Homenagear a África está na moda. Louvar reis africanos, como provou a Beija-Flor neste Carnaval, rende graves notas 10 na Quarta-Feira de Cinzas. Mesmo que, para isso, seja preciso mudar a história, calar os historiadores e contar velhas mentiras politicamente corretas sobre a escravidão. A África foi tema de três escolas do Grupo Especial do Rio neste ano. Todas -Porto da Pedra, Beija-Flor e Salgueiro- ocultaram verdades que doem.
Nos enredos, os africanos são sempre os heróis libertadores que contrariam uma ordem opressora. Os brancos fazem o papel de Odete Roitman do caso - os vilões que pela força oprimiram o continente.
Uma escola menor, a Unidos de Cosmos, chegou ao preconceito às avessas com o samba-enredo "Sou Cosmos 100% Negro, da Abolição aos Dias Atuais". E o samba-enredo campeão, "África: do Berço Real à Corte Brasiliana", canta assim: "Oh! Majestade negra, Oh! Mãe da liberdade, África: o baobá da vida Ilê Ifé, Áfricas: realidade e realeza, axé".
2007-03-01
03:24:57
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Caledonian
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