[Do tax. Stevia.]
S. f. Bot.
1. Gênero de ervas e arbustos da família das compostas que habitam, esp., as regiões quentes do Novo Mundo, e que têm folhagens glutinosas e flores purpúreas.
2. Qualquer espécie desse gênero como, p. ex., a Stevia rebaudiana, que fornece adoçante não nutritivo.
3. Qualquer espécime desse gênero.
Encontramos estevia para vender em supermercados.
2006-11-08 08:15:42
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answer #1
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answered by Anonymous
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A DOCE ESTÉVIA
Uma planta nativa da Serra do Amambaí, entre o Paraguai e o Sul do Brasil, dá origem a um adoçante 100% natural que se infiltra no mercado dominado pelos edulcorantes artificiais
Bem antes da chegada de Cristóvão Colombo às Américas, os índios guaranis que habitavam a região hoje correspondente ao Paraguai e ao Sul do Brasil já usavam as folhas de uma plantinha local para adoçar os alimentos e as bebidas. É a estévia, um produto 100% natural que se infiltra no mercado dominado pelos edulcorantes artificiais - como sacarina, ciclamato, aspartame, acesulfame k, sucralose - e conquista apreciadores em todo o mundo. Faz sucesso no Japão, na China, na Coréia, na Tailândia e em Israel e está sendo redescoberto também pelo consumidor brasileiro. O açúcar da cana-de-açúcar ainda é insubstituível, pela tradição, versatilidade e pelo sabor. Mas a estévia industrializada, apesar de ainda ter alguns problemas de solubilidade e sabor, mostra-se um sucedâneo importante. Além de possuir propriedades excepcionais, pois não é calórica nem metabolizada pelo organismo humano, impressiona pelo poder edulcorante - em média, é 300 a 400 vezes mais doce que o açúcar de cana. Tem múltiplos usos na culinária. Pode ser utilizada em doces, bolos, sorvetes e em todas as receitas da pâtisserie.
As virtudes desse arbusto pequeno de flores brancas e fruto escuro, que os cientistas chamam de Stevia rebaudiana, concentram-se nas folhas, onde há oito glicosídeos, ou princípios edulcorantes. Entre eles, dois aparecem em quantidades elevadas e são os que interessam: o esteviosídeo e o rebaudiosídeo. No mercado, a estévia é encontrada na forma de adoçante líquido ou em pó, havendo ainda quem a prepare em casa, a partir de um chá feito com as folhas. Duas colheres da erva fresca equivalem a 1 xícara de açúcar de cana. Na forma de extrato em pó, basta apenas 1/4 de colher para alcançar o mesmo efeito. A planta apresenta algumas qualidades medicinais. Estudos recentes indicam que seu consumo não altera os níveis de açúcar no sangue e que ela pode ser consumida por diabéticos. O maior potencial de expansão de seu uso, entretanto, é mesmo como adoçante de alimentos e bebidas.
Apesar de conhecida há séculos, durante muito tempo a estévia andou esquecida. Os conquistadores espanhóis que aportaram na América do Sul observaram, sem dar muita importância, que os índios guaranis utilizavam as folhas da planta para adoçar suas bebidas, especialmente o mate, já muito apreciado por eles. Somente no século XIX o arbusto passou a merecer atenção, quando um famoso naturalista suíço radicado no Paraguai, Moisés Santiago Bertoni, começou a estudar suas características, a partir de referências obtidas com ervateiros e índios, em uma de suas viagens às florestas do leste paraguaio, no ano de 1887. Na linguagem guarani, a estévia é conhecida por diversos nomes, quase todos derivados da expressão ka'a he'ê, que significa genericamente erva doce. Na natureza, o arbusto nasce espontaneamente na região da Serra do Amambaí, entre o Paraguai e o Sul do Brasil.
Em nosso país, de acordo com o pesquisador Oscar Fontão de Lima Filho, da unidade da Embrapa de Dourados, Mato Grosso do Sul, a primeira descrição da estévia saiu em 1926, no primeiro volume do Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, feito pelo grande botânico Manuel Pio Correia. Na mesma época, outras nações também se interessaram pelas folhas doces. Os Estados Unidos, a Polônia e a União Soviética pediram ao Paraguai sementes ou mudas para analisar as virtudes da planta. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Inglaterra, preocupada com a escassez de adoçantes, chegou a cultivar o arbusto nas Ilhas Britânicas, buscando substitutos para os açúcares de cana e beterraba. Na década de 70, finalmente, surgiu o interesse industrial pela estévia. Atualmente, existem extensas plantações em diversos países, especialmente no Sudeste Asiático. Há 15 fábricas que processam as folhas da planta, sendo 13 no Japão, uma na China e uma no Brasil, a Steviafarma Industrial, com sede em Maringá, no Paraná. Produz o adoçante que usa o nome comercial de Stevita, nas versões líquida, sachê, granel, culinária, chocolate e achocolatado. Seu produto tem uma vantagem sobre os demais. É o único a usar exclusivamente estévia. Os outros a misturam com edulcorantes artificiais. No Brasil, as possibilidades de expansão do mercado são grandes, pelo crescimento da demanda de adoçantes não calóricos.
2006-11-08 16:17:57
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answer #10
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answered by WebMaster 7
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