Se o “espÃrito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pelo amor e pela benignidade. Será que é?
Poder-se-ia argumentar que dar presentes, na época do Natal, constitui em si mesmo um indÃcio de amor e benignidade. Isto é verdadeiro, contudo, apenas se envolver os motivos corretos. E envolve? Será que os absortos no “espÃrito do Natal” interessam-se principalmente em dar, ou é muito destacado o motivo egoÃsta de receber?
Se a dádiva altruÃsta fosse a principal consideração deles, por que os comerciantes “cristãos” não são influenciados a promover o aumento das dádivas por reduzirem seus preços na época do Natal, ao invés de elevá-los? Por que os preços, pelo menos em alguns lugares, tendem a elevar-se ao máximo nesta época do ano?
Se o “espÃrito do Natal” é verdadeiramente cristão, por que fracassa em deter, ou pelo menos em reduzir, os atos egoÃstas, desamorosos e rudes na época do Natal?
Se o “espÃrito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pela bondade moral e pelo autodomÃnio. Será que é?
Pense só no comer demais, no beber demais e nos abusos relacionados com o Natal. Quão amiúde as festas natalinas degeneram em bebedeiras e festanças que incentivam a conduta dissoluta e a imoralidade!
Tais influências são apropriadamente descritas pelo Sunday Globe, de Boston, EUA, em relação a um grupo de pessoas particularmente suscetÃveis: “Para um alcoólico regenerado, ou uma pessoa que se empenha ativamente em lutar contra tal doença, esses feriados constituem um teste de força de vontade que poucas pessoas conseguiriam enfrentar sem apoio. à uma época do ano em que se espera que as pessoas bebam, quando até mesmo os bebedores sociais notam que ficam tontos (ou algo pior) mais freqüentemente do que de costume, devido a uma difundida ética social — coma, beba, fique feliz — que é tanto um imperativo como um convite.”
Se fosse verdadeiramente cristão, por que o “espÃrito do Natal” deixaria de impedir esta falta de autodomÃnio, que não é boa nem para a saúde nem para o bolso da pessoa, e pode realmente ser perigosa?
Se o “espÃrito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pela alegria. Será que é?
Um artigo de I. R. Rosengard, M. D. [doutor em medicina], no número de dezembro de 1977 de Science Digest (Sinopse CientÃfica), disse: “Não é o único a sentir uma ‘depressão do feriado’. Trata-se duma neurose de proporções epidêmicas . . . e aqui estão as regras dum médico para evitar a Fossa do Natal.” Ele continuava, dizendo: “Nem todos se sentem alegres nos feriados — e alguns se sentem bem pior do que de costume . . . Na época do Natal, as pessoas infelizes se sentem até mesmo pior porque ficam envergonhadas de se sentirem infelizes quando todo o mundo parece sentir-se feliz . . . Muitos de nós . . . sentimo-nos desapontados dentro de nós mesmos, porque nossas emoções no Natal são algo muito inferior à alegria.”
Isto explica por que certo doutor em medicina e doutor em filosofia, citado num periódico religioso alemão, disse “que o número de suicÃdios se acumula na Noite do Natal”. Se o “espÃrito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, por que fracassaria tão amiúde em tornar as pessoas realmente alegres na época do Natal?
Se o “espÃrito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pela paz, longanimidade e brandura. Será que é?
Naturalmente, fala-se muito na época do Natal sobre “paz na terra, e boa vontade para com os homens”, mas a realidade é que as contendas e as discussões familiares se tornam comuns nessa fase do ano. O jornal Sunday Oregonian, dos EUA, veicula que, antes do Natal, “alguns pais e parentes estão instigando brigas que tornarão a Noite de Natal um dos piores turnos do ano para os policiais”. Explica um vice-delegado: “Os parentes se reúnem e bebem, e começam a discutir problemas passados que tiveram, e então começam a desenterrar hostilidades que já tinham sido sepultadas e deveriam permanecer sepultadas.” E, entre as famÃlias de baixa renda, “o estresse de prover um bom Natal para os filhos aumenta as tensões, e começam a ferver os maus gênios”, afirma o Oregonian. “Ãs vezes, o Natal num lar pode ser destruÃdo numa briga conjugal, os pacotes sendo usados como projéteis e a árvore do Natal ficando reduzida a destroços.”
