oi tudo bem? sou estudante de engenharia de alimentos e vou responder-lhe a essa questao:
nao sei como e o seu destilador. por isso, vou dar-lhe umas dicas:
e necessario que ele esteja em uma posiçao inclinada, de modo que o liquido evaporado, a cachaça, suba pelo destilador e seja resfriado pelo tubo ate a saida como agua-ardente. para acelerar o processo, coloque a parte inferior mergulhada em agua fria, ajudando na condensaçao ou liquefaçao do vapor.
fora o destilador, vamos para o preparo do mosto:
vc precisa ter uma cana de boa qualidade, e depois obter uma boa extraçao. o caldo que conseguir extrair deve ser filtrado. se for de boa procedencia, nao ha necessidade de fervura. com isso, voce ganha tempo e dinheiro, ajudando apenas com a adicao de farelo de arroz. nao deixe que moscas cheguem perto, pois pode contaminar. por isso, tampe o mosto com uma peneira. passado cinco dias, sinta o odor do mosto: se estiver com cheiro de fruta, tudo bem, pode destila-lo. se tiver a presença de muitas moscas, e sinal vermelho, pois pode ter dado alguma contaminaçao, e por isso, o mosto se acidificou, transformando-se em acido acetico, ou vinagre. abraços e ate mais,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, rarfguri
2006-08-01 15:18:18
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answer #4
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answered by rarfguri 1
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O produtor deve escolher as variedades que melhor se adaptem ao solo, perÃodo de safra e clima de sua região, levando em conta as caracterÃsticas de produtividade, riqueza em açúcar e facilidade de fermentação. A cana-de-açúcar deve ser colhida madura, com teor de brix (taxa de concentração de açúcar) superior ou igual a 16º, cortada a facão, com a separação da ponta e da palha. Não se queima a palhada para colher a cana-de-açúcar. Apesar de destinada a facilitar a colheita, a prática de queimar os canaviais é um fator prejudicial à qualidade da cachaça. Tal conduta acelera a deterioração da cana-de-açúcar, ainda no campo, pela inversão mais rápida da sacarose em glicose e frutose. Além disso, acarreta o acúmulo de cinzas nas dornas de fermentação, interferindo negativamente no processo fermentativo. No que se refere ao paladar da cachaça, identifica-se com certa facilidade o gosto de queimado, que deprecia a qualidade do produto.
O transporte da cana-de-açúcar deve ser realizado simultaneamente ou logo após o corte. Em seguida, a cana-de-açúcar é empilhada em depósito próprio e deve ser moÃda no prazo máximo de 24 horas depois de colhida. O local deve ser coberto, de maneira a proteger contra sol e chuva, e fresco, para evitar perda de água por transpiração. O armazenamento da cana-de-açúcar além de 24 horas e em locais inadequados provoca perdas no teor de açúcar por respiração e transpiração.
O caldo é filtrado e decantado para a retirada de impurezas como o bagacilho (fragmentos de cana ou bagaço) e a terra. Quanto mais limpo for o caldo destinado à fermentação, menores as chances de contaminações indesejáveis e melhor a qualidade da fermentação. O ajuste do teor de açúcar do caldo deve ser feito de forma a atingir o ponto ideal de fermentação, entre 14º e 16º brix, através da adição de água potável. Teor de açúcar acima de 15º brix acarreta fermentação mais lenta e freqüentemente incompleta, além de dificultar a multiplicação do fermento. Quando se destila o caldo com fermentação incompleta, ocorrem incrustações no alambique e formação de furfurol (ou óleo fúsel), que provoca aroma e gosto indesejáveis na cachaça. Teor de açúcar abaixo de 15º brix permite fermentação mais rápida, sendo importante na etapa de multiplicação do fermento. Entretanto, acarreta uma diminuição no rendimento industrial.
Uma das principais caracterÃsticas da cachaça artesanal é a utilização de nutriente natural, ou seja, ausência de qualquer produto quÃmico no processo de fermentação. O agente fermentativo natural da cana-de-açúcar é a microbiota (microorganismo que é agente fermentativo natural da cana-de-açúcar) natural, que a acompanha desde a lavoura. Na microbiota predominam as leveduras, e ainda está contida grande quantidade de bactérias. A mesma pode ser enriquecida por nutrientes orgânicos e minerais presentes no arroz, soja e milho. O uso de nutriente natural, como o fubá, é um dos procedimentos que historicamente vem sendo adotado pelos produtores de cachaça de Minas Gerais.
