os Moscato d'Asti. Outros italianos são os Vin Santo da Toscana e os Malvasia (da uva de mesmo nome) da Sicilia.
Ainda nu sul da França encontramos o Banyuls, um vinho doce tinto, produzido de uvas Grenache, tido pelos franceses como o único adequado para acompanhar sobremesas à base de chocolate.
Passificação
As uvas são colhidas normalmente ao término da maturação. Em seguida os cachos são deixados para secar em esteiras em galpões cobertos e arejados. Isto causa uma desidratação progressiva, num processo similar ao da produção de passas. Como resultado, a perda de água causa uma concentração do açúcar nas uvas. Este processo é utilizado na Itália, dando origem a vinhos doces chamados Passitos na Sicília e Emiglia-Romana e aos Recioto no Veneto.
Ação do fungo Botrytis Cinerea
Em algumas regiões da Europa, principalmente França, Itália e Hungria, as uvas, ao final da maturação, são atacadas por um fungo, Botrytis Cinerea, que faz perfurações finíssimas nas cascas das uvas, causando a desidratação e conseqüente aumento da concentração de açucar. Este fungo se apresenta na forma de um pó acinzentado sobre as uvas, daí o nome Cinerea (cinza, em latim). Não é possível estimular nem evitar o ataque desse fungo, sendo portanto um presente da natureza a alguns vinicultores. Os vinhos produzidos com essas uvas são também chamados de botritizados e se classificam entre os mais raros e deliciosos vinhos produzidos no mundo, podendo sobreviver por mais de 100 anos.
Neste grupo destacam-se os vinhos da denominação Sauternes, em Bordeaux, os Tokaj, na Hungria, os Trockenbeerenauslese (TBA), na Alemanha.
Congelamento
Nas regiões mais frias da Alemanha, por vezes a colheita tardia encontra os frios de outono, ocorrendo o congelamento das uvas durante a noite. Essas uvas são então colhidas congeladas e imediatamente esmagadas, de forma delicada, separando parte da água da uva, que fica retida nos cristais de gelo, resultando num mosto de alta concentração de açúcar. Os vinhos assim produzidos são denominados Eiswein, ou "vinho do gelo".
Obtidas as uvas necessárias, com grande concentração de açúcar, procede-se ao seu esmagamento. O mosto obtido dessa uvas é muito espesso, semelhante ao mel. O volume obtido é muito menor, devido à redução da água, resultando numa produção de pequeno volume. Normalmente as uvas uma parreira colhida na época normal produzem um litro de mosto. No caso das uvas concentradas essa produção cai para apenas um copo !
Levando-se em conta a baixa produção, o trabalho adicional de cuidar das uvas para a concentração do açúcar e os detalhes da elaboração, compreende-se porque normalmente os vinhos doces naturais são mais caros e mais raros no mercado.
2 - Fermentação parcial
O detalhe de elaboração que caracteriza os vinhos doces naturais é a interrupção da fermentação no meio do processo. Como as uvas possuem muito mais açúcar que o normal, se a fermentação continuasse até consumir todo o açúcar obter-se-ia um vinho de alto teor alcoólico (como os Amarone, no Veneto). Ao interrompermos a fermentação antes do término do açúcar disponível, temos então um vinho com teor alcoólico normal (12º) e a parte restante do açúcar natural fica preservada inalterada no vinho, tornando-o doce.
Os demais passos de elaboração destes vinhos são similares, até seu engarrafamento. Cabe ressaltar que, nos vinhos botritizados, a presença do fungo Botrytis inibe a ação das leveduras, podendo a fermentação levar até um ano para se completar. Isso explica a grande complexidade e beleza desses vinhos e os altos preços que podem alcançar os produtores mais renomados.
3 - Tempo de Guarda
Por ter grande presença de açúcar, os vinhos doces resistem bastante ao tempo, continuando sua evolução por décadas e às vezes mais de um século. Os vinhos doces geralmente apresentam a cor dourada, variando de tonalidades claras e esverdeadas até o âmbar. Os tokay mais envelhecidos apresentam tonalidade âmbar-laranja.
