Amigo, o lúpus é uma doença auto-imune. Seu início em geral se dá por um quadro constituído por febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento e astenia, ao qual se juntam artralgias, manifestações cutâneas (eritema acompanhado ou não de lesões papulares em forma de asa de borboleta no dorso do nariz e nas regiões malares), lesões purpúricas (mais freqüentemente tipo petéquias), alopécia, úlceras em pernas e vasculites. Em muito indivíduos há manifestações cardiovasculares na forma de pericardite ou comprometimentos valvares (ao exame físico pode ser encontrados importantes sinais semiológicos como atrito pericárdico e sopros orgânicos). A lesão renal também é muito freqüente podendo ter proporções leves como em uma glomerulonefrite focal (traduzida por hematúria, proteinúria e cilindrúria) , até formas mais graves da síndroma nefrótica. Outras manifestações incluem a presença de hepatoesplenomegalia, corpúsculos citóides com alterações visuais, convulsões, polineuropatia, derrames cavitários, anemia hemolítica, etc ...
Espero ter respondido à sua pergunta.
2007-05-15 16:08:47
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answer #1
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answered by lilinha32 7
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O Lúpus Eritematoso Sistêmico consiste em uma doença auto-imune, ou seja, decorrente de produção de anticorpos contra tecidos do próprio organismo. Os sintomas irão depender, em muito, do órgão atingido (pele, coração, rins, fígado, articulações, sistema nervoso), podendo haver acometimento concomitante de mais de um órgão. Leia o texto abaixo, extraído do "Manual Merck de Saúde para a Família":
- Lúpus Eritematoso Sistêmico
O lúpus eritematoso sistêmico (lúpus) é uma doença auto-imune caracterizada por episódios de inflamações de articulações, tendões e outros tecidos conjuntivos e órgãos. Os tecidos e órgãos que inflamam variam de paciente para paciente e a gravidade da doença varia de um quadro discreto até um quadro debilitante, dependendo da quantidade e da variedade dos anticorpos presentes e dos órgãos afetados. Cerca de 90% dos indivíduos com lúpus são mulheres com idade entre 20 e 30 anos, mas as crianças, sobretudo as meninas, e os homens e as mulheres idosos também podem ser afetados. Ocasionalmente, certas drogas para o coração (p.ex., hidralazina, procainamida e beta-bloqueadores) causam uma síndrome semelhante ao lúpus (lupus-like), a qual, no entanto, desaparece assim que a droga é suspensa.
- Sintomas
A quantidade e variedade de anticorpos que podem surgir no lúpus são maiores que em qualquer outra doença e esses anticorpos – juntamente com outros fatores desconhecidos – determinam quais são os sintomas que se desenvolverão. Portanto, os sintomas – e sua severidade e gravidade – variam enormemente de paciente para paciente.
O lúpus pode ser bastante leve ou devastador, incapacitante ou fatal. Por exemplo, nos indivíduos que apresentam anticorpos que afetam apenas a pele, os sintomas cutâneos podem ser discretos (casos em que a mera proteção da pele contra a luz solar é capaz de evitá-los) ou graves e desfigurantes. Como os sintomas variam bastante, o lúpus pode assemelhar-se a muitas outras doenças. Por exemplo, o tecido conjuntivo das articulações é comumente afetado no lúpus e a artrite resultante pode ser semelhante à artrite reumatóide. Quando o cérebro é afetado, o lúpus também pode assemelhar-se à epilepsia ou a alguns distúrbios psicológicos. Embora o lúpus possa ser crônico e constante, ele geralmente apresenta exacerbações intermitentes.
O que desencadeia uma exacerbação do lúpus em indivíduos predisposto comumente não é conhecido, apesar da luz solar parecer ser um dos fatores responsáveis. O lúpus pode se iniciar com febre; esta pode ser elevada e de início súbito ou o indivíduo pode apresentar episódios febris e uma sensação de mal-estar geral que vêm e vão, algumas vezes durante anos. Cerca de 90% dos indivíduos com lúpus apresentam inflamações articulares, as quais variam de uma sensação leve de dor até a artrite grave de diversas articulações. Os demais sintomas podem ser precedidos por anos de sintomas articulares. De fato, muitos indivíduos com lúpus lembram ter sentido dores relacionadas ao crescimento quando crianças. A inflamação articular persistente pode causar deformidade e lesão permanente da articulação e dos tecidos circunjacentes, mas o osso não sofre erosão como ocorre na artrite reumatóide. As erupções cutâneas são comuns e, freqüentemente, localizam-se na face, no pescoço, na parte superior do tórax e nos cotovelos. A mais característica é uma erupção vermelha em forma de borboleta localizada transversalmente à ponte nasal e estendendo-se às bochechas. Pode ocorrer a formação de protuberâncias circulares. Essas erupções cutâneas raramente formam bolhas ou ficam em “carne viva”. Também são comuns as lesões na boca. Podem surgir áreas moteadas, de coloração roxo-avermelhada, na borda das palmas das mãos e sobre os dedos. Em torno das unhas, pode ocorrer edema e hiperemia (a pele torna-se avermelhada). A perda de pelos é comum nos casos de doença ativa. Em aproximadamente 50% dos indivíduos com lúpus, a pele é extremamente sensível à luz e o indivíduo pode queimar-se com facilidade ou pode apresentar uma erupção cutânea após a exposição à luz solar.
