Economia
Dom, 29 Out - 03h50
Petrobras e outras 7 empresas assinam novos contratos na Bolívia
Agência EFE
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La Paz, 29 out (EFE).- A Petrobras e outras sete petrolíferas transnacionais assinaram hoje novos contratos para operações de exploração e prospecção na Bolívia, logo após o término do prazo estipulado pela nacionalização ditada pelo Governo socialista de Evo Morales.
As oito companhias se somaram à franco-belga TotalFinaElf e à americana Vintage, que firmaram novos convênios na sexta-feira passada.
Os acordos foram assinados pelo titular da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Juan Carlos Ortiz, em um ato que conta com a participação do presidente Morales.
Em seu discurso, o governante prometeu respeito e segurança jurídica à extensão das multinacionais.
"Vai ser respeitado o que sempre pediram, a segurança jurídica", e "jamais vamos violar estes contratos transparentes", disse Morales em discurso pronunciado ao término de um ato no qual a Petrobras e outras sete petrolíferas assinaram hoje seus contratos de operação.
A cerimônia foi iniciada poucos minutos após a meia-noite, quando terminou o prazo do Governo boliviano para que as companhias se coloquem de acordo com as novas regras, fixadas na nacionalização de hidrocarbonetos ditada em maio.
No auditório principal do Palácio de Comunicações da sede do Governo boliviano estavam presentes representantes da Petrobras, que confirmou um novo acordo com o país andino.
Morales sustentou que o Brasil é "o líder da região" e que, além disso, "estes acordos permitem o fortalecimento das relações" e da integração entre ambos os povos.
A Petrobras assinou um contrato para suas duas filiais dedicadas à exploração de hidrocarbonetos na Bolívia.
Também participaram do ato os executivos da Repsol YPF, além do secretário de Estado de Assuntos Exteriores da Espanha, Bernardino León, que viajou à Bolívia para a rodada final de negociações.
Morales afirmou que a Espanha "é um parceiro estratégico" para a Bolívia e que o Governo de José Luis Rodríguez Zapatero "é uma garantia e uma esperança para que a Europa possa abrir as portas" ao país andino.
Também assinaram novos contratos as argentinas Matpetrol e Pluspetrol; a British Gas; a Repsol e sua filial Andina, e a Empresa Petrolífera Chaco, pertencente ao grupo British Petroleum.
Ao contrário do aconteceu com as multinacionais TotalFinaElf e Vintage, desta vez não foram revelados os detalhes dos contratos, e o presidente da YPFB, Juan Carlos Ortiz, disse apenas que as porcentagens de participação no valor da exploração para o Estado são diferentes para cada uma das empresas.
Fontes das multinacionais disseram que os compromissos fecharam o ciclo de negociação pela prospecção e exploração petrolífera, ficando pendente a concretização da participação majoritária do Estado em três empresas mistas e duas privadas, que foi outra das medidas decretadas por Morales em maio. EFE jcz mh
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2006-10-29
02:01:32
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fappag
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Outras - Governo e Política