Suas dúvidas, meu caro Paulo, se fundam em que você não distingue entre a pessoa que é Papa e o papa enquanto sucessor de Pedro e Vigário de Cristo na terra.
Quando Cristo deu o poder das chaves ao Apóstolo São Pedro, fazendo dele o chefe da Igreja, a pedra sobre a qual ia fundar a sua única Igreja, prometeu-lhe que as portas do inferno não prevaleceriam sobre ela, e que tudo o que Pedro ligasse na terra, seria ligado no céu, e o que ele desligasse na terra, seria desligado no céu.
Isto é, que Pedro, sempre que falasse, sobre fé e moral , para toda a Igreja, como o poder que Cristo lhe concedera , seria infalível.
Essa promessa dava a Pedro o dom da infalibilidade, nas condições expostas acima.
Não se concedeu a Pedro o dom da impecabilidade.
Pedro era infalível, mas Simão continuava pecável.
Tanto que logo depois de receber o dom da infalibilidade como chefe da Igreja e Vigário de Cristo, Simão errou de tal modo que Cristo o chamou de Satanás. Mais tarde, negou três vezes o Mestre.
Nos Papas é preciso distinguir, então, o homem e o Papa. O homem pode ser até criminoso --como Alexandre VI -- mas o Papa continua infalível, porque o dom de Cristo é incontaminável.
Por isso, um documento dos carbonários disse que um Papa como Alexandre VI , com toda a sua corrupção, não serviria para a Maçonaria, pois, apesar de seus crimes, jamais escreveu algo contra a Fé, enquanto Papa.
Do mesmo modo, Karol Wojtyla pode ter defeitos e mesmo pecados. João Paulo II , quando fala como Vigário de Cristo, usando o poder das chaves, sobre fé e moral, para toda a Igreja, definindo uma questão, João Paulo II é infalível.
Falei do ódio de certas revistas contra a Igreja Católica. Essse ódio da "Veja mas não enxergue" é tão grande que chega a declarar, como você disse, que Alexandre VI foi "pai de Santa Catarina".
De fato, Alexandre VI teve filhos-- antes de ser Papa. Mas a filha dele foi Lucrécia Borgia e não Santa Catarina.
E a Veja nem se preocupa de verificar qual teria sido essa Santa Catarina. Sendo calúnia contra a Igreja Católica, sempre haverá quem acredite, sem verificar se é verdade ou não.
Como você engoliu essa besteira devida à ignorância do repórter da Veja e do ódio geral contra o catolicismo?
Você deveria se perguntar por que sua prevenção contra o Papado lhe faz aceitar --sem exame maior -- calunias e mentiras?
Isso indica preconceito e não amor à verdade.
E você me pergunta como fica a Igreja "ortodoxa" --a Igreja Cismática Oriental -- sem o Papa.
Fica mal.
Porque quem não está submetido ao Papa não está submetido a Cristo. E os Patriacas cismáticos -- de Constantinopla, Moscou, Atenas, Antioquia etc -- são cismáticos. Estão fora da unidade da Igreja. E está dito que há um só Deus, uma só Fé e um só batismo. A Igreja de Cristo é uma só, e quem está fora dela não terá salvação, como proclamou o IV Concílio de Latrão: "Extra Ecclesia, nulla salus".
Como Lutero e outros hereges, você me pergunta se a "meretriz" de que fala o Apocalípse, é a Igreja Católica.
É claro que não.
A Igreja Católica Apostólica Romana é a única Esposa de Cristo.
A Igreja Católica nunca poderá deixar de ser a Esposa de Cristo, porque senão a promessa de Cristo de que as portas do Inferno não prevaleceriam contra ela teria sido uma promessa mentirosa. E Cristo não pode mentir, porque é Deus.
A meretriz de que fala o Apocalípse é a Sinagoga de Satanás, de que fala o mesmo Apocalípse (Apoc. II, 9).
E o que é a Sinagoga de Satanás?
A Igreja é o Corpo Místico de Cristo. Sua cabeça é o próprio Cristo, e seus membros são os fiéis batizados, que guardam a fé integralmente, aceitam todos os sacramentos, e obedecem ao Papa e aos Bispos unidos a Roma.
A Meretriz ou Sinagoga de Satanás é constituída por todos os que são filhos do demônio, querendo fazer a vontade de Satanás.
Haverá tempo em que a Sinagoga de Satanás se instalará como se fosse ele a Igreja de Cristo. Este será o tempo do anti Cristo, que ninguém sabe quando virá.
Por que não há santos brasileiros canonizados? Porque não houve ainda, infelizmente, católicos brasileiros dignos dessa honra.
Quanto aos homens do Antigo Testamento que foram santos, a Igreja os declarou todos santos. Entretanto, o costume popular só dá esse título a alguns, como Santo Elias. E, em Veneza, há a Igreja de San Mosé.
Sobre os livros recomendados pela Igreja a respeito da Sagrada Escritura, você deveria ler os livros dos Santos Padres.
Chamam-se Santos Padres, os grandes doutores e santos dos primeiros séculos da Igreja. A coleção desses livros foi publicada por Migne, e consta de centenas de volumes. Procure lê-los. Far-lhe-ão bem.