A Vale Verde, cachaça produzida em Betim, Minas Gerais, prepara o seu pé-de-cuba (fermento natural) da própria garapa, a partir de 15 a 17 dias antes de começar a safra. A cada dia é colocado um pouco de garapa nas dornas, aumentando gradativamente o seu teor de sacarose, até atingir os 15º brix. Quando zerar a sacarose, o que ocorrerá entre o 15º e o 17º dia, o que decanta é somente o fermento composto por leveduras boas e sadias, que será utilizado na fermentação da nova garapa, e o que fica suspenso é o vinho da cana-de-açúcar (sobrenadante) pronto para ser destilado. Importante salientar que a próxima fermentação levará em torno de 18 a 24 horas para zerar a sacarose, produzindo mais uma quantidade de vinho da cana-de-açúcar.
à a partir de um bom fermentado que se tem um bom destilado. O aroma do mosto fermentado deve ser agradável e penetrante, lembrando o aroma de frutas maduras, com acidez, no máximo, igual ao dobro da acidez inicial, e decantado, com a separação do vinho e do pé-de-cuba.
A destilaria de cachaça artesanal é popularmente chamada de alambique, que é, na verdade, a estrutura de cobre onde é feita a destilação. O cobre favorece a qualidade da bebida, atuando como catalisador de importantes reações que ocorrem durante a destilação.
O vinho de cana-de-açúcar produzido pela levedura durante a fermentação é rico em componentes nocivos à saúde, como: aldeÃdos, ácidos, bagaços e bactérias, mas possui baixa concentração alcóolica. Como a graduação fixada por lei é de 38 a 54 GL, é preciso destilar o vinho para elevar o teor de álcool. O processo é fazer ferver o vinho dentro de um alambique de cobre, produzindo vapores que são condensados por resfriamento e apresentam, assim, grande quantidade de álcool etÃlico. Cerca de 80% do destilado total é a cachaça propriamente dita, chamada também de cachaça do “coração” ou “do meio”. As primeiras e as últimas porções saÃdas da bica do alambique devem ser separadas, eliminadas ou recicladas, por causa das toxinas. São elas:
- Cabeça – com 5% a 10% do destilado total, contém a maior parte do etanol e parte dos aldeÃdos e álcoois superiores;
- Cauda ou Ãgua Fraca – corresponde aos cerca de 10% a 15% finais do destilado total. Contém ácidos voláteis e parte dos álcoois superiores, entre outros.
A prática artesanal recomenda o emprego de alambiques com panelas de capacidade igual ou inferior a 2.000 litros, com volume útil correspondente a 75% desse valor.
O envelhecimento é a etapa final da elaboração da cachaça artesanal. Esse processo aprimora a qualidade sensorial das bebidas nobres. A estocagem é feita, preferencialmente, em barris de madeira, onde ainda acontecem reações quÃmicas. Existem madeiras neutras, como o jequitibá e o amendoim, que não alteram a cor da cachaça. As que conferem ao destilado um tom amarelado e mudam seu aroma são o carvalho, a umburana, o cedro e o bálsamo, entre outras. Cada uma dá um toque especial, deixando a cachaça mais ou menos suave, adocicada e perfumada, dependendo do tempo de envelhecimento.
Atualmente, o mercado produtor mineiro de cachaça privilegia a qualidade e o sabor, justificando a crescente produção artesanal em detrimento da industrial. Apesar do processo ser mais trabalhoso e demorado, garante a tradição da melhor cachaça do paÃs e, conseqüentemente, do mundo.
Cada produtor garante ter seu segredo, seu toque, que faz a sua bebida especial. Podem ser o tempo e os ingredientes da fermentação, o tipo de cana-de-açúcar, a época da colheita ou a madeira dos tonéis de envelhecimento. O que importa é manter a tradição de receitas centenárias.
2006-07-30 18:38:02
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answer #8
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answered by Holmes 4
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