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1.1.1. Benefícios da Atividade Aeróbica
a) Sob o ponto de vista das transformações corporais - fisiológicas - a atividade física de baixa intensidade e longa duração contempla a musculatura cardíaca de forma a aumentar a cavidade denominada Ventrículo Esquerdo, responsável pela sístole (contração da musculatura responsável pelo bombeamento do sangue para toda a massa corporal). Assim, o exercício aeróbico contribui para a economia de trabalho do coração - um coração maior precisa trabalhar menos para possibilitar a circulação.
b) Outro efeito positivo dos exercícios aeróbicos é o fenômeno de destamponamento dos vasos sangüíneos. O nosso corpo possui milhares de capilares que encontram-se inativos ou trabalham abaixo da sua capacidade, o estímulo aeróbico nesse sentido, possibilita a abertura destes e, logicamente, uma melhor irrigação. Logo, com o aumento da irrigação assistimos a conseqüente diminuição da freqüência cardíaca.
c) Ainda, a atividade aeróbica impede o acúmulo de ácido láctico - resíduo da glicose quando o esforço muscular é muito intenso - dissolvendo-o e eliminando-o na corrente sangüínea.
d) E por último, talvez enfatizando o aspecto do ponto de vista estético, cabe à atividade aeróbica uma grande contribuição na diminuição do tecido adiposo - energia acumulada em forma de gordura. Logicamente, ao pensar na diminuição da taxa de gordura corporal podemos falar também no decréscimo dos níveis de gordura acumulados nas artérias, prevenindo de forma direta os acidentes cardiovasculares (ataques cardíacos).
No que diz respeito à diminuição da Freqüência Cardíaca (FC) - número de batidas do coração em um minuto - é fundamental compreender que espécie de melhoria nos traz a atividade aeróbica:
Ao destamponar os capilares (item b) e aumentar a capacidade de bombeamento de sangue (item a) teremos uma maior quantidade de sangue para percorrer um espaço maior, ou seja, com menor resistência. A melhor forma de analisar os resultados deste tipo de exercício consiste em mensurar a Freqüência Cardíaca poucos minutos após despertar - denominada FC Basal - e compará-la periodicamente.
Portanto, suponhamos que você tenha feito a mensuração da sua FC Basal hoje, após um período de três meses executando um programa de atividades aeróbicas haverá grandes possibilidades da diminuição da FC Basal em uma segunda mensuração. Dessa forma o seu sistema circulatório adaptou-se aos esforços solicitados e "aprendeu" a trabalhar com mais economia indicando uma melhora na condição física e na saúde.
Porém, não é qualquer esforço de caráter aeróbico que traz modificações significativas à FC. Existe uma margem de trabalho ideal para que a intensidade da atividade não supere os limites da sua capacidade, nem seja um esforço insuficiente para ocasionar mudanças.
A forma que está à nossa disposição para desvendar esse problema é a seguinte:
Efetuando-se o cálculo:
220 - idade = FC Máxima
Obtém-se a FC limite para qualquer espécie de trabalho, ou seja, qualquer que seja a atividade em questão a nossa FC não poderá ultrapassar a FC Máxima.
Mas, nossa margem de trabalho ideal compreende o piso de 60% da FC Máxima e o teto de 80% da FC Máxima.
Exemplo - Suponhamos que você tenha 16 anos:
220 - 16 = 204 60% de 204 = 122 80% de 204 = 163
Portanto, toda a sua atividade aeróbica deverá encontrar-se dentro desta Zona Alvo, de 122 a 163 batimentos por minuto, assim você assegurará transformações benéficas ao sistema cardiovascular.
Contudo, praticamente falando, é bastante complicado tomar a pulsação durante um minuto e contar até 160. Para facilitar essa medida o que se tem feito é a divisão de todos os valores por quatro, inclusive o tempo.
Logo, em 15 segundos de mensuração a sua FC deverá estar entre 30 e 40 batimentos para que a atividade aeróbica esteja desencadeando transformações consideráveis.
Insisto na idéia de que estes cálculos envolvem aproximações. Para que os dados correspondam à verdade científica seria necessária a utilização de equipamentos e recursos sofisticados disponíveis somente nos laboratórios de Fisiologia de alguns clubes e universidades.
Portanto, pelo exposto, podemos dizer que o início de qualquer programa de condicionamento físico sério deve compreender um adequado planejamento de atividades aeróbicas.
1.2. Resistência Anaeróbica
Como um dos itens responsáveis pela Aptidão Física relacionada à saúde podemos encontrar em algumas obras específicas a menção à resistência anaeróbica. Resistência anaeróbica é a capacidade de execução de determinada atividade com alta intensidade em curto espaço de tempo, na tabela das fontes energéticas (pag. 02) seria marcada até 25 minutos de duração. Esta definição precisa ser bem entendida. Imaginemos uma aula da conhecida Ginástica Aeróbica, onde os alunos executam uma seqüência de saltos alternando as pernas direita e esquerda - corrida no mesmo lugar - repentinamente o professor modifica o movimento solicitando a execução dos famosos polichinelos, nesse momento há uma mudança das fontes energéticas sob o ponto de vista da musculatura esquelética envolvida, neste caso os grupos solicitados agora são os deltóides (ombros) e a musculatura abdutora dos membros inferiores (coxas) iniciando um novo movimento temos o reinício do caminho para obtenção da energia, caracterizando o exercício como anaeróbico e não aeróbico como nos diz a mídia.
Portanto, a mesma atividade pode enfatizar a musculatura cardíaca de forma aeróbica e a musculatura esquelética de forma anaeróbica. Mas, é essa espécie de capacidade (anaeróbica) que traz as maiores transformações sob o ponto de vista da massa muscular.
A grande maioria das atividades realizadas pelo homem compreendem esforços anaeróbicos, de curta duração. Dentro das modalidades esportivas é bem mais fácil apontar aquelas aeróbicas (provas de fundo no atletismo, ciclismo, travessias na natação, cross-country) do que todas as demais anaeróbicas (lutas, provas de saltos, velocidade, arremessos, força, ginástica, esportes coletivos).
Contudo, as explicações não se limitam às características das modalidades, as características corporais também diferem entre os atletas que disputam uma determinada modalidade, isso se deve às diferenças físicas representadas, principalmente, pelas fibras musculares.
O corpo humano pode apresentar dois tipos básicos de fibras musculares embora existam cinco subtipos: fibras de contração rápida (fibras brancas, aptas ao trabalho intenso) e fibras de contração lenta (fibras vermelhas, aptas ao trabalho de longa duração). Assim, a pessoa possuidora de uma grande porcentagem de fibras de contração rápida provavelmente será um indivíduo de grande força física e de possível sucesso em provas anaeróbicas. Já a aqueles possuidores de grandes porcentagens de fibras de contração lenta serão os mais aptos às provas aeróbicas, longas e que exigem resistência cárdio-respiratória. Esses conceitos desvendam as diferenças óbvias entre os lutadores e os maratonistas, entre os fisiculturistas e os ciclistas.
2007-04-16 04:50:52
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answer #1
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answered by Ricardão 7
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