Sobre o dízimo, a Igreja manteve essa lei, mas exigindo que seja pago o dízimo não literalmente (10%) do que se ganhou.
O mandamento diz para pagar segundo o costume, porque a Igreja, como mãe, se preocupa com a miséria do povo.
E, já que me pede um texto bíblico sobre o dízimo, lembro-lhe a frase de Cristo descrevendo o fariseu que se orgulhava dizendo a Deus: "Pago o dízimo de tudo o que tenho" (Luc XVIII, 12).
In Corde Jesu semper,
Orlando Fedeli
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1º. - São Pedro - Mártir -(Simão, filho de Jonas); Galiléia;
Eleito por Jesus na terceira década do calendário cristão, permaneceu cerca de 37 anos no pontificado (o mais longo da história). Morreu no ano de 67. Muitos historiadores firmam seu pontificado de 42 a 67, mas na realidade este período retrata apenas o tempo em que permaneceu estabelecido em Roma.
2º. - São Lino - Mártir - Itália; 67 - c.79.
3º. - Santo Anacleto (São Cleto) - Mártir - Itália; c.79 - c.92.
4º. - São Clemente I - Mártir -(Clemente de Roma); c.92 - c.101.
5º. - Santo Evaristo - Mártir - Grécia; c.101 - c.107.
6º. - Santo Alexandre - Mártir - Itália; c.107 - c.116
7º. - São Xisto I - Provavelmente Mártir - Itália; c.116 - c.125.
8º. - São Telésforo - Mártir - Grécia; c.125 - c.138.
9º. - Santo Higino - Mártir - Grécia; c.138 - c.142.
10º. - São Pio I - Mártir - Itália; 142 - 155.
11º. - Santo Aniceto - Considerado Mártir - Síria; 155 - 166.
12º. - São Sotero - Mártir - Itália; c.166 - c.174.
13º. - Santo Eleutério - Mártir - Grécia; c.174 - c.189.
14º. - São Vitor I - Mártir - África; c.189 - c.199.
15º. - São Zeferino - Mártir -Itália; c.199 - c.217.
16º. - São Calixto I - Mártir - Itália; c.217 - c.222.
17º. - Santo Urbano I - Mártir - Itália; c.222 -c.230.
18º. - São Ponciano - Mártir - Itália; c.230 - c.235.
19º. - Santo Antero - Mártir - Grécia; c.235 - 236.
20º. -São Fabiano - Mártir - Itália; 236 - 250.
21º. -São Cornélio- Mártir - Itália; 251 - 253.
22º. -São Lúcio - Mártir - Itália; 253 - 254.
23º. - Santo Estevão - Mártir - Itália; 254 - 257.
24º. - São Xisto II - Mártir - Grécia; 257 - 258.
25º. - São Dionísio; 259 - 268. (26/12)
26º. - São Félix - Mártir - Itália; 269 - 274. (30/05)
27º. - Santo Eutiquiano; Itália; 275 - 283.
28º. - São Caio; Iugoslávia; 283 - 296.
29º. - São Marcelino; Itália; 296 - 304 - Ordenou São Silvestre, que viria a assumir o pontificado em 314.
30º. - São Marcelo; Itália; 308 - 309. - São Marcelo só foi eleito quatro anos após a morte de São Marcelino, devido às terríveis perseguições que os cristãos sofreram pelas mãos do imperador Dioclesiano. Acabou sendo exilado pelo imperador Maxêncio, e sofreu diversas humilhações e castigos. Morreu exilado, numa igreja que foi fechada e transformada num estábulo, onde trabalhava como escravo.
31º. - Santo Eusébio; Itália (de origem grega); (26/09) c.309 - c.310.
32º. - São Melquíades ou São Melcíades; África; 311 - 314. - <>Conversão do Imperador Constantino ao catolicismo. Tempos de paz para a Igreja pelo fim das perseguições aos cristãos.
33º. - São Silvestre; Itália; 314 - 335.
<> O imperador Constantino decreta o fim da crucificação, da perseguição aos cristãos e pessoalmente, contribui para a construção de Igrejas.
<> O Papa manda erigir a imagem de Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos, em gratidão à Maria Santíssima pelo fim da perseguição contra a Igreja.
<> Condenação das heresias donatista e ariana pelos concílios de Arles e Nicéia.
<> É construída a Basílica Vaticana sobre o túmulo de São Pedro, com auxílio do imperador Constantino. (Esta deu lugar a atual Basílica de São Pedro).
34º. - São Marcos; Itália; 336 (10 meses) - 07/10
35º. - São Julio; Itália; 337 - 352.
36º. - Libério; Itália; 352 - 366.
37º. - São Dâmaso I; Espanha; 366 - 384.
<> Condenação das heresias de Macedônio e Apolináris pelo Concílio de Constantinopla
38º. - São Sirício; Itália; 384 - 399.
39º. - Santo Anastácio I; Itália; 399 - 401.
40º. - Santo Inocêncio I; Albânia; 401-417.
41º. - São Zózimo; Grécia; 417-418.
