O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, ironizou hoje no seu "ex-blog", distribuído agora como mensagem por correio eletrônico a leitores cadastrados, o debate sobre a legalização das drogas lançado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, na última segunda-feira. O prefeito lança 14 tópicos questionando de forma sarcástica como funcionaria o mercado legalizado da venda de maconha e projeta um futuro sombrio em m suposto cenário pós-legalização da droga. “Na medida que o consumo de maconha gera uma atividade muito lucrativa, substituirá imediatamente as menos lucrativas, que são as alimentares: feijão, arroz, mandioca, milho", escreveu Maia. Em seguida, o prefeito pergunta qual será o teor de THC do produto e questiona quem fará o "controle de qualidade" do mesmo e qual o órgão deverá o consumidor recorrer em caso de reclamação. Maia argumenta ainda que a relação com os países de fronteira onde a droga é proibida ficaria delicada e pergunta se a maconha seria incluída nos acordos comerciais internacionais. "Preparemos os especialistas, médicos de maconha nos hospitais públicos", ironiza em seguida. Mais adiante, Maia argumenta que a maconha poderia levar os usuários às drogas mais pesadas e descreve aquilo que imagina seria o comportamento dos jovens em um bar em um cenário pós-legalização: "garçom: traga dois chopps e um maço de maconha daquela bem robusta". Depois, Maia projeta os efeitos econômicos da legalização. "MacMaconha abre mais de 123 lojas no Brasil. Novo aporte de capital estrangeiro para expandir as plantações de maconha. Biodiesel começa a sentir os efeitos da expansão da maconha". Além disso, o prefeito prevê sonegação de imposto em caso de tributação do produto e um futuro movimento que pediria a legalização de drogas pesadas diante de um aumento da procura dos jovens. Maia finaliza prevendo manchetes policiais futuras "Paraguai e Bolívia reclamam da entrada da maconha brasileira".
2007-03-02
09:32:11
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perguntado por
zeca do trombone
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Lei e Ética