A Heinz, uma empresa norte-americana famosa por suas 57 variedades de ketchup, tem 57 fábricas fora da América do Norte, de acordo com documentos apresentados à Securities and Exchange Commission (SEC, comissão de valores mobiliários, equivalente à CVM brasileira).
Os dirigentes da Heinz obviamente acreditam que essas operações atendam aos interesses de seus acionistas e elevem o valor das marcas que a empresa produz e comercializa. Estudos sobre empresas multinacionais sugerem que essa estratégia não só eleva o valor das marcas mas também propicia um patrimônio maior para os acionistas (em sua maioria norte-americanos) e promove a criação de empregos administrativos e de pesquisa mais bem pagos, no país de origem.
Estranhamente, John Kerry, o provável indicado do Partido Democrata às eleições presidenciais (e marido de Teresa Heinz Kerry, herdeira da marca de ketchup), delineou como objetivo a imposição de um tributo sobre os investimentos internacionais de empresas norte-americanas. A suposição seria que essa mudança política serviria para impedir que os presidentes "traiçoeiros" de corporações norte-americanas exportassem os empregos dos EUA. Críticas e propostas como essa revelam que o senador não compreende o funcionamento das multinacionais e o papel da "terceirização externa" no mercado de trabalho norte-americano.
Multinacionais como a Heinz, símbolos da indústria norte-americana e controladoras de marcas poderosas, produzem no exterior em larga medida para atender aos mercados internacionais. A escolha delas é menos entre produzir "aqui" ou "lá" do que entre produzir "lá" ou não produzir.
Embora os detalhes sobre o plano econômico de Kerry sejam escassos, ele talvez esteja de olho no incentivo fiscal às empresas americanas que operam fora do país (um alvo tradicional dos sindicatos dos EUA). O propósito do incentivo é mitigar a dupla tributação dos lucros de empresas americanas no exterior. Ou talvez ele pense em atacar a capacidade das multinacionais dos EUA para retardar o recolhimento de impostos sobre lucros externos até que esses fundos sejam repatriados.
Um trabalho recente realizado por Michael Devereux, da Universidade de Warwick, e por mim sugere que essa política já antiga, muitas vezes criticada como subsídio tributário para investimentos externos, é benéfica para o bem-estar dos norte-americanos, ao elevar o valor das marcas de empresas dos EUA. Em contraste com Kerry, o presidente George W. Bush instou o Congresso a alterar o sistema tributário em vigor para reforçar a competitividade norte-americana nos mercados mundiais.
2006-09-04 10:32:31
·
answer #1
·
answered by TIOZIM 5
·
0⤊
0⤋
então são do:
normal
picante
com mostarda
com não sei o quê
com tudo e mais alguma coisa
é ideias ao dinheiro
Marketing
2006-09-04 17:21:54
·
answer #3
·
answered by heedlessmia 3
·
0⤊
0⤋