42º. - São Bonifácio I; Itália; 418 - 422
43º. - São Celestino I; Itália; 422 - 432 - <> Convocou o Concílio de Éfeso, que instituiu a segunda parte da Ave-Maria, ou seja "Santa Maria Mãe de Deus".
44º. - São Xisto III; Itália; 432 - 440 - (28/03)
45º. - São Leão I (O Grande); Itália; 440 - 461
46º. - Santo Hilário; Itália; 461 - 468
47º. - São Simplício; Itália; 468 - 483.
48º. - São Félix II; Itália; 483 - 492.
49º. - São Gelásio I; África; 492 - 496.
50º. - Anastácio II; Itália; 496 - 498.
51º. - São Símaco; Itália; 498 - 514.
52º. - São Hormisdas; Itália; 514 -523.
53º. - São João I - Mártir - Itália; 523 - 526.
54º. - São Félix III; Itália; 526 - 530.
55º. - Bonifácio II; Itália (de origem gótica); 530 - 532
56º. - João II; Itália; 533 - 535.
57º. - Santo Agapito ou Santo Agapeto; Itália; 535 - 536.
58º. - São Silvério - Mártir - Itália; 536 - 537.
59º. - Vigílio; Itália; 537 - 555.
60º. - Pelágio; Itália; 556 - 561.
61º. - João III; Itália; 561 - 574.
62º. - Bento I (ou Benedito I); Itália; 575 - 579.
63º. - Pelágio II; Itália; 579 - 590.
64º. - São Gregório I (O Grande); Itália; 590 - 604.
(contemporâneo de S. Agostinho - Apóstolo da Inglaterra) - L. P. 28/05
65º. - Sabiniano; Itália; 604 - 606.
66º. - Bonifácio III; Itália; 607 (9 meses)
67º. - São Bonifácio IV; Itália; 608 - 615.
68º. - São Deusdedit I ou Santo Adeodato I; Itália; 615 - 618.
69º. - Bonifácio V; Itália; 619 - c.625.
70º. - Honório I; Itália; 625 - 638.
71º. - Severino; Itália; 640 (4 meses).
72º. - João IV; Iugoslávia; 640 - 642.
73º. - Teodoro I (grego nascido em Jerusalém); 642 - 649.
74º. - São Martinho I; Itália; 649 - 655.
75º. - Santo Eugênio I; Itália; 654 - 657
(Substituiu o Papa São Martinho I, quando este estava no exílio, na Criméia).
76º. - São Vitaliano; Itália; 657 - 672.
77º. - Adeodato II ou Deusdedit II; Itália; 672 - 676.
78º. - Dono I; Itália; 676 - 678.
79º. - Santo Agato; Itália; 678 - 681.
80º. - São Leão II; Itália; 682 - 683.
81º. - São Bento II (ou São Benedito II); Itália; 684 - 685
82º. - João V; Síria; 685 - 686.
83º. - Cônon; provavelmente de origem italiana; 686 - 687
84º. - São Sérgio I; Síria; 687 - 701.
85º. - João VI; Grécia; 701 - 705.
86º. - João VII; Grécia; 705 - 707.
87º. - Sisínio; Síria; 708 (2 meses).
88º. - Constantino; Síria; 708 - 715
89º. - São Gregório II; Itália; 715 - 731.
90º. - São Gregório III; Síria; 731 - 741.
91º. - São Zacarias; Grécia; 741 - 752. (falecimento: março de 752)
92º. - Estevão; Itália; 752 (Não consagrado)
<> Foi eleito no mês de março de 752, mas veio a falecer três dias depois. Seu nome consta honorificamente na relação dos Papas. Lembrando que no pontificado de 254 a 257 houve um Papa com o mesmo nome, Estevão só não aparece como o Papa Estevão II porque não houve tempo de ser oficialmente consagrado ao cargo pontifício. Por isso, seu sucessor, também adotando o nome, figura como Estevão II, quando na realidade é ele o terceiro Papa com o nome de Estevão.
93º. - Santo Estevão II; Itália; 752 - 757.
94º. - São Paulo I; Itália; 757 - 767.
95º. - Santo Estevão III; Itália; 768 - 772.
96º. - Adriano I; Itália; 772 - 795.
97º. - São Leão III; Itália; 795 - 817.
98º. - São Pascoal I; Itália; 817 - 824.
99º. - Eugênio II, Itália; 824 - 827.
100º.- Valêncio; Itália; 827 (2 meses).
101º.- Gregório IV; Itália; 827 - 844.
102º.- Sérgio II; Itália; 844 - 847.
103º.- São Leão IV; Itália; 847 - 855.
104º.- Bento III (ou Benedito III); Itália; 855 - 858.
105º.- São Nicolau I (O Grande); Itália; 858 - 867.
106º.- Adriano II; Itália; 867 - 872
107º.- João VIII; Itália; 872 - 882.
108º.- Marino I ou Martinho II; Itália; 882 - 884.
109º.- Santo Adriano III; Itália; 884 - 885.
110º.- Estevão V; Itália; 885 - 896.
111º.- Bonifácio VI; Itália; 896 (1 mês).
