Também desonra a Deus sustentar a tese de Céu, Inferno e Purgatório, como sendo lugares feitos por Deus, propositalmente, para lá atirar Seus filhos. As condições e situações são de consciência, de intimidade, e os lugares trevosos o são, em vista de se juntarem ali os indivíduos trevosos. Onde quer que se agrupem indivíduos iluminados ou trevosos, os ambientes se tornarão, por sua vez, gloriosos ou infernais. A Justiça Divina, que em todos os tempos deu, dá e dará a cada um segundo as obras que praticar, é instrumento eterno de justiçamento, o que não significa que um filho de Deus fique eternamente sem sair dali. O fogo eterno, que é a Justiça Divina, faz pagar até o último ceitil.; e o espírito culpado, uma vez ressarcido, continua a marcha em demanda à Pureza e Sabedoria. Ninguém deve confundir entre a perenidade da Justiça Divina e a perenidade de estadia ali. O fogo eterno fica e o espírito transita apenas. Leiam com inteligência o capítulo 22 do Apocalipse...A responsabilidade é individual...Ninguém é salvador de terceiros.
2007-06-28 20:15:44
·
answer #6
·
answered by Hermes 6
·
0⤊
0⤋
Com toda a certeza que sim:A doutrina da existência de um ‘inferno de fogo’ tem despertado e atenção dos homens de todos os séculos. Pensadores têm rejeitado o cristianismo por causa de tal doutrina; jovens têm abandonado a crença em Deus, pois pensam: “Não posso crer em um Deus que para demonstrar sua justiça tenha de atormentar no fogo a alma de uma pessoa eternamente; Ele não existe...”. Muitos têm saÃdo das fileiras do cristianismo por causa deste assunto. Isto poderia ser evitado, caso fosse feito um estudo sincero, honesto e fiel ás regras de interpretação do verso BÃblico e ao contexto das Escrituras.
O presente estudo irá analisar o que é o inferno de acordo com o ensino BÃblico; qual o correto significado de alguns dos textos BÃblicos que mencionam a palavra ‘inferno’; o inferno de fogo existe hoje ou existirá em um futuro? Por quanto tempo?
Antes disso, é importante salientar o que a BÃblia ensina sobre o estado do homem na morte:
A BÃblia diz que Jesus Cristo criou todas as coisas com Deus o Pai, e que Ele existe desde a eternidade. “Ele é a imagem do Deus invisÃvel o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre terra, as visÃveis e as invisÃveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. (todos vivem por meio Dele, pois é Jesus quem dá vida e respiração a todas as criaturas do universo -Colossenses 1:15-17) (Leia Miquéias 5:2; João 1:1-3 - cf. Apocalipse 19:13; João 17:5; Romanos 9:5; Filipenses 2:5-11; Colossenses 2:8-10; Tito 2:13; Hebreus 1:6-12; I João 5:20, etc.)”.
Pelo fato de Jesus ter ajudado a Deus, o Pai, e também o EspÃrito Santo, a criar todas as coisas, é muito óbvio que Ele saiba melhor que qualquer um como é a morte. Vejamos o que Jesus diz sobre a morte:
“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discÃpulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito á morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu...” (João 11:11-14- grifo nosso).
Depois de ficar doente, Lázaro morreu. E o que Jesus disse a respeito da morte de Lázaro? Disse que ele estava dormindo! Não devemos duvidar do Senhor. Ele sabe melhor que nós qual é o estado do homem na morte. A BÃblia compara a morte a um sono em aproximadamente 53 versos diferentes.
O Antigo Testamento, que também teve sua inspiração do EspÃrito Santo (II Timóteo 3:16), também declara que, quando um a pessoa morre, ela está em total inconsciência. Veja: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem “coisa nenhuma”, nem tampouco terão eles recompensa, pois sua memória está entregue ao esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram: para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6- leia também Salmo 6:5;Salmo115:17;Salmo 146:3,4;IsaÃas 38: 18,19).
O próprio Jesus disse que a ressurreição será no último dia, quando ele voltar (João 6:40). Mas como harmonizar estes versos com aqueles que mencionam o “tormento eterno?”.
Primeiramente temos de entender que a BÃblia foi inspirada pelo EspÃrito Santo. (II Pedro 1:20, 21).
Sendo que o EspÃrito Santo é perfeito, Ele não vai se contradizer; não irá dizer em uma parte da BÃblia que na morte a pessoa está em total inconsciência e em outra afirmar que os Ãmpios sofrerão eternamente na segunda morte.
