C o m i d a s T í p i c a s
Caldeirada - Semelhante à peixada no tempero e no cozimento, mas feita com diversos tipos de peixes, além de verduras. Leve e nutritiva, é servida com ovos cozidos e pirão de farinha-d'água ou de farinha seca, feito com o próprio caldo da caldeirada. Pimenta-de-cheiro a gosto.
Caruru Paraense - É feito com camarões secos descascados, refogados com cebola, alho, cebolinha, pimentão, pimenta-do-reino e azeite de dendê. Após o refogado cozinha-se em água, engrossando com farinha seca coada e bastante quiabo cortado em rodelas. Pode ser guarnecido com folhas de jambu cozidas e camarões secos.
Caranguejo Toc Toc - É o caranguejo cozido inteiro em água, sal, limão e alho. Os caranguejos são quebrados com a ajuda de pauzinhos, para retirar as carnes. Os talheres são substituídos pelos próprios dedos. Molho de pimenta-de-cheiro a gosto.
Casquinho de Caranguejo - Depois de cozido o caranguejo na água e sal, retira-se a carne que é refogada com azeite, cheiro-verde, cebola, tomate, limão e pimenta-de-cheiro. Serve-se no próprio casco do caranguejo coberto com farofa de farinha-d'água.
Farinha D'Água - É uma das muitas variedades de farinhas feitas com a mandioca e também a mais apreciada. Acompanha todos os pratos paraenses e, até mesmo, os que não são típicos do Pará. A melhor vem das colônias e deve estar bem torradinha. É encontrada nas feiras livres. Outros tipos de farinha feitas a partir da mandioca: tapioca, suruí, seca, etc.
Jambu - Planta rasteira, companheira inseparável do tucupi na preparação dos pratos paraenses, sobretudo do tacacá e do pato. Suas folhas, quando mastigadas, produzem leve tremor nos lábios e, talvez por isso, muitos o apontem como afrodisíaco. Antes de ser acrescentado nos diversos pratos em que é usado, deve ser ligeiramente aferventado em água com pouco sal.
Maniçoba - Sua preparação demora cerca de uma semana, pois a folha da maniva (a planta da mandioca), depois de moída, deve ser cozida durante pelo menos quatro dias, após o que acrescenta-se charque, toucinho, bucho, mocotó, orelha, pé e costeleta salgadas de porco, chouriço, lingüiça e paio, praticamente os mesmos ingredientes de uma feijoada completa.
Acompanhamento: arroz branco, farinha-d'água e pimenta-de-cheiro a gosto.
Pato no Tucupi - Depois de assado o pato é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de molho durante algum tempo para que o gosto seja apurado. Como tempero leva alho, chicória e alfavaca. O jambu, já aferventado em água e pouco sal, depois de escorrido é colocado sobre o pato, coberto pelo tucupi.
Acompanhamento: arroz branco, farinha-d'água e pimenta-de-cheiro a gosto.
Peixada - É feita com peixe de uma só qualidade, preferencialmente filhote, pescada amarela ou tucunaré. As postas do peixe são temperadas com um molho de limão, sal e alho. À parte, prepara-se um caldo com a cabeça do peixe, cheiro-verde, cebola, sal, alho socado e batatas cortadas em metades. Quando estas começam a amolecer colocam-se as postas que ficarão cozidas quando as batatas amolecerem completamente.
Acompanhamento: ovos cozidos, pirão de farinha-d'água ou farinha seca, feito com o próprio caldo da peixada. Pimenta-de-cheiro a gosto.
Pimenta de Cheiro - Dentre a enorme variedade de plantas regionais a pimenta-de-cheiro se destaca pelo perfume marcante e agradável e por sua cor amarela e brilhante. Tem formato de uma bolinha e é autêntica marca registrada da cozinha paraense.
Pirarucu - É o maior peixe de escamas do Brasil, chegando a alcançar até 2,5m de comprimento e peso de até 80 kg. A pesca é feita nos rios da Amazônia com anzol ou arpão. Tem coloração avermelhada, daí a origem do seu nome em tupi "pirarúku", que significa 'peixe vermelho'. Sua carne é saborosa, podendo ser usada ressecada, como o bacalhau, ou fresca. Com ela são feitos diversos pratos muito apreciados. Sua língua é utilizada para ralar o guaraná e as escamas para lixar unhas.
Pirarucu Grelhado - As postas ressecadas do pirarucu, após ficarem de molho durante algum tempo para a retirada do sal, são grelhados até ficarem douradas. Serve-se com farinha- d' água molhada, molho do tipo usado para churrasco ou salada de feijão manteiguinha de Santarém. As postas também podem ser cobertas com rodelas de cebola, regadas com azeite.
Pirarucu no Leite de Côco - As posta ressecadas do pirarucu, após ficarem de molho durante algum tempo para a retirada do sal, são cozinhadas em leite de coco (usa- se também o leite de Castanha-do-Pará).
Acompanhamento:arroz branco e farinha-d'água.
Tacacá -O tacacá não é considerado uma refeição. É uma espécie de bebida ou sopa, servida em cuias e vendida pelas "tacacazeiras", geralmente ao entardecer, na esquina das principais ruas das cidades paraenses, sobretudo Belém. Na hora de servir são misturados, na cuia, tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco. Pimenta-de-cheiro a gosto.
Tamuatá no Tucupi - O tamuatá, também chamado "cascudo" por causa de sua couraça, é um peixe típico dos rios da Amazônia, de cor amarelada. Depois de bem lavado, e temperado com sal e limão, é cozinhado no tucupi junto com algumas folhas de chicória e alfavaca. Sobre o tamuatá no tucupi coloca-se o imprescindível jambu.
Acompanhamento: arroz branco e farinha-d'água. Pimenta-de-cheiro a gosto.
Tucupi - O tucupi é um líquido amarelo, extraído da raiz da mandioca. Seu preparo guarda a forma artesanal cultivada pelos índios da região. Deve ser cozido demoradamente antes de ser consumido, pois cru é venenoso. Oferece sabor inconfundível aos pratos com ele preparados, como o tacacá, pato, leitão, peixe, camarão e alguns tipos de caça.
Vatapa Paraense - É preparado com camarões secos descascados, refogados com cebola, tomate, cebolinha e azeite de dendê. Cozinha-se no leite de coco, engrossando com farinha de arroz ou de trigo, ou amido de milho, ou ainda miolo de pão. Pode ser guarnecido com folhas de jambu cozidas e camarões secos.
2007-02-19 11:08:28
·
answer #1
·
answered by Anonymous
·
8⤊
1⤋