112º.- Estevão VI; Itália; 896 - 897.
113º.- Romano; Itália; 897 (4 meses).
114º.- Teodoro II; Itália; 897 (1 mês).
115º.- João IX; Itália; 898 - 900.
116º.- Bento IV (ou Benedito IV); Itália; 900 - 903.
117º.- Leão V; Itália; 903 (3 meses).
118º.- Sérgio III; Itália; 904 - 911.
119º.- Anastácio III; Itália; 911 - 913.
120º.- Lando; Itália; 913 - 914.
121º.- João X (Giovani de Tossignano); Itália; 914 - 928.
122º.- Leão VI; Itália;928 (8 meses).
123º.- Estevão VII; Itália; 928 - 931.
124º.- João XI; Itália;931 - 935.
125º.- Leão VII; Itália;936 - 939.
126º.- Estevão VIII; Itália; 939 - 942.
127º.- Marino II ou Martinho III ; Itália; 942 - 946.
128º.- Agapito II; Itália; 946 - 955.
129º.- João XII (Ottaviano); Itália; 955 - 963.
130º.- Leão VIII; Itália; 963 - 965 e Bento V (ou Benedito V); ano de 964.
<> Nesta ocasião muitos católicos não aceitaram a nomeação do Papa Leão VIII ao trono pontifício (feita pelo imperador Ótão I), e elegeram Bento V. Assim, No ano de 964 a Igreja esteve sob o governo de dois Papas.
131º.- João XIII; Itália; 965 - 972.
132º.- Bento VI (ou Benedito VI); Itália; 973 - 974.
133º.- Bento VII (ou Benedito VII); Itália; 974 - 983.
134º.- João XIV (Pietro Canepanova); Itália; 983 - 984.
135º.- João XV; 985 - 996.
136º.- Gregório V (Bruno da Caríntia); Alemanha; 996 - 999.
137º.- Silvestre II (Gelbert); França; 999 - 1003.
138º.- João XVII (Giovanni Sicco); Itália; 1003 (7 meses).
139º.- João XVIII (Fasano); Itália; 1003 - 1009.
140º.- Sérgio IV (Pietro Buccaporci); Itália; 1009 - 1012.
141º.- Bento VIII (ou Benedito VIII); Itália; 1012 - 1024.
<> Henrique, Imperador da Alemanha, recebeu a coroa imperial das mãos do Papa Bento VIII. Com a morte de Henrique, a imperatriz Conegundes apresentou-se com toda a pompa no convento de Kaufungen, que fundara, onde numa missa solene se desfez dos ornatos que trazia, e recebeu do Bispo um hábito feito pelas próprias mãos. Quinze anos viveu santamente como religiosa naquele convento. No ano de 1200 foi elevada aos altares. Sua canonização foi proclamada pelo Papa Inocêncio III.
142º.- João XIX; Itália; 1024 - 1032.
143º.- Bento IX, ou Benedito IX (Teofilato); Itália; 1032 - 1044 (c.)
144º.- Silvestre III (João); Itália; 1045 (2 meses)
145º.- Bento IX (ou BeneditoIX); 1045 (2 meses), pela segunda vez; deposto Itália; 973 - 974.
146º.- Gregório VI (Giovani Graziano); Itália; 1045 - 1046.
147º.- Clemente II (Suidger, lorde de Morsleben e Hornburg); Alemanha; 1046 - 1047
148º.- Bento IX (ou Benedito IX); 1047 - 1048, pela terceira vez, assume o Pontificado.
149º.- Dâmaso II (Poppo); Alemanha; 1048 (2 meses)
150º.- São Leão IX (Bruno de Egishein); Alemanha; 1049 - 1054.
<> Eleito por decisão de membros do clero e governantes. Havendo três pretendentes à tiara pontifícia, foi convocado o congresso de Worms, ao qual compareceu grande número de Bispos, Prelados, Príncipes e embaixadores, com o fim de dar um novo Papa à Cristandade, afastando assim o perigo de um cisma. Ao final do seu pontificado (1054), o patriarca Miguel Cerulário não aceitou as determinações do Papa sobre o rito latino, separando-se da Igreja Católica, o que foi seguido pela maior parte da Igreja Oriental. São Leão foi perseguido e preso pelos normandos e naquele mesmo ano, adoeceu gravemente e faleceu em Roma.
151º.- Vitor II (Gebhard); Alemanha; 1055 - 1057.
152º.- Estevão IX (Fréderic); França; 1057 - 1058.
153º.- Bento X , ou Benedito X (João Mincius, bispo de Velletri); França; 1058 - 1059.
154º.- Nicolau II (Gérard de Bourbogne); França; 1059 - 1061.
155º.- Alexandre II (Anselmo do Baggio); Itália; 1061 - 1073.
156º.- São Gregório VII (Ildebrando di Soana); Itália; 1073 - 1085.
<> Triunfou na luta contra a questão das investiduras e simonia, além de iniciar dura campanha para instituição do celibato clerical, fato que culminou na excomunhão de bispos e padres casados. No pontificado do Papa Inocêncio II (1130) o celibato foi definitivamente instituído.
