Um ano depois de ganhar popularidade ao ser flagrada dançando no plenário da Câmara dos Deputados, durante a absolvição do deputado João Magno no processo de cassação, a ex-deputada federal Ângela Guadagnin (PT) hoje tem uma outra performance: o silêncio. Avessa a entrevistas, não fala nem ao telefone com jornalistas. Prefere ficar no anonimato, como médica pediatra do serviço público de saúde.A 'dança da pizza' não permitiu a sua reeleição. Ao ser derrotada nas urnas, ela voltou de Brasília (DF) e continua morando com a família em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Foi em São José que Guadagnin foi prefeita e também onde está seu maior reduto político. Médica concursada, presta serviço ao governo estadual no Departamento Regional de Saúde, no Vale do Paraíba. Uma vez por semana vai a Taubaté, cidade vizinha a São José dos Campos, onde cumpre doze horas, das 7h às 19h, o cargo de médica plantonista na central de regulação de vagas.
Sua principal função é diagnosticar os casos prioritários de pacientes que precisam de transferência e encaminhar para os hospitais da região. Os funcionários do local, também chamado de Postão, contam que ela é sempre muito educada e gentil e que ninguém tem coragem de tocar no assunto.
Ao ser procurada, teve como porta-voz o marido Carlos Alberto Guadagnin e mandou dizer que não falaria mais com a imprensa. Há cerca de quinze dias deu uma entrevista ao jornalista Cláudio Nicolini, no programa Jornal Gente da Rádio Bandeirantes em São José dos Campos e comentou que não está magoada e que defenderia novamente José Dirceu como fez veemente no ano passado. Mais uma vez falou que foi execrada pela imprensa e que ainda é cedo para falar sobre sua vida política e sobre a possibilidade de ser novamente candidata a prefeita de São José.
2007-03-22
12:28:10
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Torquarto
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