Com respeito à paz numa escala global, conta-se, amiúde com olhos embaciados, uma história sobre a Noite do Natal de 1914, quando uma sentinela inglesa ouviu o som de vozes que entoavam “Stille Nacht, Heilige Nacht” das trincheiras alemãs, a cerca de 90 metros de distância. As tropas inglesas cantaram, em resposta: “Vinde, Todos Vós, Fiéis.” DaÃ, ambos os lados abandonaram suas trincheiras para entoar juntos várias canções natalinas por algumas horas. Mas, rapidamente voltaram depois à matança, sendo todos supostos “cristãos”! Será que este evento revela qualquer “espÃrito do Natal” verdadeiramente pacÃfico? Ou, antes, não sublinha um espÃrito de hipocrisia, neste caso, levado a arrepiante extremo?
Se o “espÃrito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pela fé. Será que é?
A fé cristã, segundo sua definição, em Hebreus 11:1, baseia-se nas realidades ou nos fatos. Visto que o Natal se alicerça, em grande parte, em tradição, em mitos e em falsidades, poderÃamos esperar que promovesse forte fé?
Uma carta paroquial, publicada na Alemanha, dizia, ao falar sobre Cristo e os cristãos primitivos: “Seu ensino era muito mais importante para o povo do que a data do seu nascimento.” Adicionava: “Os primeiros cristãos não conheciam algo como uma celebração de aniversário.”
De que proveito é crer que Cristo nasceu, se deixarmos de acreditar no que ele ensinou ou de exercer fé no valor de seu sacrifÃcio? Não é preciso muita fé para se crer que Cristo nasceu; muito mais é necessária para se crer no valor de seu sacrifÃcio resgatador e em sua posição de realeza no reino estabelecido de Deus. Se o “espÃrito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, por que faria pouco mais do que aumentar a assistência nas igrejas na época do Natal, e, todavia, não teria êxito em motivar os membros das igrejas a produzir reais obras de fé, em imitação de Cristo, durante o ano todo?
Em resumo, se o “espÃrito do Natal” fosse verdadeiramente cristão, então devia caracterizar-se pelos frutos do espÃrito de Deus. Será que é? Gálatas 5:22, 23 nos diz que “os frutos do espÃrito são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomÃnio”. Será isto o que observamos ser o espÃrito do Natal? Ou, conforme já comentamos, são as obras da carne decaÃda, conforme descritas no mesmo capÃtulo da BÃblia, nos versÃculos 19-21, que mais aptamente se enquadram no que predomina realmente na época do Natal? “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são fornicação, impureza, conduta desenfreada, idolatria, prática de espiritismo, inimizades, rixa, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões, seitas, invejas, bebedeiras, festanças e coisas semelhantes a estas. . . . Os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus.”
Visto do ponto de vista geral da sua celebração global e ampla, ao invés do ponto de vista de pessoas possivelmente sinceras que talvez se portem mui decentemente quando celebram o Natal, o que verificamos? à evidente que as “obras da carne” são por demais manifestas, e os “frutos do espÃrito” com freqüência inexistem.
Talvez possa agora avaliar melhor por que há pessoas, interessadas em produzir os frutos do espÃrito de Deus e em evitar as obras da carne, que tentam não ficar envolvidas no “espÃrito do Natal”. Esperamos que estes fatos, quando considerados junto com oração, possam ajudá-lo a decidir, dum modo que agrade a Cristo, o Fundador do cristianismo, como passará o Natal.
2007-12-19 05:15:22
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answer #7
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answered by Pesquisadora 2
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