157º.- Vitor III (Daufério, Desidério); Itália; 1086 - 1087.
157º.- Urbano II , França(Odon de Lagny);
159º.- Pascoal II (Raniero di Bieda); Itália; 1099 - 1118.
160º.- Gelásio II (Gian di Gaeta); Itália; 1118 - 1119.
161º.- Calixto II (Guy de Borgonha); França; 1119 - 1124.
162º.- Honório II (Lambert Flagano); França; 1124 - 1130.
163º.- Inocênio II ; Itália; 1130 - 1143 (Instituído o celibato no clero).
164º.- Celestino II (Guido de Castelo); Itália; 1143 - 1144.
165º.- Lúcio II (Geraldo Caccianemici); Itália; 1144 - 1145.
166º.- Eugênio III (Bernardo de Montemagno); Itália; 1145 - 1153.
167º.- Anastácio IV (Conrado de Subura); Itália; 1153 - 1154.
168º.- Adriano IV (Nicholas Breakspear); Inglaterra; 1154 - 1159.
169º.- Alexandre III (Rolando Bandinelli); Itália; 1159 - 1181.
170º.- Lucio III (Ubaldo Allucingoli); Itália; 1181 - 1185.
171º.- Urbano III (Uberto Crivelli); Itália; 1185 - 1187.
172º.- Gregório VIII (Alberto de Morra); Itália; 1187 (2 meses).
173º.- Clemente III (Paolo Scolari); Itália; 1187 - 1191.
174º.- Celestino III (Giacinto Bobo); Itália; 1191 - 1198.
175º.- Inocêncio III (Lotario de Segni); Itália; 1198 - 1216.
176º.- Honório III (Cencio Savelli); Itália; 1216 - 1227.
177º.- Gregório IX (Ugo, conde de Segni) ; Itália; 1227 - 1241.
178º.- Celestino IV (Goggredo Castiglioni); Itália; 1241 (2 meses).
179º.- Inocêncio IV (Sinibaldo Fieschi); Itália; 1243 - 1254.
180º.- Alexandre IV (Rolando de Segni); Itália; 1254 - 1261.
181º.- Urbano IV (Jacques de Pantaléon); França; 1261 - 1264.
<> Cruzada na Alemanha e na Boêmia - Contemporâneo de S. Alberto Magno - 15/11
182º.- Clemente IV (Guy Foulques); França; 1265 - 1268.
183º.- Gregório X (Tebaldo Visconti); Itália; 1271 - 1276.
184º.- Inocêncio V (Pierre de Tarentaise); Itália; 1276 (5 meses).
185º.- Adriano V (Ottobono Fieschi); Itália; 1276 (2 meses).
186º.- João XXI (Pedro Hispano); Portugal; 1276 - 1277.
187º.- Nicolau III (Gaetano Orsini); Itália; 1277 - 1280.
188º.- Martinho VI (Simon de Brion); França; 1281 - 1285.
189º.- Honório IV (Jacobus Savelli); Itália; 1285 - 1287.
190º.- Nicolau IV (Girolamo Masci); Itália; 1288 - 1292. (O conclave durou até 1294)
191º.- São Celestino V (Pietro di Morrono); Itália; 1294 (5 meses)
192º.- Bonifácio VIII (Benedeto Gaetano); Itália; 1294 - 1303.
193º.- Bento XI, ou Benedito XI (Niccolò Boccasini); Itália; 1303 - 1304.
194º.- Clemente V (Bertrand de Got) ; França ; 1305 - 1314.
195º.- João XXII (Jacques Duèse); França; 1316 - 1334.
196º.- Bento XII, ou Benedito XII (Jacques Fournier) França; 1334 - 1342.
197º.- Clemente VI (Pierre- Roger de Beaufort) França; 1342 - 1352.
198º.- Inocêncio VI (Etienne Aubert) França; 1352 - 1362.
199º.- Urbano V (Guilherme de Grimoard) França; 1362 - 1370.
200º.- Gregório XI (Pierre-Roger de Beaufort II) França; 1370 - 1378.
<> Os Papas , desde Clemente V, foram obrigados a estabelecer residência em Avinhão, na França, isto porque príncipes bandoleiros, não raras vezes franceses, atacaram a Igreja, apoderando-se de seus bens. Hostilidades de todo o tipo, guerras, crimes, violências, escândalos e heresias surgiram em conseqüência da vitória do Papa Gregório IX (1227 a 1241) que, corajosamente lutou contra os abusos do Estado contra a Igreja. Foi Henrique IV quem promoveu de forma acentuadíssima a venda de bispados e abadias a pessoas indignas. Ao ver perdido seu poder, os Papas sucessores amargaram a terrível vingança dos sequazes do imperador que, com o orgulho ferido, não aceitavam a perda do poder sobre a Igreja. Sob a influência pacificadora de Santa Catarina de Siena, o Papa Gregório XI restabeleceu a Santa Sé em Roma, fato que gerou séria divergência entre Cardeais Italianos e franceses. Logo após sua morte, o Papa Urbano VI foi legitimamente eleito, mas os franceses elegeram outro papa cognominado "Clemente VII", residente em Avinhão (Ver nota em Urbano VI). O mau exemplo e insubordinação de príncipes e prelados, instigou o povo à entrega de novas heresias que já despontavam e que iriam culminar posteriormente no levante do protestantismo através de seus propugnadores: Lutero, na Alemanha; Zwinglio, na Suíça; Calvino, na França e Holanda; e Henrique VIII, na Inglaterra.