Ocasionalmente, ocorre uma inflamação e um acúmulo adicional de líquido nas membranas que envolvem os pulmões. Essa inflamação (pleurisia) pode tornar a respiração profunda difícil. O líquido pode acumular-se no saco que envolve o coração, acarretando a pericardite, a qual pode provocar dor torácica constante e intensa. As crianças, os adultos jovens e os indivíduos da raça negra com lúpus costumam apresentar linfonodos aumentados de volume por todo o corpo e, cerca de 10% dos indivíduos com lúpus, apresentam um baço mais volumoso. Algumas vezes, o sistema nervoso é afetado, causando cefaléia, alterações de personalidade, convulsões e sintomas que assemelham-se aos da demência (p.ex., dificuldade de raciocinar com clareza). Os acidentes vasculares cerebrais (derrames cerebrais) ocorrem com menor freqüência.
A presença de proteínas ou de eritrócitos (glóbulos vermelhos, hemácias) na urina, detectada através de exames laboratoriais, indicam uma lesão renal causada pela glomerulonefrite – inflamação dos rins –, a qual é uma complicação comum do lúpus eritematoso sistêmico. Quando ela é grave, o indivíduo apresentará uma doença renal progressiva, a pressão arterial poderá tornar- se perigosamente elevada e o indivíduo poderá desenvolver uma insuficiência renal, a qual pode ser fatal. A detecção precoce e o tratamento da lesão renal em indivíduos com lúpus reduzem a incidência de uma doença renal grave.
- Características do Lúpus
• Erupção facial
• Erupção cutânea
• Sensibilidade à luz solar
• Lesões na boca
• Acúmulo de líquido em torno dos pulmões, do coração ou de outros órgãos
• Artrite
• Disfunção renal
• Contagem leucocitária ou de plaquetas baixa
• Disfunção nervosa ou cerebral
• Exame de sangue positivo para anticorpos antinucleares, acompanhado algumas vezes pelo resultado positivo de um exame mais específico para anticorpos anti-DNA
• Anemia.
- Diagnóstico
O diagnóstico do lúpus eritematoso baseia-se principalmente nos sintomas, especialmente quando estes ocorrem em uma mulher jovem. Devido à ampla gama de sintomas, pode ser difícil diferenciar o lúpus de outras doenças similares. Os exames laboratoriais podem ajudar na confirmação do diagnóstico. Um exame de sangue pode detectar a presença de anticorpos antinucleares, os quais estão presentes em praticamente todos os indivíduos com lúpus. No entanto, esses anticorpos também estão presentes em outras doenças. Por essa razão, se for detectada a presença de anticorpos antinucleares, também deve ser realizado um exame que verifique a presença de anticorpos anti-DNA de cadeia dupla. Uma concentração elevada desses anticorpos é praticamente específica do lúpus, mas nem todos os indivíduos com lúpus apresentam esses anticorpos.
A dosagem da concentração do complemento (um grupo de proteínas que fazem parte do sistema imune) e a detecção de outros anticorpos podem ser realizadas com o objetivo de se prever a atividade e a evolução da doença. A lesão renal causada pelo lúpus pode ser detectada por meio de exames de sangue e de urina. Algumas vezes, deve ser realizada uma biópsia renal para auxiliar o médico na elaboração do plano terapêutico.
2007-05-17 05:43:55
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answer #2
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answered by carvalhoclinico 5
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Esta é uma doença multissistêmica, de causa desconhecida, que acomete preferencialmente mulheres jovens. Pode afetar praticamente qualquer órgão do corpo, e por isso os sintomas são extremamente variados. Pode afetar a pele (manchas vermelhas, perda de cabelos? articulações (artrite), coração (cardite, pericardite, endocardite), cérebro (encefalite, dando convulsões, alterações do comportamento, psicose), rins (nefrite, levando a insuficiência renal, hipertensão, edemas), olhos (esclerite, episclerite), garganta (úlceras), pleuras (pleurite, derrame pleural), febre, perda de peso, insisposição, depressão, vasos arteriais (arterite), etc.
2007-05-15 22:49:19
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answer #3
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answered by Falco 7
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Olá
Os sintomas mas comuns são:mal estar, febre, fadiga,emagrecimento, falta de apetite,podem ocorrer dores articulares,muscular, aparecer manchas vermelhas e urticaria(erupção de vergões vermelhos na pele que podem ter o diâmetro de 5 mm ou mais, coçam bastante e geralmente têm borda pálida.)