Portanto, se há uma aparente contradição não é culpa de Deus, mas sim nossa, pois somos limitados por causa do pecado. Outro fator que leva-nos a encontrar “contradições” na BÃblia é o fato de não a estudarmos profundamente. à o que pretendemos fazer agora, analisando estes versos em seu contexto e verdadeiro significado; vejamos um estudo sobre este tema elaborado pelo Professor de Teologia Pedro Apolinário:
[2]Para entendermos melhor sobre o assunto, temos de analisar alguns pontos:
1o) Quais as palavras hebraicas e gregas que foram impropriamente traduzidas por inferno;
2o) Que significam estas palavras na lÃngua original;
3o) Analisar as dificuldades em bem traduzi-las.
A doutrina de um inferno para tormento eterno é de origem pagã, foi aceita pela igreja dominante, nos séculos escuros da Idade Média, para intimidar os pagãos a aceitar as crenças católicas”.
Vamos fazer uma análise das palavras traduzidas por inferno. Partes deste estudo foi tirado do livro de Pedro Apolinário, “Explicação de textos difÃceis da BÃblia”, págs. 135 a 142:
Análise das palavras erradamente traduzidas por inferno:
Sheol.
Este vocábulo aparece 62 vezes no Velho Testamento.
Sheol era o lugar para onde iam os mortos, por isso é sinônimo de sepultura, ou lugar de silêncio dos mortos.
Sheol nunca teve em hebraico a idéia de lugar de suplÃcio para os mortos.
Sendo difÃcil traduzi-los porque nenhuma palavra em português dá a exata idéia do significado original, o melhor é mantê-la transliterada como fazem muitas traduções. A tradução brasileira não a traduz nenhuma vez.
Experimente traduzir sheol por inferno nestas duas passagens: Gênesis 42:38 e Jonas 2:1-2.
Hades.
à usada apenas 10 vezes no Novo Testamento: Mateus 11:23; 16:18; Lucas 16:23; Atos 2: 27,31; Apocalipse 1:18; 6:8; 20:13,14 (I Cor. 15:55).
Sobre o emprego desta palavra em I Cor. 15:55, EdÃlson Valiante numa Monografia sobre a palavra Hades, pág. 27 (1978), declarou:
“A passagem de Paulo de I Cor. 15:55 apresenta um problema de crÃtica textual. Na leitura feita na Septuaginta, encontramos também neste verso a palavra Hades, no vocativo. As traduções mais antigas da BÃblia, antes das descobertas do século XIX para cá, traziam a palavra “inferno” como sendo tradução de hades”.
“Com estudos feitos na área da crÃtica textual, valendo-se das importantÃssimas descobertas de Tishendorf, verificou-se que a palavra usada não era Hades, mas a palavra yanatov (morte). Este estudo foi baseado nos mais fidedignos manuscritos descobertos até hoje”.
“Com tudo isto ficou claro que Paulo não usou nenhuma vez termo hades em seus escritos, provavelmente para não confundir com os conceitos deturpados do hades que existiam em sua época. Outra razão é dada por Edwards, dizendo que Paulo, escrevendo em grego, procurava fugir do mau agouro que acompanhava a palavra e causava terror ao povo; cota Platão a para reafirmar sua idéia: “O povo em geral usava a palavra Pluto como eufemismo do hades, com seus temores de levá-los para as partes errôneas do invisÃvel”. à certo, também que Paulo não usou nenhuma vez a expressão Pluto, mas subentendendo o conceitualismo BÃblico, em Romanos 10:7 usa o termo abismo”.
EdÃlson Conclui sua ponderações declarando: Além de todas essas razões, Nichol, em seu Answers to Objections diz:
“Nós concluÃmos que também em I Cor. 15:55, onde a palavra sepultura é uma tradução de Hades, e descreve que sobre o tal os justos serão finalmente vitoriosos na ressurreição. Incidentalmente, I Cor. 15:55 é uma citação do Velho Testamento (Oséias 13:14), onde encontramos a palavra sheol aplicada”. – F. Nichol. Answers to Objections, pág. 366.
Nas melhores traduções da BÃblia, inclusive na versão de Almeida Revista e atualizada, o termo inferno já foi substituÃdo por morte.
A palavra “Hades” no Novo Testamento corresponde exatamente á palavra “Sheol” do Velho Testamento. No Salmo 16:10 Davi disse: “Pois não deixarás a minha alma no Sheol...”.
Pedro usando esta passagem profética do Velho Testamento afirmou em Atos 2:27: “Porque não deixará a minha lama no hades...”.
Outra prova da sua exata correspondência se encontra na tradução da Septuaginta, pois das 62 vezes que Sheol é usada no Velho Testamento, 61 vezes foi traduzida por hades.
Origem da palavra Hades.