201º.- Urbano VI (Bartolomeo Prignano) Itália; 1378 - 1389.
<> Início do grande Cisma do Ocidente
<> Cardeais franceses, não se conformando com as medidas rigorosas e severas do Papa Urbano VI, procederam a eleição de um anti-papa, que adotando o nome de "Clemente VII", fixou residência novamente em Avinhão, na França. Ao contrário da versão de muitos historiadores, não houve, nesse período, dualidade de papas, já que Urbano VI foi eleito legitimanente, além do que a Igreja só reconhece no Papa de nome Clemente VII, Giulio de Medici, que governou a Igreja de 1523 a 1534. Este foi um período marcado por sérias tribulações. Membros do clero e do povo católico dividiram-se entre opiniões diversas e o fogo da rebeldia alastrou-se nutrido por diversas inconveniências. Aqui deu-se o que ficou conhecido como o "Cisma do Ocidente".
<> Foi o Papa Urbano VI quem prescreveu a festa da apresentação de Nossa Senhora
202º.- Bonifácio IX (Pietro Tomaselli) Itália; 1389 - 1404.
<> Durante este pontificado o cardeal Pedro de Luna assumiu como sucessor do anti-papa Clemente VII, que faleceu em 1394. Pedro de Luna, cognominado Bento XIII (ou Benedito XIII), governou como anti-papa até o pontificado do Papa Gregório XII. Tinha estreito relacionamento com São Vicente Ferrer, que grande luta travou para o fim do grande cisma. Apesar de reconhecer em Bento XIII (ou Benedito XIII) sua autoridade eclesiástica na qualidade de cardeal, instou para que renunciasse a autoridade pontifícia, mas não obteve êxito e, por este motivo, São Vicente preferiu retirar-se do palácio recusando as dignidades hierárquicas que repetidamente lhe foram oferecidas. O anti-papa Bento XIII viria a ser destituído no ano de 1417, pontificado de Gregório XII, por ocasião das determinações firmadas no Concílio de Constança.
203º.- Inocêncio VII (Cosimo Migliorati) Itália; 1404 - 1406.
204º.- Gregório XII (Angelo Correr) Itália; 1406 - 1415.
<> Fim do grande Cisma do Ocidente
O Papa Gregório XII convoca, em 1414, o Concílio de Constança. Para pôr ordem na hierarquia da Igreja, baixa o decreto Sacrossanta que determina a supremacia do concílio sobre o Papa e condena a doutrina herética de Jan Huss, pondo fim definitivamente ao grande cisma. No mesmo ato, renuncia ao legítimo pontificado, tendo em seguida sido destituído Bento XIII (ou Benedito XIII). A mesmo tempo o anti-papa autoproclamado João XXIII, que havia assumido tal condição na Alemanha, foi detido e em seguida também destituído (Não confundir com Angelo Giuseppe Roncalli, legítimo João XXIII). Tais fatos foram se desenrolando até novembro de 1417, quando a eleição devolveu ao cristianismo um único e legítimo pontífice: Odomo Colonna, que adotou o nome de Martinho V. Segundo consta, cerca de 80 mil católicos estavam presentes e comemoraram a eleição do novo Papa.
205º.- Martinho V (Odomo Colonna) Itália; 1417 - 1431
206º.- Eugênio IV (Gabriel Condulmaro) Itália; 1431 - 1447.
207º.- Nicolau V (Tomaso Parentucelli) Itália; 1447 - 1455.
208º.- Calixto III (Alfonso Borgia) Itália; 1455 - 1458.
209º.- Pio II (Enea Silvio Piccolomini) Itália; 1458 - 1464.
<> Canonizou São Vicente Ferrer
210º.- Paulo II (Pietro Barbo) Itália; 1464 - 1471.
211º.- Xisto IV (Francesco Della Rovere) Itália; 1471 - 1484.
212º.- Inocêncio VIII (Giovanni Battista Cibo) Itália; 1484 - 1492.
213º.- Alexandre VI (Rodrigo Borgia) Espanha; 1492 - 1503.
214º.- Pio III (Francesco Todeschini Piccolomini) Itália; 1503 (2 meses).
215º.- Julio II (Giuliano della Rovere) Itália; 1503 - 1513.
216º.- Leão X (Giovanni de Medici) Itália; 1513 - 1521.
<> Neste Pontificado Lutero rebela-se. Início do protestantismo.
217º.- Adriano VI (Adriano Florenza Dedal) Holanda; 1522 - 1523.
218º.- Clemente VII (Giulio de Medici) Itália; 1523 - 1534.
219º.- Paulo III (Alessandro Farnese) Itália; 1534 - 1549.
<>Convocado o Concílio de Trento.
220º.- Julio III (Giovanni Maria Ciocchi del Monte) Itália; 1550 - 1555.
