Há vários anos o transporte de cargas, no Brasil, vem apresentando sintomas que apontam para graves problemas. Uma dependência exagerada do modal rodoviário, dificuldades de desenvolvimento dos outros modais, crescente número de acidentes e mortes, envelhecimento da frota, e participação cada vez maior de autônomos, são alguns destes sintomas.O Brasil possui hoje uma frota de 1,8 milhões de veÃculos, com uma idade média que já beira os 18 anos. Esta idade média vem aumentando ao longo dos anos. Basta lembrar que durante a década de 1990, entraram em média no mercado brasileiro cerca de 50.000 veÃculos novos por ano. Considerando a existência de uma frota de 1,8 milhões, seriam necessários 36 anos para substituir uma frota cuja idade média já é de 18 anos.
A grande barreira para a modernização da infra-estrutura e a ampliação das linhas ferroviárias no Brasil, é o proibitivo custo do financiamento. Enquanto nos EUA, o custo do financiamento para ferrovias gira em torno de 6,5% ao ano, no Brasil ele atinge, na melhor das hipóteses, um valor no entorno de 15%
Há décadas, o transporte de cargas em nosso paÃs depende basicamente do modo rodoviário, fato que causa um grave desequilÃbrio na matriz de transporte brasileira, visto que a fatia de mercado desse modal está acima de 60%. I
sto confirma a perpetuação da polÃtica do rodoviarismo no Brasil, iniciada em meados do século passado com JK.
Curiosamente, vivemos num paÃs rodoviarista que quase não possui rodovias, uma vez que apenas 10% de nossas estradas são pavimentadas, ou seja, irrisórios 165 mil km. Os EUA possuem 5,2 milhões de km de rodovias pavimentadas, 31,5 vezes mais que o Brasil. Além disso, apenas 20% das rodovias brasileiras podem ser consideradas boas ou ótimas.
As estradas restantes apresentam precariedade contundente, com pavimentos em notória decomposição, sinalizações inexistentes e traçados perigosos, onde ocorrem, anualmente, mais de 20 mil mortes por acidentes. Para piorar a situação, não há policiamento adequado e nossas rodovias são palcos de emboscadas, assaltos, latrocÃnios e roubos de cargas.
Além de não contarmos com rodovias decentes, quase não possuÃmos ferrovias. Nossa rede ferroviária, responsável por 20% da matriz de transporte, possui apenas 29 mil km de extensão, contra 245 mil dos EUA e 73 mil do Canadá, paÃses do mesmo porte territorial do Brasil. A Argentina, três vezes menor que o Brasil, possui 34 mil km de ferrovias.
Já vimos que não temos rodovias nem ferrovias, mas poderÃamos ter hidrovias. Engano. Apesar de possuirmos 45 mil km de rios potencialmente navegáveis, somente 28 mil são utilizados, mas de forma improvisada. Ao mesmo tempo, somos donos de uma costa de 7,5 mil km, onde estão concentrados 80% do PIB brasileiro, e não desenvolvemos a cabotagem. Nossas hidrovias não são dragadas e carecem de sinalização e de terminais. Nossos portos precisam ser modernizados e nossa frota de navios aumentada.
A logÃstica no Brasil é excessivamente cara, fato que nos leva a ter desprezÃvel participação no comércio mundial, principalmente pela falta de investimentos na infra-estrutura de transporte. Na verdade, o setor de transporte brasileiro, como um todo, está caminhando, a passos largos, para o estrangulamento definitivo, ou para o chamado “apagão logÃstico”.
2007-05-29 19:38:52
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answer #2
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answered by Rico 6
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Rodoviário, pelo seu custo, mas existem alguns lugares que é impossível transportar por essa modalidade, como por exemplo na Zona Franca, lá é muito comum o Pluvial e o Aéreo, o ideal era que o Brasil tivesse uma boa malha ferroviária, pois é um transporte de baixo custo.
2007-05-28 20:27:33
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answer #3
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answered by Passageiro do Mundo 7
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O meio mais comum é o transporte rodoviário, não importa o tipo de caminhão, mas a capacidade de transporte com menor custo operacional por Km rodado. Está no começo, mas ainda falta muito o uso das ferrovias e hidrovias.
2007-05-28 17:49:17
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answer #4
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answered by Professor 6
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