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Emmanuel Lévinas (1906-1995) foi um filósofo judeu-lituano. Seu pensamento parte da idéia de que a Ética, e não a Ontologia, é a Filosofia primeira. É no face-a-face humano que se irrompe todo sentido. Diante do rosto do outro, o sujeito se descobre e lhe vem à idéia o Infinito.
Para ele, a alteridade é um conceito que se traduz por: contemplar o rosto do outro como forma de realização da ética fundamental. Alteridade, portanto, traduz tudo que se refere ao outro. O rosto humano, para Levinas é o lugar onde o ser humano está mais nu e exposto. O rosto humano do outro está sempre a nos lembrar “não matarás”. E sempre será o nosso maior desafio buscar as formas de corresponder este desafio. No rosto do outro , na sua absoluta alteridade, será o local onde a ética se realiza, onde eu sou desafiado a corresponder ao seu desafio.

Mas e o rosto de Deus? Como podemos ser desafiados por um rosto que não vemos?

Deus que vela sua face não é, penso, uma abstração de teólogo nem uma imagem de poeta.
Para Levinás, Deus é a hora em que o indivíduo justo não encontra nenhum recurso exterior, em que nenhuma instituição o protege, em que a consolação da presença divina no sentimento religioso infantil se nega também, em que o indivíduo apenas pode triunfar em sua consciência, ou seja, necessariamente no sofrimento. (Esta concepção de Levinás é judaica, origina-se do shloah, do holocausto).
A nossa percepção de Deus é Miserciordia e Presença , através de Jesus o Verbo encarnado.
Então o rosto de Jesus, para nós é a revelação da face velada do Deus hebreu.
E o rosto de Jesus é o rosto do próximo, que está nos desafiando em sua interioridade revelada na nudez da sua expressão.
Dai , Jesus passa a ser a realização da alteridade de Deus Pai e isto se dá através da contemplação do sofrimento da miséria do semelhante, onde o rosto de Cristo se revela por inteiro.

Podem comentar? (Liliputeano,...Xan...Mister N.. julinh@ e os demais seres pensantes do Y!R)

2007-09-08 06:02:27 · 3 respostas · perguntado por Frei Bento 7 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

3 respostas

Laputeanos sao de outra ilha! Nao gosto de liliputeanos, no fundo tem complexo de gigantismo, swift estava no ponto!

Levinas se apoia na fenomenologia, tenho dito isso a algum tempo. tem sido o ultimo bastiao de uma "metafisica", ja que aristoteles esta morto, vc sabia, nao e'? :)

Bom, nao vemos nosso proprio rosto, nao e'? a nao ser por espelho. Aqui e' uma de minhas resposta para sua maneira de ler Levinas. Amor-proprio e deus nao estao "cara a cara" , porque esta na cara que sao um so' ;-)

Levina, para mim, e' carinhoso e cauteloso com a nocao de presenca. (o cara a cara) muitas vezes, aqui no YR, quando a conversa comeca a ficar boa, pelo menos para mim, e' quando eu sinto a falta da cara do outro.

diga-se de passagem que curiosamente, eu te garanto, e' neste mesmo exato momento que tanto a minha cara como a do outro de alguma maneira se encaram ;-)

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repito, como categoria "metafica" o de todo diferente, a alteridade o "a" de Lacan, etc... NAO precisa ser sacado de uma transcendencia. simplesmente, nao precisa, e' claro, essa e' a MELHOR das oportunidades para teologos.

O bom e velho papa j. paulo sabia disso e sua tese de doutoramento era exatamente o conceito de alteridade de uma das dicipulas diretas de HUsserl e a nocao de empatia.

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fica ainda dependurada no ar e com pretensao de fundamento solido a nocao de deus. este momento no qual vc comenta, o momento da solitude maxima, do homem consciente de si mesmo como sozinho, ali o que pode ocorrer?

a sensacao e o discurso que se monta nela sobre algo, uma presenca ali naquele momento como sendo deus e' na verdade a SAIDA daquele lugar, entende?

o religioso em certo sentido e' o que NAO quer permanecer ali!

onde e' ali?

ali e' onde brota o sentido e onde nao ha sentido ao mesmo tempo!

eu acho que isso nao tem nescessariamente a ver NADA com deus, deus e seus discursos para mim sao na verdade ua coisa bem mais a flor da pele, do que se pretende admitir.

e' TAO superficial, TAO a flor da pele que se tem que escrafunchar nas profundezas da consciencia para se camuflar sua obviedade!

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para te responder um pouco mais, para tentar, pelo menos, teriamos que conversar tb sobre sofrimento e suas sobrevalorizacoes. Nao tem nada a que nos apeguemos MAIS do que uma dorzinha, nao e'? somos tao apegados a nossas dores, que diria que em alguns casos essas dores sao infelizmente o unico caso de amor para alguns

chamo de abismo. la' o que acontece? existem presencas? claro! deus? repito, deus e' o discurso que nos tira de la', deus e' como um escada rolante ;-)

vc acharia um absurdo grande a ideia de que nao precisamos desse conceito para sermos decentes uns com os outos? e' isso?

2007-09-08 06:12:49 · answer #1 · answered by Anonymous · 1 1

apenas uma frase....

"O rosto de Deus é a imagem da cultura Social que cerca uma determinada sociedade"

"Psicologo social Alexis f chagas."

2007-09-08 13:17:30 · answer #2 · answered by Coxinha® Libertas Quæ Sera Tamen 6 · 1 1

Tem gente confundindo filosofia com poesia! Não troques gato por lebre. Isto não dá certo.

2007-09-08 13:53:31 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 1

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