<> Término do Concilio de Trento. A "contra reforma" já deflagrada por Leão X toma impulso a partir daqui.
221º.- Marcelo II (Marcello Cervini ) Itália; 1555 (2 meses).
222º.- São Paulo IV (Gian Pietro Carafa - São João Pedro Carafa) Itália; 1555 - 1559.
<>Trinta anos antes de assumir o governo da Igreja (pontificado de Clemente VII), havia fundado a Congregação da Divina Providência junto com São Caetano de Thiene. Defendeu a Igreja na época do levante protestante, representando uma das primeiras colunas da reação católica ao movimento protestante
223º.- Pio IV (Giovani Angelo de Medici) Itália; 1559 - 1565.
(Tio de São Carlos Borromeu - 04/11)
224º.- São Pio V (Antonio Chislieri) Itália; 1565 - 1572.
225º.- Gregório XIII (Ugo Boncompagni) Itália; 1572 - 1585
226º.- Xisto V (Felipe Peretti) Itália; 1585 - 1590.
227º.- Urbano VIII (Giovanni Battista Cestagna) Itália; 1590 (1 mês).
228º.- Gregório XIV (Niccolò Sfondrati) Itália; 1590 - 1591.
229º.- Inocêncio IX (Giovanni A. Facchinetti) Itália; 1591 (2 meses).
230º.- Clemente VIII (Ippolito Aldobrandini) Itália; 1592 - 1605.
231º.- Leão XI (Alessandro de Medici) Itália; 1605 (1 mês).
232º.- Paulo V (Camilo Borghese) Itália; 1605 - 1621.
233º.- Gregório XV (Alessandro Ludovis) Itália; 1621 - 1623.
(Canonizou São Francisco Xavier - 03/12)
234º.- Urbano VIII (Maffeo Barberini) Itália; 1623 - 1644.
235º.- Inocêncio X (Giovanni Battista Pamphili ) Itália; 1644 - 1655.
236º.- Alexandre VIII (Fabio Chigi) Itália; 1655 - 1667.
237º.- Clemente IX (Giulio Rospigliosi) Itália; 1667 - 1669.
238º.- Clemente X (Emilio Altieri) Itália; 1670 - 1676.
239º.- Inocêncio XI (Benedito Odescalchi) Itália; 1676 - 1689.
240º.- Alexandre VIII (Pietro Vito Ottoboni) Itália; 1689 - 1691.
241º.- Inocêncio XII (Antonio Pignatelli) Itália; 1691 - 1700.
242º.- Clemente XI (Giovanni Francesco Albani) Itália; 1700 - 1721.
243º.- Inocêncio XIII (Michelangelo dei Conti) Itália; 1721 - 1724.
244º.- Bento XIII, ou Benedito XIII (Pietro Francesco Orsini) Itália; 1724 - 1730.
245º.- Clemente XII (Lorenzo Corsini) Itália; 1730 - 1740.
246º.- Bento XIV, ou Benedito XIV (Prospero Lambertini) Itália; 1740 - 1758.
247º.- Clemente XIII (Carlo Rezzonico) Itália; 1758 - 1769.
248º.- Clemente XIV (Giobanni Vincenzo Ganganelli) Itália; 1769 - 1774.
<> Desfez a companhia de Jesus por causa da perseguição.
249º.- Pio VI (Giovanni Angelo Braschi) Itália; 1775 - 1799.
250º.- Pio VII (Barnaba Chiaramonti) Itália; 1800 - 1823.(L P. 491 (24/05)
251º.- Leão XII (Annibale della Genga) Itália; 1823 - 1829. (Interno: vincular vicente0101)
253º.- Pio VIII (Francesco Saverio Castiglioni) Itália; 1829 - 1830.
<> Neste pontificado deu-se a aparição de Nossa Senhora à Santa Catarina de Labouré, ordenando que fosse cunhada a Medalha Milagrosa.
252º.- Gregorio XVI (Bartolomeo Alberto Cappelari) Itália; 1831 - 1846.
<> aprovou e abençoou a Medalha Milagrosa
254º.- Pio IX (Giovanni Mastai Ferreti) Itália; 1846 - 1878.
<> Segundo maior pontificado da história (31 anos, sete meses e meio) . O primeiro lugar pertence a São Pedro (37 anos) e o terceiro, do Papa João Paulo II (25 anos, cinco meses e um dia - em 14/03/04, quando superou Leão XIII)<> Fundada a Associação das Filhas de Maria em 20/06/1847 por
Santa Catarina Labouré, a quem Nossa Senhora trasmitiu a Medalha Milagrosa.
<> Instituido o Dogma da Imaculada Conceição em 1854.
<> Instituído o Dogma da Infalibilidade do Papa.
<> Aparição de Nossa Senhora em Lourdes no ano de 1858, à Santa Bernardete
255º.- Leão XIII (Gioacchino Pecci) Itália; 1879 - 1903.
<> Instituiu a 23/07 /1894 a festa da Medalha Milagrosa.
256º.- São Pio X (Giuseppe Melchiorre Sarto) Itália; 1903 - 1914.
