Não bastasse isso, centenas de anos antes do surgimento do movimento feminista, a sociedade viking garantia à mulher um papel muito mais proeminente do que nas civilizações vizinhas. Não é raro achar junto aos esqueletos femininos chaves penduradas ao redor do pescoço. A explicação é simples: "Eram as mulheres que cuidavam do dinheiro", relata Stensland. Cabia a elas a administração das fazendas e até mesmo de cidades. Algumas chegavam a ir com os maridos nas batalhas, servindo como enfermeiras e, se preciso, como soldados.
Essa herança perdurou mesmo depois da cristianização e a conseqüente tentativa de relegar à mulher a um papel inferior. A Noruega há décadas tem o Parlamento dividido praticamente pela metade entre homens e mulheres, além de uma das mais altas taxas de trabalhadoras do sexo feminino: mais de 75% exercem profissões fora do lar - número inferior apenas ao da Islândia. Foi pioneira na aceitação de mulheres no Exército, já na Segunda Guerra Mundial, e também a primeira nação a ter uma ministra de Defesa. Por sinal, os noruegueses também foram os primeiros a lançar ao mar submarinos com tripulações femininas. "Tenho orgulho do meu passado", diz Oddny-Ann Rodne, marinheira do barco de cruzeiro que leva turistas aos fiordes de Stavanger. "Se não fosse pelos vikings, eu não estaria aqui."
2007-02-02
22:58:22
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Tupã Mirim
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Outras - Sociedade e Cultura