As alterações mas frequentes são na pele e articulação, porem isso varia de pessoas pra pessoas, uma pode ter todos sintomas e outras somente alguns
Espero ter ajudado!!
2007-05-15 18:03:19
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answer #4
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answered by Anonymous
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O Lúpus Eritematoso Sistemico pode ser encarado como o grande representante de um grupo amplo de doenças que se caracterizam pela produção de anticorpos contra as células do próprio organismo (autoanticorpos).
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica de causa desconhecida que causa alterações no sistema imunológico (rede complexa de órgãos, tecidos, células e substâncias que encontram-se na circulação sanguínea e que tem a função de nos proteger de "agentes estranhos").
Uma pessoa com LES desenvolve anticorpos que reagem contra as suas células normais, tornando-se "alérgica" a ela mesma.
O Lúpus é uma doença auto-imune e seus "portadores" são predominantemente mulheres. Não é contagiosa nem infecciosa e varia enormemente de um paciente a outro.
Caracteriza-se por períodos em que manifesta-se e por períodos em que fica "escondida". Esses períodos podem durar semanas, meses ou anos. E também vale ressaltar que alguns pacientes nunca desenvolvem complicações severas.
Síntomas Gerais
A fadiga costuma ser o principal sinal de recaída iminente. A maioria das pessoas apresenta febre contínua ou intermitente, perda de peso, mal-estar e queda do estado geral. Independente da forma clínica de manifestação, a grande maioria dos doentes tem períodos de exacerbações intercalados por períodos de relativa melhora ou mesmo de inatividade.
* A lesão mais comum é o eritema facial em asa de borboleta, também chamado Rash Malar, mas praticamente qualquer tipo de lesão de pele pode ocorrer no LES. As mais freqüentes são o eritema máculo-papular, a lesão discóide e o lúpus subagudo. Um terço desses pacientes referem fotossensibilidade. As úlceras orais e a vasculite cutânea ocorrem em aproximadamente 20% dos pacientes e são sinais importantes de atividade de doença. A alopecia ocorre na maioria dos pacientes e a forma mais comum é a difusa.
* Tratamento: Fotoprotetor e Difosfato de cloroquina. O corticóide e imunossupressores só estão indicados nas lesões mais graves.
Articular
* Artralgia ou artrite são as manifestações mais frequentes do LES. Acometem pequenas articulações com maior frequência, têm padrão simétrico e em geral poupam a coluna. As deformidades são pouco frequentes e as erosões no Raio X são muito raras. Outra condição que conduz á dor articular é a necrose asséptica.
* Tratamento: Anti-inflamatórios não hormonais e difosfato de cloroquina.
Sistema cardiovascular
* As manifestações (em geral subclinicas), ocorrem em 50% dos pacientes. As mais frequentes são a pericardite ou derrame pericárdico. A miocardite é mais rara, e usualmente se apresenta como arritmia.
* Tratamento: Anti-inflamatórios não hormonais ou corticóide, dependendo da gravidade.
Sistema Respiratório
* A pleurite é o sintoma pulmonar mais comum. O derrame pode ocorrer em até 50% dos pacientes e a dor pleural em 70%. A pneumonite lúpica é mais rara, e o diagnóstico requer uma rigorosa exclusão de outras causas.
* Tratamento: Anti-inflamatórios não hormonais, corticóided e imunossupressores, dependendo da gravidade.
Sistema Hematológico
* A anemia ocorre em 50% dos pacientes. A maioria é do tipo "doença crônica", em aproximadamente 10% dos pacientes assume a forma hemolítica. A leucopenia e a linfopenia são frequentes, em especial durante as fases de atividade de doença. A trombocitopenia leve ocorre em 1/3 dos pacientes.
* Tratamento: Corticóides e/ou imunossupressores, dependendo da gravidade.
Rim
* Evidência clínica de lesão renal ocorre em pelo menos 50% dos pacientes. As lesões podem ser classificadas histologicamente por: mesangial, proliferativa focal, proliferativa difusa e membranosa. O quadro renal é um dos fatores importantes no prognóstico da doença.
* Tratamento: Corticóide e imunossupressor.
Os imunossupressores, particularmente a ciclofosfamida, são a droga de escolha para as formas graves de nefrite.
* As manifestações clínicas mais frequentes são convulsões, psicose, lesões de parenquima (AVC) e neuropatia periférica. Podem ocorrer alterações de personalidade e depressão. A gravidade das lesões é também um fator importante no prognóstico da doença.
* Tratamento: Corticóides e imunossupressores, dependendo da gravidade.
2007-05-15 16:04:49
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answer #5
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answered by Kyrie eleison - Christe eleison 6
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