<> Concedeu 100 dias de indulgência de cada vez que se diga : "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós", invocação esta impressa na Medalha Milagrosa.
<> Instituiu em 08/06/1909 a Associação da Medalha Milagrosa.
<> Início do processo de beatificação de Santa Bernadete Soubirous
257º.- Bento XV, ou Benedito XV (Giacomo della Chiesa) Itália; 1914 - 1922.
258º.- Pio XI (Achille Ratti) Itália; 1922 - 1939.
<> Por decreto de 16 de julho de 1930 proclamou a Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. {Ver hist.e S. leonardo (28/11)}
<> Em 14/07/1925 Santa Bernadete Soubirous é proclamada bem-aventurada e,
no mesmo pontificado, 02/07/1933, canonizada.
<> Por decreto de 16 de julho de 1930 proclamou a Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. {Ver hist.e S. leonardo (28/11)}
<> Em 14/07/1925 Santa Bernadete Soubirous é proclamada bem-aventurada e,
no mesmo pontificado, 02/07/1933, canonizada.
259º.- Pio XII (Eugenio Pacelli) Itália; 1939 - 1958.
<> Instituído o Dogma da Assunção de Nossa Senhora
<> Em 27/07/1947 Santa Catarina Labouré é canonizada
260º.-João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli) Itália; 1958 - 1963.
261º.- Paulo VI (Giovanni Battista Montini) Itália; 1963 - 1978.
262º.- João Paulo I (Albino Luciani) Itália; 1978 (33 dias).
263º.- João Paulo II (Karol Wojtyla) Polônia; 1978 - 2005.
<> No Dia 14 de março de 2004, o Papa João Paulo II, com 25 anos, cinco meses e um dia, superou, em tempo, o pontificado do Papa Leão XIII, sendo então o terceiro pontificado mais longo da história, precedido apenas por São Pedro (37 anos) e Por Pio IX (31 anos).
<> Leia o testamento do Papa João Paulo II (versões português e original em italiano)
264º.- Bento XVI, ou Benedito XVI (Joseph Ratzinger) Alemanha, 19 de abril 2005.
Alexandre VI (1492-1503). Rodrigo Borgia (na verdade Borja) nasceu na Espanha em Játiva, em 1431. Estudou direito em Bolonha, Itália. Seu tio, o bispo de Valência (depois cardeal) orientou sua educação. e, eleito papa Calixto III. fez dele Cardeal em 1456 e deu-lhe meios fáceis de enriquecimento. Viveu a vida mundana de um príncipe da Renascença, apesar de censurá-lo Pio II. Era um patrono das artes e inteiramente despreocupado, ao que parece, de questões filosóficas ou mesmo da especulação teológica. Foi eleito Papa Alexandre VI em 1492 com grande aclamação do povo de Roma. Continuou com vigor a guerra contra os Turcos, sempre uma ameaça a partir de Constantinopla. Combateu Carlos VIII que invadiu a Itália reivindicando o reino de Nápoles em 1494, e ameaçou depô-lo.
Isolado politicamente, Alexandre VI pediu ajuda ao inimigo, o soberano turco Bayezud II, de que não chegou a precisar porque Carlos VIII quando atingiu Roma, em 1495 prestou-lhe obediência. Recusou-se porém a apoiar a pretensão francesa ao trono de Nápoles. Fez aliança com o Imperador do Sacro Império Romano para expulsar os franceses da Itália. Fez cardeais seu filho César e a Alessandro Farnese, irmão de Giulia la Bella, sua favorita, que viria a ser o Papa Paulo III. Sua filha Lucrécia ficou personagem famosa por seus romances e envolvimento com assassinatos.
Os excessos do Papa Alexandre VI foram publicamente condenados pelo frei dominicano Girolamo Savonarola, que pedia sua deposição e a reforma da Igreja, e assumiu o controle político de Florença em 1494, caindo em 1498. O papa conseguiu o apoio de teólogos e homens influentes para sustentar o papado. O filho César renunciou ao cardinalato em 1498 e casou com Charlotte D`Albret para cimentar a aliança papal com Luís XII, que obtivera também do papa a anulação de seu casamento. Através de uma política de sitiar cidades e de assassinatos políticos Cesar Borgia assumiu o controle do Norte da Itália. Admirado por Niccolò Machiavelli, foi por este tomado como modelo em seu livro clássico sobre política O Príncipe.
Alexandre VI fez ainda aliança com a Espanha para a luta contra os franceses, dando oficialmente a Fernando e Isabel o título de Soberanos Católicos. Negociou o Tratado de Tordesilhas (1494) que dividiu o novo mundo entre Portugal e Espanha. Como patrono das Artes, Alexandre VI criou um centro para a Universidade de Roma, restaurou o Castelo de Sant`Angelo, construiu o palácio da Chancelaria Apostólica e convenceu Michelangelo a desenhar o projeto para reconstrução da Basílica de São Pedro. Proclamou o ano de 1500 Ano Santo de Jubileu e promoveu festividades com grande pompa. Faleceu com todos os sacramentos em Roma, em Agosto de 1503.
2007-05-24 10:01:10
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answer #8
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answered by Anonymous
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