A expectativa de vida ao nascer do brasileiro alcançou em 2005 os 71,9 anos. Em comparação ao ano anterior, houve um acréscimo de 2 meses e 12 dias - metade do aumento registrado em 2004, quando foi de quatro meses e 24 dias. No ranking das Unidades da Federação com maiores esperanças de vida em 2005, ano a que se refere a pesquisa Tábuas Completas da Mortalidade divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Distrito Federal ocupa o primeiro lugar, com 74,9 anos e Alagoas, com 66 anos, ocupa o último lugar. Isso significa, segundo o IBGE, que um brasileiro nascido e residente em Brasília, em 2005, vivia, em média, 8,9 anos a mais que um nascido em Alagoas.
A análise das unidades da federação mostra que, embora um pouco mais reduzidas, ainda há grandes diferenças regionais. Entretanto, ela está em declínio, já que em 2000 essa diferença era de 9,8 anos. Segundo o documento, o aumento na expectativa de vida dos brasileiros é resultado da queda da mortalidade infantil, reduzida em 14,3% entre 2000 (quando era de 30,1 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas) e 2005, quando atingiu 25,8 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas.
De acordo com o analista da pesquisa, Juarez de Castro Oliveira, "os resultados mostram que o País como um todo foi beneficiado pelo declínio da mortalidade e uma das conseqüências diretas desse fenômeno foi a elevação da vida média ao nascer do brasileiro". Ele acrescenta que fatores como a melhoria do acesso a serviços de saúde, campanhas nacionais de vacinação, aumento do número de atendimentos pré-natais e do nível de escolaridade da população, entre outros, "podem explicar os avanços conquistados sobre a mortalidade no Brasil".
A proporção de idosos que são responsáveis pela família e dividem a moradia com filhos, netos ou bisnetos subiu 60,8% entre 1991 e 2000. A pesquisa refere-se a 2005, mas o estudo específico sobre os idosos foi baseado nos Censos 1991 e 2000. Em 1991, encaixavam-se nesse perfil 688 mil pessoas com 65 anos ou mais de idade, número que subiu para 1,1 milhão em 2000. No caso das mulheres nessa condição, responsáveis pela família e dividindo a casa com filhos, netos ou bisnetos, o crescimento foi de 557,9% no período.
A pesquisa mostra também que uma pessoa que, em 2005, superou os riscos de morte até os 70 anos de idade, poderá em média, alcançar uma idade próxima de 85 anos. "Com isso, considerando um intervalo médio entre duas gerações sucessivas de 25 anos, essa pessoa terá oportunidade de conhecer e conviver com filhos, netos, e, quem sabe, bisnetos, por um longo tempo", comentam os analistas da pesquisa no documento de divulgação.
2006-12-01
03:19:27
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Torquarto
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Governo