Provém do prefixo a – alfa grego com a idéia de negação, privação e do verbo idein = ver, significando então: o que não é visto, lugar de onde não se vê, por isso é sinônimo de sepultura, habitação dos mortos.
Os gregos dividiam o Hades em duas partes, (posteriormente falavam até em quatro): o Elysium – a habitação dos vitoriosos e o Tártarus – a habitação dos Ãmpios.
Esta idéia de divisões e subdivisões do Hades é totalmente pagã sem nenhum apoio BÃblico.
Geena.
Palavra hebraica transliterada para o grego geena, que se encontra nas seguintes 12 passagens: Mateus 5: 22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 45, 47; Lucas 12:2; Tiago 3:6.
Geena vem do vocábulo hebraico Ge Hinom ou Gé Ben Hinom – Vale de Hinom ou Vale do filho de Hinom. Nesse vale havia uma elevação denominada Tofete, onde Ãmpios queimavam seus próprios filhos.
Este vale se situava a sudoeste de Jerusalém; neste local, antes da conquista de Canaã pelos filhos de Israel, cananitas ofereciam sacrifÃcios humanos ao deus Moloque.
Terminados os sacrifÃcios humanos, este local ficou reservado para depósito do lixo proveniente da cidade de Jerusalém. Juntamente com o lixo vinham cadáveres de mendigos encontrados mortos na rua ou de criminosos e ladrões mortos quando cometiam delito. Estes corpos, ás vezes, eram atirados onde não havia fogo, aparecendo os vermes que lhes devoravam as entranhas num espetáculo dantesco e aterrador. à a este quadro que IsaÃas se refere no CapÃtulo 66 verso 24.
Por estas circunstâncias, este vale se tornou desprezÃvel e amaldiçoado pelos judeus e sÃmbolo de terror, da abominação e do asco e mencionado por Jesus com estas caracterÃsticas. Ser atirado á Geena aos a morte, era sinônimo e desprezo ao morto, abandonado pelos familiares, não merecendo ao menos uma cova rasa, estando condenado á destruição eterna do fogo.
O vale de Hinom era um crematório das sujidades da cidade de Jerusalém.
O fogo ardia constantemente neste sÃtio e com o objetivo de avivar as chamas e tornar mais eficaz a sua força lançavam ali enxofre.. Devido a estas circunstâncias, Jesus com muita propriedade usou este vale para ilustrar o que seria no fim do mundo a destruição dos Ãmpios, sendo queimados na Geena universal.
Tártaro.
A palavra grega “Tártaro” ocorre somente uma vez no Novo Testamento. Encontra-se em II Pedro 2:4 e diz o seguinte:
“Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes precipitando-os no inferno (Tártaro no original) os entregou a abismos de trevas, reservando-os para o JuÃzo”.
A palavra tártaro, usada por Pedro se assemelha muito á palavra “Tartarus”, usada na etimologia grega, com nome de um escuro abismo ou prisão; porém, a palavra tártaro, parece referi-se melhor a um ato do que a um julgar. A queda dos anjos que pecaram foi do posto de honra e dignidade á desonra e condenação; portanto, a idéia parece ser: Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os rebaixou e os entregou a cadeias de trevas. Não existe nenhuma idéia de fogo ou tormento nesta palavra, ela simplesmente declara que estes anjos estão reservados para julgamento futuro.
Os problemas relacionados com a palavra inferno se desfazem como bolhas de sabão, quando conhecemos bem o significado etimológico dos termos sheol, hades, geena e tártaro, que jamais poderiam ser traduzidos pela nossa palavra inferno por ter uma conotação totalmente diferente do que é expresso por aqueles vocábulos.
A palavra inferno foi usada pelos tradutores por influências pagãs e por preconceitos enraizados na mente de muitos, mas totalmente estranhos ao texto sagrado.
De acordo com a BÃblia todos os que morrem, quer sejam bons, quer sejam maus descem á sepultura, ao lugar de esquecimento e ali esperam até o dia da ressurreição quando então receberão a recompensa. (Apocalipse 22:14).
Muitas das traduções modernas da BÃblia, mais fiéis aos originais hebraico e grego, preferem manter estas palavras transliteradas, por expressarem melhor o que o que elas significam.
As palavras Sheol em hebraico e Hades em grego eram usadas para sepultura, não trazendo nenhum sentido de sofrimento e castigo eterno.
Geena apenas figurativamente foi usada por Jesus como um sÃmbolo das chamas destruidoras dos últimos dias por causa do envolvimento da palavra nos acontecimentos anteriormente descritos.[3]
Deus te abençoe.
2007-06-28 20:42:27
·
answer #9
·
answered by servo 5
·
0⤊
1⤋