4 - Harmonização
Os vinhos doces são também chamados vinhos de sobremesa, devido à sua vocação para acompanhar pratos doces em geral. Para uma combinação mais fina, a variação do grau de acidez e o estilo mais aromático, austero ou complexo podem apontar para harmonizações especialmente ajustadas e criativas, constituindo uma arte especial o seu conhecimento e aplicação.
Combinações inusitadas podem surpreender, contrapondo-se a doçura do vinhos com pratos picantes ou exóticos. Uma harmonização clássica da gastronomia francesa é combinar os vinhos botritizados de Sauternes com foie gras.
2007-03-18 14:33:34
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answer #1
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answered by Anonymous
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Porque não tomar então o suco de uvas?
As substâncias eficazes estão nas uvas e não no álcool!
2007-03-18 18:28:36
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answer #2
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answered by Eliphas C. Castro 5
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pegue o vinho derrame no liquidificador e depois uma lata de leite condensado.
fica uma delicia.
2007-03-18 18:09:21
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answer #3
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answered by rafael 2
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Eu pensava o mesmo ate conhecer um vinho do sul,
esperimente o RUBBO TINTO SUAVE,você vai gostar.
2007-03-18 18:18:26
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answer #4
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answered by bibi 1
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Experimente um Lambrusco, é doce, suave, não trava, o teor alcoólico é baixo, e o preço accessível e facilmente encontrado. Deve ser tomado frio.
Não caia na bobagem de tomar aqueles vinhos de fundo de quintal do tipo sangue de boi e similares que vem nos garrafoes de 5 litros. Aquilo é horrível e dá uma dor de cabeça infernal.
2007-03-18 17:11:43
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answer #5
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answered by Gravitolino Nonato 6
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Vinhos tintos são mais fortes que os brancos ou rosados. Você deveria começar com os brancos suaves, Ou, tente uma "sangria"= vinho, água,açúcar. Os "de garrafão" como foi sugerido, são fortes, ácidos e dão dor-de-cabeça. Nem tente para mão se arrepender.
2007-03-18 17:06:35
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answer #6
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answered by Erica 5
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Vinho do Porto.
É tão doce que deve ser tomado como licor - embora possa ser combinado com a refeição, especialmente sobremesa - mas é de ótima qualidade. O Adriano Ramos P.into (não acredito que até o sobrenome é censurado, que bobagem) é muito bom.
Os vinhos de mesa têm muitas variedade adocicadas (como o Isabel e Bordô, por exemplo), mas realmente a qualidade é inferior.
Se você quiser um vinho adocicado e de qualidade melhor, procure um vinhos fino de mesa suave, por exemplo o Merlot que é bastante frutado.
P.S: "Vinho de cor vermelha" é vinho tinto.
P.S.2: Vinho por menos de R$ 20,00 (salvo um chileno em promoção, que até dá pra encarar - e 20,00 já é bem barato) é garantia de excesso de açúcar, sabor sem graça e dor de cabeça do dia seguinte. Com sabor, então, é o máximo da heresia. Se for pra fazer isso, compra suco de uva integral que é bem docinho, uma delícia, não tem álcool nem açúcar e é saudável.
P.S.3: O texto sobre vinhos doces naturais é ótimo, mas são vinhos brancos, não tintos.
2007-03-19 16:40:19
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answer #7
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answered by renata1978 5
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O melhor vinho é o tinto, posso dar exemplos de marcas populares como Góes, Dom Bosco, Champinha(vinho com pêssego), Sangue de Boi e todos não passam de 10 reais. Prove e aprove. I love vinho!!!
2007-03-19 15:43:52
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answer #8
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answered by Barbie 2
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Keep Cooller.
2007-03-19 05:54:26
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answer #9
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answered by JIMMY NEUTRON " O Avaliador 6
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tambem detesto vinho puro. Mas se você pegar um tinto misturar com agua gelada e açucar a gosto fica muito bom!
2007-03-18 19:56:30
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answer #10
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answered by _medusa_ 5
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