Revista Catolicismo, Nº 635 Novembro/2003
A "canonização" de um guerrilheiro
Wilson Gabriel da Silva
Che Guevara, "santo" da Teologia da Libertação, guerrilheiro comparsa de Fidel Castro na implantação em Cuba do comunismo, regime que reduziu a infeliz ilha do Caribe a uma situação de extrema pobreza
Para o dominicano Frei Betto, assessor da Presidência da República, "nossos heróis não são reis e homens que se destacaram à frente de guerras, mas sim figuras libertárias como Bolívar, [...] Martí, Sandino e Che Guevara". Um dos protagonistas salientes do famoso ?caso Marighela?, Frei Betto não esconde os laços que vinculam a esquerda petista ao comunismo, quando afirma: "Aqueles que [...] construíram o movimento social e político que levou Lula à Presidência da República bem sabem o que significa a Revolução Cubana para nós latino-americanos".(1)
A proclamação revolucionária desse ativista da Teologia da Libertação vai ainda mais longe em outro documento, a Carta a Che Guevara.(2) Nela Frei Betto lamenta "tantas derrotas e erros" do socialismo marxista no Continente, por não ter tido o ardor do guerrilheiro argentino-cubano morto na Bolívia em 1967. Mas saúda como uma das "conquistas importantes ao longo desses trinta anos" o ter-se engendrado a Teologia da Libertação. " Extraímos consideráveis lições das guerrilhas urbanas dos anos 60, da breve gestão popular de Salvador Allende; [...] da ascensão e queda da Revolução Sandinista".
Entre essas "conquistas", inclui a ascensão do PT ao governo com a eleição de Lula. E prossegue em tom patético: ?Há muito a fazer, querido Che. Preservamos com carinho tuas maiores heranças: o espírito internacionalista e a Revolução Cubana. Uma e outra coisa hoje se intercalam como um só símbolo. Comandada por Fidel, a Revolução cubana resiste ao bloqueio imperialista, à queda da União Soviética?.
A essa proclamação de ?fé? na revolução atéia, Frei Betto acrescenta sua oração ao "santo" guerrilheiro:
"De onde estás, Che, abençoes [sic] todos nós que comungamos teus ideais e tuas esperanças. Abençoes também os que se cansaram, se aburguesaram ou fizeram da luta uma profissão em benefício próprio. Abençoes os que têm vergonha de se confessar de esquerda e de se declarar socialistas". E conclui que "não nos resta outra vocação senão [...] revolucionar sociedades e continentes".
Depois das palavras de Frei Betto, não há como negar que "o marxismo está aqui", como escreveu com lucidez um jornalista.(3) Está aqui, não só infiltrado no governo brasileiro, mas também na Igreja, que ainda permite espaço à atuação dos adeptos da chamada Teologia da Libertação. Muito sangue e muito caos poderiam ter sido poupados se tivessem sido ouvidas as advertências do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira e da TFP contra a infiltração comunista na Igreja ao longo dos últimos 40 anos.
* * *
Será preciso demonstrar quão distantes e opostas se encontram as idéias de Frei Betto em relação às de São Domingos, fundador da Ordem à qual ele pertence
Revista Catolicismo, Nº 635 Novembro/2003
A "canonização" de um guerrilheiro
Wilson Gabriel da Silva
Che Guevara, "santo" da Teologia da Libertação, guerrilheiro comparsa de Fidel Castro na implantação em Cuba do comunismo, regime que reduziu a infeliz ilha do Caribe a uma situação de extrema pobreza
Para o dominicano Frei Betto, assessor da Presidência da República, "nossos heróis não são reis e homens que se destacaram à frente de guerras, mas sim figuras libertárias como Bolívar, [...] Martí, Sandino e Che Guevara". Um dos protagonistas salientes do famoso ?caso Marighela?, Frei Betto não esconde os laços que vinculam a esquerda petista ao comunismo, quando afirma: "Aqueles que [...] construíram o movimento social e político que levou Lula à Presidência da República bem sabem o que significa a Revolução Cubana para nós latino-americanos".(1)
A proclamação revolucionária desse ativista da Teologia da Libertação vai ainda mais longe em outro documento, a Carta a Che Guevara.(2) Nela Frei Betto lamenta "tantas derrotas e erros" do socialismo marxista no Continente, por não ter tido o ardor do guerrilheiro argentino-cubano morto na Bolívia em 1967. Mas saúda como uma das "conquistas importantes ao longo desses trinta anos" o ter-se engendrado a Teologia da Libertação. " Extraímos consideráveis lições das guerrilhas urbanas dos anos 60, da breve gestão popular de Salvador Allende; [...] da ascensão e queda da Revolução Sandinista".
Entre essas "conquistas", inclui a ascensão do PT ao governo com a eleição de Lula. E prossegue em tom patético: ?Há muito a fazer, querido Che. Preservamos com carinho tuas maiores heranças: o espírito internacionalista e a Revolução Cubana. Uma e outra coisa hoje se intercalam como um só símbolo. Comandada por Fidel, a Revolução cubana resiste ao bloqueio imperialista, à queda da União Soviética?.
A essa proclamação de ?fé? na revolução atéia, Frei Betto acrescenta sua oração ao "santo" guerrilheiro:
"De onde estás, Che, abençoes [sic] todos nós que comungamos teus ideais e tuas esperanças. Abençoes também os que se cansaram, se aburguesaram ou fizeram da luta uma profissão em benefício próprio. Abençoes os que têm vergonha de se confessar de esquerda e de se declarar socialistas". E conclui que "não nos resta outra vocação senão [...] revolucionar sociedades e continentes".
Depois das palavras de Frei Betto, não há como negar que "o marxismo está aqui", como escreveu com lucidez um jornalista.(3) Está aqui, não só infiltrado no governo brasileiro, mas também na Igreja, que ainda permite espaço à atuação dos adeptos da chamada Teologia da Libertação. Muito sangue e muito caos poderiam ter sido poupados se tivessem sido ouvidas as advertências do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira e da TFP contra a infiltração comunista na Igreja ao longo dos últimos 40 anos.
* * *
Será preciso demonstrar quão distantes e opostas se encontram as idéias de Frei Betto em relação às de São Domingos, fundador da Ordem à qual ele pertence? Ou de Santo Tomás de Aquino, o Doutor Angélico? Ou da doutrina tradicional da Igreja expressa pelos Papas, que considera o socialismo e o comunismo como "sistemas criminosos", "monstros horrendos que são a vergonha da sociedade e ameaçam ser-lhe a morte", "seita destruidora da sociedade civil", "seita pestífera", "demolidora", "abominável", incompatível com a fé católica"(4
Ou de Santo Tomás de Aquino, o Doutor Angélico? Ou da doutrina tradicional da Igreja expressa pelos Papas, que considera o socialismo e o comunismo como "sistemas criminosos", "monstros horrendos que são a vergonha da sociedade e ameaçam ser-lhe a morte", "seita destruidora da sociedade civil", "seita pestífera", "demolidora", "abominável", incompatível com a fé católica"(4
2007-03-27
23:13:04
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perguntado por
Anonymous
em
Sociedade e Cultura
➔ Religião e Espiritualidade